(UEL - 2008)
Leia a citação a seguir.
Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.
(ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.)
Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, considere as seguintes afirmativas.
I. O contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade.
II. A liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional.
III. Por meio do contrato social, os indivíduos perdem mais do que ganham.
IV. A liberdade conquistada através do contrato social é a liberdade natural.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente.
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(UFMA - 2008)
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles. Como adveio tal mudança? Ignoro-o. Que poderá legitimá-la? Creio poder resolver esta questão.”
ROUSSEAU, J. – J. Do Contrato Social. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978.
A partir da afirmação acima, assinale a opção correta.
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(UFSJ - 2008)
Para Rousseau, de acordo com a sua obra Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens (1999), a desigualdade é
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(UFMA - 2008)
Leia com atenção a seguinte afirmação de Rousseau.
“Enfim, cada um dando ninguém e, não existindo um associado sobre o qual não se adquira o mesmo direito que se lhe cede sobre si mesmo, ganha-se o equivalente de tudo que se perde, e maior força para conservar o que se tem. Se separar-se, pois, do pacto social aquilo que não pertence à sua essência, ver seguintes termos: ‘Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.
Imediatamente, esse ato de associação produz, em lugar da pessoa particular de cada contratante, um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia, e que, por esse mesmo ato, ganha sua unidade, seu eu comum, sua vida e sua vontade.”
ROUSSEAU, J. – J. Do Contrato Social. Coleção Os Pensadores.
O Pacto Social somente é possível a partir da vontade geral, descrita acima. Segundo Rousseau, tal conceito significa:
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(Uece 2008) Em uma aula de campo na Serra de Baturité, um estudante de biologia coletou um animal de aspecto vermiforme. Porém, ao chegar ao laboratório para realizar a identificação do material, o aluno ficou em dúvida se o mesmo era representante do Filo Annelida ou Nematoda. Para decidir entre as duas opções o estudante deverá observar a presença de
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(Uel 2008) De acordo com a ética do discurso, os argumentos apresentados a fim de validar as normas
[...] têm força de convencer os participantes de um discurso a reconhecerem uma pretensão de validade, tanto para a pretensão de verdade quanto para a pretensão de retidão. [...] Ele [Habermas] defende a tese de que as normas éticas são passíveis de fundamentação num sentido análogo ao da verdade.
(BORGES, M. de L.; DALL’AGNOL, D. ; DUTRA, D. V. Ética. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 105.)
Assim, é correto afirmar que a ética do discurso defende uma abordagem cognitivista da ética
(HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Tradução Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileira, 1989. p. 62 e 78.)
Sobre o cognitivismo da ética do discurso, é correto afirmar:
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(UEMA 2008)
Através dos discursos proferidos por Fedro Pausânias, Erixímaco (o médico), Aristófanes (o poeta), Sócrates e seu discípulo Agatão, Platão discorre sobre o belo, a amizade, o amor, representado pelo deus Eros, em O Banquete.
Platão, na interpretação mais típica e aceita dessa obra, encerra uma problematização de natureza
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(UNB 2008)
As sete antinomias do ensino de filosofia de Derrida:
I- Protestar contra a submissão da filosofia a finalidades externas (útil, produtivo etc.). Não renunciar ao princípio de finalidade, que rege a missão da filosofia como instância final de juízo.
II- Protestar contra o fechamento da filosofia no interior de uma definição disciplinar específica. Reivindicar a unidade e especificidade da filosofia.
III- Pretender que a filosofia não seja nunca dissociada do ensino. Permitir-se pensar que algo essencial na filosofia não seja reduzível aos atos e às práticas do ensino.
IV- Exigir que as instituições sustentem essa disciplina impossível e necessária. Postular que a filosofia exceda todas as instituições.
V- Solicitar, em nome da filosofia, a presença de um mestre, mesmo sabendo que a presença dele afeta a estrutura democrática da comunidade filosófica.
VI- Saber que a filosofia como disciplina requer um ritmo calmo e um tempo diluído. Sua unidade e arquitetura testemunham uma contração instantânea.
VII- Criar as condições para que alunos e professores disponham das condições de sua transmissão disciplinar (eterodidática). A filosofia não pode renunciar a seu itinerário autodidático e autônomo.
