Questão 24289

(AFA - 2018)

Quando necessário, use:

  • Aceleração da gravidade: 
  • Velocidade da luz no vácuo: 
  • Constante de Planck: 
  • Potencial elétrico no infinito: zero.

Uma partícula é abandonada sobre um plano inclinado, a partir do repouso no ponto A, de altura h, como indicado pela figura (fora de escala). Após descer o plano inclinado, a partícula se move horizontalmente até atingir o ponto B. As forças de resistência ao movimento de A até B são desprezíveis. A partir do ponto B, a partícula então cai, livre da ação de resistência do ar, em um poço de profundidade igual a 3h e diâmetro x. Ela colide com o chão do fundo do poço e sobe, em uma nova trajetória parabólica até atingir o ponto C, o mais alto dessa nova trajetória.

Na colisão com o fundo do poço a partícula perde 50% de sua energia mecânica. Finalmente, do ponto C ao ponto D, a partícula move-se horizontalmente experimentando atrito com a superfície. Após percorrer a distância entre C e D, igual a 3h, a partícula atinge o repouso.

Considerando que os pontos B e C estão na borda do poço, que o coeficiente de atrito dinâmico entre a partícula e o trecho  é igual a 0,5 e que durante a colisão com o fundo do poço a partícula não desliza, a razão entre o diâmetro do poço e a altura de onde foi abandonada a partícula, frac{x}{h} vale

A

1

B

3

C

D

Gabarito:



Resolução:

Primeiro vamos analisar a velocidade que a bolinha chega ao ponto B:

\ frac{mv_B^2}{2}=mghRightarrow v_B^2= 2gh \ v_B=sqrt{2gh}

Agora devemos analisar que ao colidir com o poço a bolinha perde metade da sua energia total, então vamos calcular essa energia total:

E_{total  em  B}=mg.3h +frac{m.v_B ^2}{2} 

Substituindo na formula de cima a velocidade B temos:

E_{total  em  B}=mg.3h +frac{m.2gh}{2}Rightarrow 3mgh+mgh=4mgh

Então a energia depois da colisão fica:

E_{total  dps  colisao}= frac{E_{total  em  B}}{2}=2mgh

A energia em c por conservação deve ser a mesma depois da colisão ficando:

mgH+ frac{mv_c^2}{2}=2mgh    (I)

Onde H é altura final que a bolinha ficou 

Agora no trecho CD temos que a energia que ele chegou foi totalmente dissipada pelo trabalho da força de atrito lembrando que força de atrito pode ser escrito da seguinte maneira:

Fat=N. mu  sendo a normal nesse caso igual ao peso podemos escrever: Fat=mg. mu   e lembrando que trabalho vale:

 \ 	au = F.dRightarrow 	au=mg mu .3h   substituindo  o  coeficiente  temos: \ 	au=frac{3}{2}mgh

Então a energia nesse ponto só dependeu da cinética logo essa energia que o atrito dissipou foi só por conta da energia cinética pois a bolinha não mudou de altura, com isso temos:

\frac{mv_c^2}{2}=frac{3mgh}{2}   (II)\ \v_c = sqrt{3gh}

Substituindo a equação II na I temos:

mgH+frac{3mgh}{2}=2mghRightarrow H=2h- frac{3h}{2}=frac{h}{2}

Agora vamos analisar o movimento de queda da particula:

 

Dividindo o x em A como sendo a distância percorrida pela bolinha antes de colidir e B a distância depois da colisão, sendo Vb a velocidade antes da colisão e Vc a velocidade depois da colisão quando chega no ponto máximo

Então temos que pela cinemática temos:

\d=v_o . t +frac{at^2}{2}  sabendo  que  a  velocidade  inicial  na  vertical  e  zero:\ d=frac{gt^2}{2}

3h= frac{gt_B^2}{2}Rightarrow t_B=sqrt{frac{6h}{g}} 

Olhando a velocidade horizontal temos que:

