FUVEST 2010

Questão 14681

(UNESP - 2010)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Texto 1

Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)

Texto 2

Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg além da original.
O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

Após análise dos dois textos, pode-se afirmar que:

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Questão 14685

(Ufsj 2010)  Na obra “O que é Filosofia”, de Caio Prado Júnior, “O Mundo das ideias”, para Platão, pode ser assim descrito:

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Questão 14706

(UEL - 2010)

No livro II da Ética a Nicômaco, Aristóteles diz que há duas espécies de virtudes – dianoética e ética. A virtude dianoética requer o ensino, o que exige experiência e tempo. Já a virtude ética é adquirida pelo hábito e não é algo que surge por natureza. Isso não quer dizer que as virtudes são geradas em nós contrariando a natureza.

Para Aristóteles, somos naturalmente aptos a receber as virtudes e nos aperfeiçoamos pelo hábito.

Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a ética aristotélica, considere as afirmativas a seguir:

I. A virtude dianoética e a virtude ética são adquiridas, respectivamente, pela experiência, tempo e hábito.
II. A virtude dianoética e a virtude ética, por serem inatas, são facilmente aprendidas desde a infância.
III. Os seres humanos são naturalmente aptos a receber as virtudes éticas, embora não sejam virtuosos por natureza.
IV. O hábito, de forma necessária, nos torna melhores eticamente, contudo as virtudes independem da ação para o desenvolvimento moral do indivíduo.

Assinale a alternativa correta.

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Questão 14707

(PUC-PR - 2010)

Aristóteles afirma, na sua Ética a Nicômaco, que todas as nossas ações visam a um fim e esse fim é o seu bem, ou seja, “aquilo a que todas as coisas tendem”. De acordo com a posição do autor sobre esse tema, seria correto afirmar que:

I. Todas as ações humanas visam a um fim, mas existe um fim supremo, que Aristóteles chama de “sumo bem” ou “bem supremo”.
II. Assim como todos os fins são objeto de estudo das ciências em geral, o “sumo bem” exige uma ciência (ou arte) também ela suprema, já que conhecer esse fim é extremamente útil, pelo fato de ele ter grande influência sobre a vida humana.
III. Para Aristóteles é a Política que deve ser considerada essa “arte mestra”, já que ela estuda o “sumo bem”, do qual todos os “bens” menores dependem.
IV. Aristóteles acha que o fim da vida humana é a conquista da felicidade e ela está associada à posse de riquezas e honras, além de um acesso ilimitado aos prazeres.

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Questão 14708

(Unb 2010)


Do princípio do século XVII ao fim do século XVIII, o aspecto geral do mundo natural alterou-se de tal forma que Copérnico teria ficado pasmo. A revolução que ele iniciara desenvolveu-se tão rápido e de modo tão amplo que não só a astronomia se transformou, mas também a física. Quando isso aconteceu, dissolveram-se os últimos vestígios do universo aristotélico. A matemática tornou-se uma ferramenta cada vez mais essencial para as ciências físicas.


A visão do universo adotada por Galileu — morto em 1642, ano do nascimento de Isaac Newton — baseava-se na observação, na experimentação e numa generosa aplicação da matemática. Uma atitude de certa forma diferente daquela adotada por seu contemporâneo mais jovem, René Descartes,que começou a formular uma nova concepção filosófica do universo, que viria a destruir a antiga visão escolástica medieval.


Em 1687, Newton publicou os Principia, cujo impacto foi imenso. Em um único volume, reescreveu toda a ciência dos corpos em movimento com uma incrível precisão matemática. Completou o que os físicos do fim da Idade Média haviam começado e que Galileu tentara trazer à realidade. As três leis do movimento, de Newton, formam a base de todo o seu trabalho posterior.


Ronan Colin A.. História ilustrada da ciência: da Renascença à revolução científica. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 73, 82-3 e 99 (com adaptações).

 

Os trabalhos de Aristóteles e Galileu representam dois momentos marcantes do desenvolvimento das ciências naturais no Ocidente. Assinale a opção que sintetiza corretamente as contribuições de cada um deles para a história da ciência.

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Questão 14716

(Ufsm 2010) Na ética de Aristóteles, a noção de boa vida ocupa um lugar central. Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das seguintes afirmações relacionadas a esse assunto:

(___) "Eudaimonia" ("eudemonia", em português) é a expressão grega para o viver bem preconizado pela ética aristotélica.

(___) Uma virtude, segundo a ética aristotélica, é um meio-termo entre dois vícios.

(___) Na ética kantiana, a noção de boa vida também ocupa o lugar mais proeminente.

A sequência correta é

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Questão 14717

(UNIOESTE - 2010)

“Nós estimamos possuir a ciência de uma coisa de maneira absoluta – e não, ao modo dos Sofistas, de uma maneira puramente acidental, quando acreditamos que conhecemos a causa pela qual a coisa é, que sabemos que essa causa é a da coisa e que, além disso, não é possível que a coisa seja algo distinto do que ela o é. É evidente que tal é a natureza do conhecimento científico. […] Mas o que chamamos aqui saber é o conhecer por meio da demonstração. Por demonstração entendo o silogismo científico e chamo científico um silogismo cuja posse em si mesma constitui para nós a ciência”

Aristóteles

Tendo em conta a teoria aristotélica da ciência, é incorreto afirmar que

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Questão 14718

(Uel 2010) Leia o texto de Aristóteles a seguir:

      Uma vez que o poeta é um imitador, como um pintor ou qualquer outro criador de imagens, imita sempre necessariamente uma das três coisas possíveis: ou as coisas como eram ou são realmente, ou como dizem e parecem, ou como deviam ser. E isto exprime-se através da elocução em que há palavras raras, metáforas e muitas modificações da linguagem: na verdade, essa é uma concessão que fazemos aos poetas.

ARISTÓTELES. Poética. Tradução e Notas de Ana Maria Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 97.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estética de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir:

  1. O poeta pode imitar a realidade como os pintores e, para isso, deve usar o mínimo de metáforas e priorizar o acesso às ideias inteligíveis.
  2. O poeta pode imitar tendo as coisas presentes e passadas por referência, mas não precisa se ater a esses fatos apenas.
  3. O poeta pode imitar as coisas considerando a opinião da maioria e pode também elaborar fatos usando várias formas de linguagem.
  4. O poeta pode imitar as coisas ponderando o que as pessoas dizem sobre os fatos, mesmo que não haja certeza sobre eles.

Assinale a alternativa correta.

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Questão 14719

(UNIOESTE - 2010)

Observe os seguintes argumentos silogísticos:

I. Todos os cães são alados
Todos os pássaros são cães
Logo, todos os pássaros são alados.

II. Todos os humanos são mortais
Todos os brasileiros são humanos
Logo, todos os brasileiros são mortais.

É correto afirmar, a partir de um ponto de vista lógico, que

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Questão 14726

(UFF - 2010)

Filosofia

O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia.

Assinale a sentença do filósofo grego Epicuro cujo significado é o mais próximo da letra da canção “Filosofia”, composta em 1933 por Noel Rosa, em parceria com André Filho.

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