Jacques Derrida. Les antinomies de la discipline philosophique. Lettre préface. In: École et Philosophie: La grève des philosophes. Par is : Ed. Osiris, 1986 (com adaptações).
A partir das idéias do texto acima, assinale opção correta.
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ORIENTAÇÃO GERAL
Leia com atenção todas as instruções.
Você encontrará duas situações sobre assuntos diferentes para fazer sua redação. Leia as duas situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento.
Uma vez escolhida a situação, registre sua escolha na folha de prova, no lugar adequado, escrevendo apenas A ou B, conforme o caso.
Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova.
Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo.
Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada
SITUAÇÃO A
Na cabeça de uns, espalhafatosos moicanos azuis, verdes ou vermelhos espetados com gel. Na de outros, só o brilho da careca. Dentro delas, nenhum estofo intelectual para serem representantes, como costumam pregar, de qualquer corrente ideológica que seja, mas imbecilidade suficiente para sair por aí depredando, batendo e até matando. “Gosto de beber, conhecer novos punks, brigar e agitar muito. Sou um cara subversivo e tento de alguma forma destruir esse sistema”, diz o estudante Johni Raoni Falcão Galanciak, 21 anos, em sua página no site de relacionamentos Orkut. “Por isso, tomem cuidado.” [...]
Criada em 2005, a Decradi, Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, mapeia as principais gangues de São Paulo. Em seu sistema, há cerca de 3 000 fotos de arruaceiros e suas armas. Quando um deles se mete em confusão, é fichado. Assim, a polícia tenta patrulhar e acompanhar a ação de grupos como Ameaça Punk, Vício Punk, Devastação Punk, Phuneral Punk, Carecas do ABC, Carecas do Subúrbio, Front 88, Impacto Hooligan, Brigada Hooligan, entre outros. Uns pregam o anti-semitismo, outros, o patriotismo, e há os que nutrem ódio por nordestinos, negros e homossexuais. A maioria desses moicanos ou cultores de músculos, no entanto, mal conhece as teorias que defende e apenas repete bordões ouvidos de terceiros. Com suas roupas características (skinheads usam coturno, suspensórios, calças camufladas; punks vestem camisetas de bandas e calças rasgadas), são freqüentemente identificados em alguns pontos da cidade. [...]
Em geral, os membros dessas facções são jovens de classe média baixa. Muitos trabalham como office boys, seguranças, vendedores, auxiliares de escritório ou se apresentam como estudantes. Freqüentam os mesmos lugares e compartilham os gostos musicais (reggae, ska e punk – de variadas vertentes). Bandas como Toy Dolls, Virus 27, Skrewdriver e Four Skins fazem a cabeça dos skinheads. Os punks preferem Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Plebe Rude, Ramones, Sex Pistols, Olho Seco e The Misfits. Alguns líderes dessas bandas se sentem desconfortáveis com a onda de violência entre seus fãs. “Infelizmente, há bandidos imbecis da pior espécie que vestem a bandeira do movimento punk para praticar agressões gratuitas”, diz Michel Stamatopoulos, o Sukata, baixista dos Garotos Podres. Para não serem tachados de catalisadores de violência, os Garotos Podres têm evitado shows em São Paulo. Ultimamente, apenas duas ou três das cinqüenta apresentações anuais que fazem ocorrem por aqui. [...]
Quando surgiram, na década de 70, os punks ficaram conhecidos por criticar “o sistema”, o que quer que isso significasse. Já a marca dos skinheads, que nasceram no mesmo período, são o racismo e o nacionalismo exacerbado. Não à toa, o ídolo de parte do grupo é o ditador nazista Adolf Hitler (foto). Nas facções paulistanas, no entanto, essas características se misturam. “Os grupos Devastação Punk e Vício Punk também são racistas”, afirma a delegada Margarette Barreto, do Decradi. “Não é muito clara a linha ideológica de cada um.” A maioria dos agressores mal conhece as teorias originais de cada movimento e apenas repete bordões ouvidos de terceiros. São jovens entre 16 e 26 anos, boa parte de classe média baixa, entre eles estudantes, office boys, auxiliares de escritório, seguranças e vendedores de camisetas e adereços do estilo.
