Questão 77532

(UFU - 2022) 

 

Considere a equação de segundo grau na variável real x definida por 4x^{2}-(4senphi )x-cos^{2}phi =0, em que phi é um valor dado e pertencente ao intervalo (0,pi).

Segundo essas informações, as raízes dessa equação pertencem à união dos intervalos

A

left ( -1,-frac{1}{2} 
ight ) cup left ( 0,frac{1}{2} 
ight )

B

left ( -frac{1}{2},0 
ight ] cup left ( frac{1}{2},1 
ight ]

C

(-2,0 ] cup (2,4]

D

left ( -2,-frac{3}{2} 
ight ) cup left ( 2,frac{5}{2} 
ight )

Gabarito:

left ( -frac{1}{2},0 
ight ] cup left ( frac{1}{2},1 
ight ]



Resolução:

Encontrando as raízes da equação:

\Delta=b^2-4ac
ightarrow (4sen(phi))^2-4cdot 4 cdot cos^2(phi)\16sen^2(phi)+16cos^2(phi)
ightarrow 16(sen^2(phi)+cos^2(phi))

E temos a relação que sen^2+cos^2 é igual a 1, então temos que \Delta=16

Aplicando:

frac{-bpmsqrtDelta}{2a}
ightarrow frac{4sen(phi)pm 4}{8}
ightarrow frac{sen(phi)+1}{2}=x

Transformando em x a incógnita:

2xpm 1=sen(phi)

Como phi varia de 0 a pi, temos que o sen pode ser entre 0 e 1, então temos:

0<2xpm1 leq 1

Para cada caso:

\0<2x+1 leq 1
ightarrow -1<2xleq0
ightarrow frac{-1}{2}< xleq 0\\ 0< 2x-1 leq 1
ightarrow 1<2xleq2
ightarrow frac{1}{2}< xleq 1

Nesse caso temos que a solução pode ser descrita como:

S=(frac{-1}{2},0] cup (frac{1}{2},1]

Letra b



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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