A=v_B . t_BRightarrow t_B=frac{A}{v_B}     substituindo temos que:

frac{A}{v_B}=sqrt{frac{6h}{g}}Rightarrow A=vb. sqrt{frac{6h}{g}}

A mesma coisa vamos fazer com a distância B

frac{h}2{}= frac{gt_C^2}{2}Rightarrow t_C=sqrt{frac{h}{g}}

Sendo

 B=v_C.t_CRightarrow t_C=frac{B}{v_C}

Substituindo:

frac{B}{v_C}=sqrt{frac{h}{g}}Rightarrow B=v_C.sqrt{frac{h}{g}}

Sendo x= A+B podemos dizer que:

x=A+BRightarrow x= vb. sqrt{frac{6h}{g}}+v_C.sqrt{frac{h}{g}}

Agora basta substituir as velocidades vc e vb que a gente já achou :)

\x= sqrt{2gh}. sqrt{frac{6h}{g}}+sqrt{3gh}.sqrt{frac{h}{g}}Rightarrow x=sqrt{12h^2}+sqrt{3h^2}Rightarrow\ \ x=2hsqrt{3}+hsqrt{3}Rightarrow x=3hsqrt{3}Rightarrow frac{x}{h}=3sqrt{3}

ALTERNATIVA C



Questão 2230

(Epcar (Afa) 2015) Assinale a alternativa que analisa de maneira adequada a figura de linguagem utilizada.

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Questão 2245

(AFA - 2016)

TEXTO II
FAVELÁRIO NACIONAL

 Carlos Drummond de Andrade

Quem sou eu para te cantar, favela,
Que cantas em mim e para ninguém
a noite inteira de sexta-feira
e a noite inteira de sábado
E nos desconheces, como igualmente não te
conhecemos?
Sei apenas do teu mau cheiro:
Baixou em mim na viração,
direto, rápido, telegrama nasal
anunciando morte... melhor, tua vida.
...
Aqui só vive gente, bicho nenhum
tem essa coragem.
...
Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte
Na coxa flava do Rio de Janeiro.

Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver
nem de tua manha nem de teu olhar.
Medo de que sintas como sou culpado
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.
Custa ser irmão,
custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
da justa igualdade.
Somos desiguais
e queremos ser
sempre desiguais.
E queremos ser
bonzinhos benévolos
comedidamente
sociologicamente
mui bem comportados.
Mas, favela, ciao,
que este nosso papo
está ficando tão desagradável.
vês que perdi o tom e a empáfia do começo?
...

(ANDRADE, Carlos Drummond de, Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984)

Nos versos abaixo, percebe-se que foram utilizadas figuras de linguagem, enfatizando o sentimento do eu-lírico. Porém, há uma opção em que não se verifica esse fato. Assinale-a.

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Questão 2250

(AFA - 2015)

MULHER BOAZINHA

(Martha Medeiros)

     Qual o elogio que uma mulher adora receber1?
     2Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
     Diga que ela é uma mulher inteligente3 , 4e ela irá com a sua cara.
     Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.
     Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
     5Mas não pense que o jogo está ganho6: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
     7Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que 8ela é um avião no mundo dos negócios.
      Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
     Agora 9quer ver o mundo cair 10?
     Diga que ela é muito boazinha.
     Descreva aí uma mulher boazinha.
     Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
     Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
     Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
     11Nunca teve um chilique.
      12Nunca colocou os pés num show de rock.
     É queridinha.
     Pequeninha.
     Educadinha.
     13Enfim, uma mulher boazinha.
     Fomos boazinhas por séculos.
     Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
     Vivíamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
     A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
     Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
     15Quietinhas, mas inquietas.
     16Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
     Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais.
     Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
     Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
      Pitchulinha é coisa de retardada.
     Quem gosta de diminutivos, definha.
     Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
     17Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
     As boazinhas não têm defeitos.
     Não têm atitude.
     Conformam-se com a coadjuvância.
     PH neutro.
     Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
     Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é 18isso que somos hoje.
     Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
     As “inhas” não moram mais aqui.
     Foram para o espaço, sozinhas.

(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso em 28/03/14)

 

Leia os fragmentos abaixo:

Quietinhas, mas inquietas. (ref.15)
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. (ref.17)

I. O grau superlativo absoluto sintético foi utilizado para estabelecer a diferença entre as mulheres boas e as boazinhas.

II. O paradoxo foi utilizado no primeiro fragmento para ressaltar a complexidade do comportamento feminino por meio da coexistência de aspectos opostos.

III. Ambos os fragmentos apresentam como recursos expressivos o jogo com palavras cognatas e o uso da adversidade.

Estão corretas as alternativas:

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Questão 2251

(Epcar (Afa) 2015) Assinale a alternativa que analisa de maneira adequada a figura de linguagem utilizada. 

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