Cabelo colorido com corte moicano é uma das características dos punks. Já os skinheads (cabeça raspada, em inglês) são, claro, carecas. As duas tribos usam calças camufladas e coturnos. Os skinheads são vistos com suspensórios (no caso dos neonazistas White Powers, de cor branca). Os punks vestem camisetas com nome de banda e, muitas vezes, exibem tatuagens malfeitas, correntes e braceletes. Os skinheads trazem adereços nacionalistas. Alguns tatuam a bandeira do Brasil no corpo. [...]
Disponível em: <http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/ edicoes/2032/m0141976.html>. Acesso em: 10 jan. 2008
Faça sua redação, posicionando-se a respeito da seguinte afirmativa:
Esse pessoal parece confundir anarquia com baderna e protesto com violência.
Observações:
1 - Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo.
2 - Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral.
3 - Não copie trechos dos textos motivadores.
SITUAÇÃO B
A festa do iPod é um dos hits do momento entre os jovens espanhóis. Trata-se de um encontro sem música ambiente, onde cada um leva seu aparelho, coloca os fones no ouvido e ouve o que quer. Com pouca conversa, estão todos “juntos”, mas cada um mergulhado em seu próprio mundo. Esse tipo de comportamento não está restrito ao povo espanhol. Adolescentes reproduzem a cena em todos os continentes, preocupando pais atônitos (com uma realidade muitas vezes desconhecida) e dividindo especialistas. Há os que garantem que esses garotos estão se isolando, voltando-se cada vez mais para si mesmos. Já outros defendem que, graças à tecnologia, esses mesmos adolescentes estão mais inteligentes e bem informados. De toda forma, a única coisa de que se tem certeza até agora, e é unanimidade entre as correntes de pensamento, é que os riscos e os benefícios dessas práticas podem coexistir.
A chamada “geração tecnológica” (iGeneration) inspirou a professora Jean Twenge, do Departamento de Psicologia da Universidade San Diego, a pesquisar mais de 1,3 milhão de jovens americanos. Segundo a professora, “Os jovens de hoje têm mais liberdade e independência, mas estão mais ansiosos e solitários”. Para ela, “Eles são multimídia e querem fazer tudo ao mesmo tempo e a tecnologia favorece esse imediatismo. Assim, quanto mais alternativas, maior a confusão”, completa o sociólogo e especialista em juventude e tecnologia, Antônio Flávio Testa, da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo os estudiosos, o isolamento físico é o principal risco do vício tecnológico. É o caso da jovem Sabrina Pinheiro, 18 anos, de São Paulo, que sai do cursinho todos os dias às 12h30 e, ao chegar em casa, ingressa num universo paralelo.
Os tocadores de MP3 e iPods também podem funcionar como instrumento de isolamento para muitos jovens. Thayssa Carvalho, 16 anos, do Rio de Janeiro, por exemplo, sai sempre com os amigos, mas cada um leva o seu iPod para um encontro de poucas palavras e muita música, tal qual os jovens espanhóis.
As conclusões de Twenge receberam críticas de outros analistas. “A tendência ao isolamento é uma marca da personalidade de cada um, não de uma geração”, contesta o psicólogo Kali Trzesniewski, especialista em auto-estima pela Universidade de Standford (EUA). “O comportamento dos jovens depende da educação que eles receberam. Mesmo sem a tecnologia, existe o garoto que se isola da família porque prefere ler livros ou jogar bola”, complementa Testa. Mas todos os psicólogos concordam num ponto. Não adianta proibir o uso da internet, do iPod ou dos jogos eletrônicos. O fundamental é conscientizar a garotada sobre os limites do uso.
Carina Rabelo, Istoé, edição 2001, 12 de março de 2008.
Faça sua redação, posicionando-se em relação ao isolamento dos jovens provocado pelo uso exagerado da tecnologia.
Observações:
1 - Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo.
2 - Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral.
3 - Não copie trechos dos textos motivadores.
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(UFG - 2009)
Para Immanuel Kant, o indivíduo moral não visa à felicidade em suas ações, mas ao cumprimento do dever que o torna digno dela. Não obstante, na obra Fundamentação da metafísica dos costumes, ele sustenta que a busca por assegurar a própria felicidade seria um dever indireto, porque:
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