(UFU - 2022)
O frio pode ter feito com que um casal da cidade de Nova Ponte (MG) tenha acendido uma churrasqueira, com carvão, para se aquecer dentro do quarto, na madrugada do dia 19 de maio de 2022. Horas depois, o casal foi encontrado morto pela filha. A suspeita é de asfixia causada pela fumaça em que há monóxido de carbono, uma substância que possui alta afinidade com o ferro da hemoglobina e que pode ser letal.
Disponível em: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2022/05/19/entenda-o-que-pode-ter-provocado-a-morte-do-casal-que-acendeu-churrasqueira-em-quarto-para-se-proteger-do-frio-em-mg.ghtml. Acesso em 23 de maio de 2022. (Adaptado).
Sobre o acidente por intoxicação que levou à morte do casal em Nova Ponte (MG), responda ao que se pede.
A) Escreva a equação química, balanceada, da queima incompleta do carvão, que resultou na formação da substância letal para o casal.
B) Represente a fórmula eletrônica de Lewis da substância formada pela queima incompleta do carvão da churrasqueira.
C) Explique o motivo da morte do casal pela inalação da substância letal formada na queima do carvão.
Gabarito:
Resolução:
A)
B)
C) O monóxido de carbono (CO) que é produto da queima incompleta do carvão possui alta afinidade com o ferro da hemoglobina: um componente dos glóbulos vermelhos do sangue cuja função é se ligar as moléculas de gás oxigênio e, assim, transportá-lo aos tecidos pelas vias sanguíneas. Quando ocorre a inalação de monóxido de carbono, há a ligação com a molécula de hemoglobina, formando a carboxiemoglobina, uma vez que o monóxido de carbono apresenta mais afinidade com a hemoglobina que o gás oxigênio. Como consequência temos o comprometimento da oxigenação das células do corpo humano, levando o indivíduo a morte por asfixia.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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