(UNICAMP - 2021 - 1ª fase)
Estátua de Cristóvão Colombo é derrubada em protestos em Saint Paul, Minnesota, Estados Unidos. Policiais armados isolam a estátua.
A partir do registro fotográfico da derrubada da estátua de Cristóvão Colombo em Saint Paul, Minnesota, Estados Unidos, em junho de 2020, e de seus conhecimentos sobre as relações entre presente e passado, assinale a alternativa correta.
O progresso histórico demonstra que as estátuas do passado perdem os seus significados no presente, justificando sua derrubada dos espaços públicos.
As estátuas e os monumentos medeiam formas de lembrar o passado e de compreender o presente, e seus significados são sempre suscetíveis a disputas políticas e sociais.
As estátuas e os monumentos testemunham modos de viver e conceber o mundo no passado, portanto são alheios à ideologia e às disputas políticas.
As estátuas e os monumentos do passado são veículos neutros em termos ideológicos e políticos, por isso devem ser preservados e protegidos de vandalismo.
Gabarito:
As estátuas e os monumentos medeiam formas de lembrar o passado e de compreender o presente, e seus significados são sempre suscetíveis a disputas políticas e sociais.
Gabarito: B
a) O progresso histórico demonstra que as estátuas do passado perdem os seus significados no presente, justificando sua derrubada dos espaços públicos.
Incorreta. O avanço das pesquisas historiográficas modificam as visões sobre determinado fato ou personalidade mediante evidências. Contudo, isto não faz com que estas construções percam seu significado.
b) As estátuas e os monumentos medeiam formas de lembrar o passado e de compreender o presente, e seus significados são sempre suscetíveis a disputas políticas e sociais.
Correta. Estátuas e monumentos são construídos com o intuito de ressaltar um personagem ou acontecimento histórico. Apresentam-se como forma de lembrar o passado. A visão sobre este está sempre suscetível a disputas políticas e sociais uma vez que ao longo do tempo novas produções historiográficas apresentam novas evidências sobre os acontecimentos e os seus protagonistas.
c) As estátuas e os monumentos testemunham modos de viver e conceber o mundo no passado, portanto são alheios à ideologia e às disputas políticas.
Incorreta. Estátuas e monumentos caracterizam-se como representações e interpretações do passado que são mutáveis mediante a disputas políticas e sociais e novas descobertas historiográficas.
d) As estátuas e os monumentos do passado são veículos neutros em termos ideológicos e políticos, por isso devem ser preservados e protegidos de vandalismo
Incorreta. Estátuas e monumentos são repletos de termos ideológicos e políticos, constituem uma representação da visão do tempo de sua construção sobre o fato ou personalidade.
(Unicamp 2016)
Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.
(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)
Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:
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(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)
É possível fazer educação de qualidade sem escola
É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.
Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.
Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.
"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.
(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)
A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:
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(Unicamp 2016)
Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar
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(Unicamp 2015)
Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.
Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.
Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.
Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.
Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.
Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.
Podemos afirmar que:
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