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A Primavera Árabe parecia mudar a realidade. Em janeiro de 2011, enquanto Ben Ali renunciava ao poder na Tunísia, ativistas por democracia no Egito começaram a convocar protestos por reformas no país — como na Tunísia, aproveitando o potencial da comunicação via internet e redes sociais. Ruas e praças, especialmente na capital, Cairo, foram rapidamente tomadas pela população pedindo melhoras econômicas e reformas políticas. A praça Tahrir (em português, Libertação), no Cairo, tornou-se o centro do movimento por democracia.
O que foi e como terminou a Primavera Árabe? Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
A reivindicação da revolução popular apresentada no texto exigiu o(a)
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Há uma década, Alter (PA) e Santarém (PA) resgatam o idioma de nheengatu — a língua mais falada no Brasil e proibida em 1758 pela Coroa portuguesa — por meio do ensino em 47 escolas. Uma delas é a Escola Indígena Antônio de Sousa Pedroso, mais conhecida como Escola Borari. A região é hoje repleta de mestres nativos de nheengatu. Nhe’eng significa “língua”, e “boa” é a tradução de katu. Daí o nheengatu ou nhengatu (ou língua geral), criado no século 16 pelos jesuítas a partir do tupi e criminalizado no século 18 por um decreto do Marquês de Pombal.
LEMOS, S. Indígena ensina língua proibida pelos portugueses na paradisíaca Alter (PA). Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado).
O ensino da língua mencionada no texto tem como objetivo a
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Os valores políticos são valores efetivamente superiores, que regem o quadro básico da vida social e definem precisamente os termos fundamentais da cooperação política e social. Na teoria da justiça como equidade, alguns desses valores políticos são expressos pelos princípios de justiça para a estrutura básica: a liberdade política e civil igual para todos, a justa igualdade das oportunidades, a reciprocidade econômica, as bases sociais do respeito mútuo entre os cidadãos.
RAWLS, J. Justiça e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado).
Conforme descrito no texto, a teoria da justiça como equidade é mais adequada ao regime político
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TEXTO I
TEXTO II
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo, localizado no Rio de Janeiro (RJ), passou a integrar a lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1º de março de 2017. O Brasil recebeu perto de quatro milhões de escravos durante os mais de três séculos de duração do regime escravagista. Pelo Cais do Valongo, na região portuária da cidade, passou aproximadamente um milhão de africanos escravizados em cerca de 40 anos, o que o tornou o maior porto receptor de escravos do mundo.
FRAZÃO, F. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 3 nov. 2021.
Ao ser reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco, o sítio arqueológico mencionado inscreve-se como
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Nas Antilhas, o jovem negro que, na escola, não para de repetir “nossos pais, os gauleses”, identifica-se com o explorador, com o civilizador, com o branco que traz a verdade aos selvagens, uma verdade toda branca. Há identificação, isto é, o jovem negro adota subjetivamente uma atitude de branco. Ele carrega o herói, que é branco, com toda a sua agressividade — a qual, nessa idade, assemelha-se estreitamente a uma dádiva: uma dádiva carregada de sadismo.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008.
A reflexão do autor sobre o processo de socialização apresentado no texto expõe qual elemento constituidor das relações sociais?
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Ana Maria [entrevistadora]: Vida de empreguete é tão dura assim como vocês retratam no clipe?
Penha [empregada]: Olha, Ana, difícil mesmo é aturar cara de patroa ignorante que não sabe pedir as coisas com educação.
Sonia [patroa]: Ana, eu acho que nós estamos vivendo uma inversão total de valores, entende? Não somos nós que precisamos das empregadas. Elas é que precisam do emprego, precisam do dinheiro que nós pagamos.
Cida [empregada]: Até parece, dona Sonia, a senhora precisa de mim até pra pegar água!
Sonia: Eu sou de um tempo em que os serviçais sabiam o seu lugar!
Cida: Eu esqueci que a senhora pegou a época da escravidão!
Ana Maria: Gente, eu só quis promover aqui uma confraternização...
