Questão 77668

(UFU - 2022)

 

How to Compare COVID Deaths for Vaccinated and Unvaccinated People

 

Looking at COVID data in recent months, it may appear that a significant proportion of the people who have died of COVID were vaccinated against the disease. But it is important to put those numbers in context. Each week in March, on average, a reported 644 people in this data set died of COVID. Of them, 261 were vaccinated with either just a primary round of shots—two doses of an mRNA vaccine or a single dose of Johnson & Johnson’s vaccine—or with that primary series and at least one shot of a booster. Taken at face value, these numbers may appear to indicate that vaccination does not make that much of a difference. But this perception is an example of a phenomenon known as the base rate fallacy. One also has to consider the denominator of the fraction—that is, the sizes of the vaccinated and unvaccinated populations. With shots widely available to almost all age groups, the majority of the U.S. population has been vaccinated. So even if only a small fraction of vaccinated people who get COVID die from it, the more people who are vaccinated, the more likely they are to make up a portion of the dead. In order to avoid the pitfalls of absolute numbers, it is useful to instead look at incidence rates—usually expressed as the number of deaths per 100,000 people. Standardizing the denominator across all groups offers a very different picture.

Another way to think about the protection vaccination provides is to compare the ratios of death rates among the vaccinated and unvaccinated. It is also important to consider the ages of those who are dying. So when you separate the age groups, it becomes even clearer that vaccination reduces the risk of death. An additional factor to consider is that as the pandemic wears on and a disproportionate number of unvaccinated people die from COVID, the unvaccinated population shrinks. This leaves a comparatively larger vaccinated group, leading to an increase in total deaths despite the lower death rate among vaccinated people. No vaccine is 100 percent effective, but immunization reduces the risk of dying from COVID substantially.

Disponível em: http://www.scientificamerican.com/. Acesso em: 11 jun. 2022.

 

RESPONDA A QUESTÃO EM PORTUGUÊS. RESPOSTAS EM INGLÊS NÃO SERÃO ACEITAS.

 

Based on the text, answer the following questions.

A) Explain the fact that out of the 644 people who died of COVID, 261 were vaccinated?

B) Identify at least two conclusions presented by the authors in this article?

Gabarito:

Resolução:

A) O fato de 261 pessoas vacinadas terem morrido em decorrência da COVID, em um universo de 644 pessoas, pode ser explicado pelo fenômeno conhecido como ‘falácia da taxa-base’. Tal falácia, ao ignorar o contexto dos números, causa a impressão de que a vacinação é ineficaz. Os números devem, portanto, considerar as taxas de incidência (geralmente expressas a partir do número de mortes por 100 mil pessoas) dentre a população vacinada e não vacinada.

OU

O fato descrito na questão pode ser explicado quando se consideram apenas números absolutos. Contudo, há de se levar em conta o denominador da fração: o tamanho da população vacinada e não vacinada. Quanto maior for a população vacinada, maior a probabilidade de vacinados estarem entre as taxas dos mortos pela COVID.

 

B) Dentre as conclusões apontadas pelos autores, destacam-se:

i) os dados sobre as mortes por COVID têm que ser analisados, comparando-se as taxas de mortalidade entre os vacinados e não vacinados;

ii) ao considerar a idade das pessoas que morreram por COVID, conclui-se que a vacinação reduz o risco de morte;

iii) à medida que a pandemia avança e um número desproporcional de pessoas não vacinadas morre de COVID, a população não vacinada diminui, aumentando, assim, o total de mortes entre os vacinados, apesar da menor taxa de mortalidade destes;

iv) apesar de nenhuma vacina ter 100% de eficácia, a imunização reduz substancialmente o risco de morte por COVID.

Obs: será atribuída pontuação máxima para os/as candidatos/as que mencionarem integralmente pelo menos duas das conclusões acima.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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