Questão 77297

(UFU - 2022)

 

A Revolução Sandinista aconteceu em 1979 e estendeu-se até 1990, sob o sustentáculo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSNL). Teve início com a deposição do ditador Anastácio Somoza, que controlou o país, juntamente com sua família, por mais de 40 anos. Essa revolução foi um dos principais episódios que marcou, juntamente com a Revolução Cubana, a influência do pensamento marxista nas Américas. Em qual país ocorreu a Revolução Sandinista?

A

Honduras.

B

Nicarágua.

C

Guatemala.

D

El Salvador.

Gabarito:

Nicarágua.



Resolução:

b) Nicarágua.

Correta. A Revolução Sandinista foi um movimento político e social ocorrido na Nicarágua entre 1979 e 1990. O nome do movimento é uma referência a Augusto César Sandino, líder guerrilheiro nicaraguense que lutou contra a ocupação dos Estados Unidos na década de 1930. O objetivo da revolução era derrubar a ditadura da família Somoza, que governava o país de forma autoritária e foi caracterizado pela corrupção, repressão política, desigualdade social e dependência econômica dos interesses estrangeiros.

O movimento sandinista era composto por diferentes grupos e organizações de esquerda, incluindo guerrilheiros, intelectuais, camponeses, sindicalistas e membros da Igreja Católica. Eles lutavam por justiça social, igualdade econômica, reforma agrária, educação e saúde pública acessíveis a todos os nicaraguenses. Os sandinistas implementaram reformas sociais e econômicas, mas também enfrentaram resistência e uma guerra de guerrilha patrocinada pelos Estados Unidos.

Em 1990, após um período de conflitos e pressões internas e externas, ocorreram eleições livres e os sandinistas foram derrotados nas urnas. O país passou por uma transição democrática e experimentou diferentes governos desde então. Mas, apesar das contradições, a revolução deixou um legado significativo na Nicarágua, com avanços em áreas como educação, saúde e equidade de gênero.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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