Chayenne [patroa]: Ana, pare tudo, porque agora eu quero falar! Eu sou uma patroa que dou de tudo: eu dou comida, eu dou quartinho, eu dou sabão de coco pra elas se lavarem, eu dou papel higiênico, eu dou copo, prato, talher, tudo separado, sem descontar o salário!
Penha: Agora, pra tirar férias, como manda a lei, é um sacrifício! E ela viaja e quer que eu fique carregando a mala dela. Eu não sou carregadora de mala, não!
MACEDO, R. M. Espelho mágico: produção e recepção de imagens de empregadas domésticas em uma telenovela brasileira. Cadernos Pagu, n. 48, 2016.
O diálogo, extraído de uma telenovela brasileira exibida em 2012, traduz o pensamento de uma sociedade caracterizada pela presença de
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Há pouco mais de um ano, o chefe de polícia do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Alfredo Madureira, em pleno exercício de suas atribuições, entendeu tomar energéticas providências contra o curandeiro Breves, e depois de sucessivas queixas que recebera relativamente às curas praticadas pelo milagroso esculápio, concluiu as suas diligências policiais com a prisão de Breves. Essa prisão, porém, e as medidas tomadas contra a exploração da boa-fé de muita gente infeliz tiveram de cessar, porque apareceram os advogados do curandeiro Breves, em nome da liberdade de profissão, e em nome da arte sobrenatural de cura com benzeduras e raminhos de alecrim. E assim, findaram as perseguições ao benemérito esculápio que, de fronte erguida, continuou a sua carreira de triunfo, interrompida por um curto espaço de tempo.
Autoridade e curandeirismo. Gazeta de Notícias, 18 out. 1896.
No texto, os dois pontos de vista apresentados pela polícia e pelos advogados sobre as práticas populares de cura se distanciam por apresentarem
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TEXTO I
Aquarela do Brasil
Brasil! | |
Meu Brasil brasileiro | |
Meu mulato inzoneiro | |
Vou cantar-te nos meus versos | |
O Brasil, samba que dá | |
Bamboleio, que faz gingar | |
O Brasil, do meu amor | |
Terra de Nosso Senhor | |
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim | |
BARROSO, A. Rio de Janeiro: Odeon, 1939 (fragmento). |
TEXTO II
Menestrel das Alagoas
Quem é esse que conhece | |
Alagoas e Gerais | |
E fala a língua do povo | |
Como ninguém fala mais? | |
Quem é esse? | |
De quem é essa ira santa | |
Essa saúde civil | |
Que tocando a ferida | |
Redescobre o Brasil? | |
Quem é esse peregrino | |
Que caminha sem parar | |
Quem é esse meu poeta | |
Que ninguém pode calar? | |
NASCIMENTO, M.; BRANT, F. Milton Nascimento ao vivo. São Paulo: Barclay, 1983 (fragmento). |
Os trechos pertencem a canções que se tornaram emblemáticas, respectivamente, dos seguintes fatos históricos:
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As propostas dele não devem ser levadas a sério, pois foi visto bêbado num restaurante.
GALINDO, R. 20 falácias (e as eleições). Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 17 out. 2021 (adaptado).
A afirmação, eficaz como mecanismo de persuasão de eleitores em contextos políticos, constitui-se como uma falácia porque
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Na medida em que as pesquisas dos africanistas avançaram, muitos mitos caíram por terra. Está mais do que provada a existência de documentação e vestígios arqueológicos dos mais variados, além da importância da oralidade na recuperação da memória dos reinos, das linhagens, dos fundadores das nações africanas. Com efeito, aquelas foram sociedades eminentemente orais, nas quais os dados históricos ocupam uma posição muito mais importante do que consideramos em nossa própria cultura e sociedade.
MACEDO, J. R. Antigas civilizações africanas: historiografia e evidências documentais. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS, 2008 (adaptado).
Com vista ao conhecimento da história das civilizações africanas, o texto corrobora a importância de
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