Questão 59254

(UNICAMP - 2021 - 1ª fase)

Equity is about giving people what they need, in order to make things fair. This is not the same as equality, social justice, nor is it the same as inequality. It is giving more to those who need it, which is proportionate to their own circumstances, in order to ensure that everyone has the same opportunities; for example providing more support to a disadvantaged student so they can reach their full potential.

(Adaptado de https://social-change.co.uk/blog/2019-03-29-equality-and-equity; https://cx.report/2020/06/02/equity/. Acessado em 22/07/2020.)

 

Sabemos que esses conceitos são complexos. Diante disso, o designer Tony Ruth os representou graficamente, como ilustram as figuras a seguir. Assinale a alternativa que mais se aproxima do conceito destacado no trecho anterior.

A

B

C

D

Gabarito:



Resolução:

a) INCORRETA, uma vez que o texto diz que o acesso desigual a oportunidades é o problema que deve ser resolvido pela postura equitativa.

b) INCORRETA, já que a equidade é definida como a distribuição desigual dos incentivos, de forma que todos tenham oportunidades iguais, ou seja, é a desigualdade para promover a igualdade, dar mais aos que mais precisam e menos aos que menos precisam.

c) CORRETA, uma vez que o autor diz que a equidade é sobre a distribuição proporcional dos incentivos de acordo com as circunstâncias, ou seja, uma escada maior para a menina que está do lado que a árvore é mais alta e uma escada menor para a menina que está do lado mais baixo e mais acessível da árvore.

d) INCORRETA, já que o texto não fala sobre corrigir o Sistema diretamente, mas sobre redistribuir os recursos e incentivos de forma que este se torne mais igualitário.

RESOLUÇÃO UNICAMP

A alternativa a aponta “acesso desigual a oportunidades”, o que é contrário ao conceito de “equity” (equidade) apresentado no cabeçalho da questão. A ilustração mostra uma desigualdade de oportunidades, com um dos personagens tendo acesso fácil ao fruto da árvore e o outro não e sem que haja alguma interferência para corrigir essa desvantagem. A alternativa b menciona “ferramentas distribuídas igualmente”, mas essa distribuição não corrige a situação de desigualdade ilustrada na figura e, por isso, a segunda personagem continua em desvantagem. Na alternativa d se fala em “corrigir o sistema para oferecer acesso igual a ferramentas e oportunidades”, mas o conceito de “equity” não previa essa interferência estrutural: não se trata de corrigir o sistema (ideia graficamente representada nas tábuas que endireitam a árvore antes torta e nos frutos que agora se distribuem igualmente dos dois lados), mas de dar a quem tem desvantagem diante das circunstâncias aquilo de que precisa para competir em situação de igualdade, tendo as mesmas oportunidades. Esse conceito é adequadamente ilustrado e explicado na ilustração c, a resposta correta. De fato, essa alternativa menciona “ferramentas específicas que identificam e lidam com a desigualdade”: a árvore continua torta e com mais frutos de um lado, mas a personagem da direita agora pode se valer de uma escada mais alta, a ferramenta que lhe dá condições mais justas de atuar com relação à outra personagem.



Questão 2440

(Unicamp 2016)

Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.

(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)

Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:

Ver questão

Questão 2558

(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)

É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).

Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.

O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”

Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.

Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro”  biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.

Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as  erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.

"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala,  recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os  nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se  entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e  governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

 

A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:

Ver questão

Questão 2559

(Unicamp 2016)

 

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar

Ver questão

Questão 2560

(Unicamp 2015)

 

Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.

Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.

 

Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.

Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.

 

Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.

Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.

 

 

Podemos afirmar que:

Ver questão