Gabarito:
Resolução:
O tema “Que liberdade nos resta no séc. XXI?” é de extrema importância para a atualidade. Ele dá margem para diversas formas de estratégias argumentativas, no entanto, antes, é preciso entender o recorte temático, pois ele estava um pouco codificado.
No primeiro texto motivador, identificamos que a palavra chave para compreender o texto é “inconsciência”, tendo em vista que o recorte aborda que quando passamos por situações de pressão e estresse, o próprio organismo atua nos “prejudicando”, são ações do nosso próprio corpo, mas inconscientes. Nesse sentido, o texto aborda o macrotema liberdade, já que trata da falta de liberdade, uma vez que temos a sensação de controle, mas somos “sabotados”. Dessa forma, essa liberdade que temos no século XXI, é apenas uma pseudoliberdade, já que a atualidade traz consigo várias dificuldades que provocam reações fora do nosso controle.
O segundo texto trata de inteligência artificial, tendo em vista que é um texto produzido por um computador e aborda como os seres humanos são autodestrutivos. O texto apresenta uma crítica ao próprio comportamento humano, já que que independente da existência de máquinas, promovemos a nossa própria destruição. Diante disso, não somos livres, uma vez que não conseguimos controlar os nossos próprios comportamentos.
O último texto motivador versa sobre a opinião de uma antropóloga sobre a pandemia do coronavírus. A autora questiona a nossa liberdade, uma vez que maltratamos o meio ambiente, controlamos os nossos atos, porém não controlamos nossas consequências. Dessa forma, temos liberdade para agir, promovemos desequilíbrios ecológicos, mas os resultados não são controlados e nos afetam. Temos liberdade para agir, mas não temos liberdade para controlar as consequências de nossas ações.
Assim como os textos apresentam, é possível tecer uma argumentação pautada exclusivamente na ausência de liberdade na atualidade, a existência de uma liberdade apenas parcial. Poderíamos utilizar a matéria da revista Superinteressante: "Confirmado''. Há um cérebro no estômago”, uma vez que ela retoma o que é proposto no primeiro texto motivador, revelando que o funcionamento satisfatório do aparelho digestivo está relacionado a uma vasta rede de neurônios, levando a análise: o estômago é uma extensão do cérebro. “Os neurônios do ventre, conhecidos há muito tempo, têm sua própria memória, sentimentos e provavelmente podem aprender”, o que ressalta novamente a falta de liberdade sobre o nosso próprio corpo, tendo em vista a inconsciência.
Também poderíamos utilizar o filme “Show de Truman”, já que seu personagem principal, Truman Burbank, é um vendedor de seguros que leva uma vida simples com sua esposa. Porém algumas coisas ao seu redor fazem com que ele passe a estranhar sua cidade, seus amigos e sua mulher. Em certo momento do filme ele acaba descobrindo que toda sua vida foi sempre monitorada por câmeras e transmitida em rede nacional. O filme revela a ausência de liberdade não só por meio do monitoramento, mas também pela estaticidade do personagem que viveu nesses mesmos moldes por muitíssimo tempo e não se incomodava.