(UNESP - 2012 - 1a Fase)
Leia os dois textos.
Texto 1
O livro de língua portuguesa ‘Por uma Vida Melhor’, adotado pelo Ministério da Educação (MEC), contém alguns erros gramaticais. “Nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” são dois exemplos de erros. Na avaliação dos autores do livro, o uso da língua popular, ainda que contendo erros, é válido. Os escritores também ressaltam que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer “preconceito linguístico”. A autora Heloisa Ramos justifica o conteúdo da obra. “O importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa.”
(www.opiniaoenoticia.com.br. Adaptado.)
Texto 2
Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de maior complexidade – tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la.
(Evanildo Bechara. Veja, 01.06.2011. Adaptado.)
Assinale a alternativa correta acerca da relação entre linguagem popular e norma culta.
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) Leia o trecho da entrevista com um médico epidemiologista.
Folha – Não é contraditório um epidemiologista questionar o conceito de risco?
Luis David Castiel – Tem também um lado opressivo que me incomoda. Uma dimensão moralista, que rotula as pessoas que se expõem ao risco como displicentes e que, portanto, merecem ser punidas [pela doença], se acontecer o evento ao qual estão se expondo. Estamos à mercê dessa prescrição constante que a gente tem que seguir. Na hora em que você traz para perto a ameaça, tem que fazer uma gestão cotidiana dela. Não há como, você teria que controlar todos os riscos possíveis e os impossíveis de se imaginar. É a riscofobia.
Folha – Há um meio do caminho entre a fobia e o autocuidado?
Luis David Castiel – A pessoa tem que puxar o freio de emergência quando achar necessário, decidir até que ponto vai conseguir acompanhar todos os ditames da saúde. (…) Na saúde, a vigilância constante, o excesso de exames criou uma nova categoria: a pessoa não está doente, mas não é saudável. Está sob risco.
(Folha de S.Paulo, 11.04.2011. Adaptado.)
Assinale a alternativa que contempla adequadamente a opinião do médico, sob o ponto de vista filosófico.
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(UNESP - 2012 - 1a Fase)
Texto 1
A proibição do véu islâmico, que cobre todo o rosto, aprovada pelo Senado francês, é um passo certo. Essa proibição não tem nada a ver com intolerância ou mesmo cerceamento da liberdade de praticar uma religião. O véu integral, seja o niqab ou a burca, é um obstáculo de primeira ordem à integração, que não pode ser tolerado em uma sociedade europeia aberta. O véu integral não é parte da liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradição, usado para privar as mulheres de suas personalidades e autonomia. A separação entre a Igreja e o Estado, na Europa, é uma grande conquista do Iluminismo.
(Bernd Riegert. Deutsche Welle. Adaptado.)
Texto 2
Há algo de profundamente cínico na lei francesa que proíbe mulheres de portar indumentárias como a burca e o niqab. Primeiro, essa lei nada tem a ver com a laicidade do Estado. Na verdade, o Estado laico é aquele indiferente à religiosidade da sociedade. Tal distância significa duas coisas: as leis não serão influenciadas pela religião e o Estado não legisla sobre práticas e costumes religiosos. No entanto, não cabe ao Estado dizer que uma roupa é signo de opressão. Até porque a opressão é algo que só pode ser enunciado na primeira pessoa do singular (“Eu me sinto oprimido”), e não na terceira pessoa (“Você está oprimido, mesmo que não saiba ou não tenha coragem de dizer. Vim libertá-lo”).
(Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, 26.04.2011. Adaptado.)
Da leitura dos textos, pode-se inferir corretamente que:
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) Segundo a teoria da curva ambiental de Kuznets, o índice de poluição e de impactos ambientais nas sociedades industriais comporta-se como na figura abaixo: a degradação da natureza aumenta durante os estágios iniciais do desenvolvimento de uma nação, mas se estabiliza e passa a decrescer quando o nível de renda e de educação da população aumenta.
Considere a curva ambiental de Kuznets representada na figura e quatro situações ambientais distintas:
I. Implantação de programas de reflorestamento.
II. Mata nativa preservada.
III. Estabelecimento de uma comunidade clímax.
IV. Área desmatada para extração de madeira.
Na curva, as posições marcadas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, às situações
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) Em 2008, a Secretaria Estadual de Saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, ambas do Rio de Janeiro, confirmaram um caso de dengue adquirida durante a gestação. A mãe, que havia adquirido dengue três dias antes do parto, deu à luz uma garotinha com a mesma doença. O bebê ficou internado quase um mês, e depois recebeu alta.
Pode-se afirmar corretamente que esse caso
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(UNESP - 2012 - 1a Fase)
Se me mostrarem um único ser vivo que não tenha ancestral, minha teoria poderá ser enterrada. (Charles Darwin)
Sobre essa frase, afirmou-se que:
I. Contrapõe-se ao criacionismo religioso.
II. Contrapõe-se ao essencialismo de Platão, segundo o qual todas as espécies têm uma essência fixa e eterna.
III. Sugere uma possibilidade que, se comprovada, poderia refutar a hipótese evolutiva darwiniana.
IV. Propõe que as espécies atuais evoluíram a partir da modificação de espécies ancestrais, não aparentadas entre si.
V. Nega a existência de espécies extintas, que não deixaram descendentes.
É correto o que se afirma em
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) No para-choque de um caminhão, estava escrita a frase:
Atrás do caminhão vinha um ônibus escolar e os alunos, além de se divertirem com a frase, fizeram os seguintes comentários:
Pedrinho: – A frase está errada, pois o cavalo-marinho não se faz passar por peixe. Ele é um peixe.
Marcos: – Sim, mas nem tudo está tão errado assim. Afinal, sendo cordados, cavalos e peixes possuem fendas branquiais em alguma etapa de seu desenvolvimento.
João: – É verdade. Porém só nisso se assemelham, pois os cavalos, como os demais mamíferos, têm sistema nervoso dorsal, enquanto que no peixe é lateral.
Flávia: – Vocês todos estão errados, pois os cavalos-marinhos não são peixes, mas sim crustáceos, como o camarão, a lagosta e o caranguejo.
Rafael: – É isso mesmo! Crustáceos, com todas as características típicas desse grupo de artrópodes, incluindo cauda articulada e exoesqueleto.
Paulo: – O Rafael só errou em uma coisa: os crustáceos não são artrópodes. Os insetos é que o são.
Gilmar: – Nem peixes, nem crustáceos. São mamíferos aquáticos, ou não se chamariam cavalos-marinhos.
Pode-se dizer que estão corretos
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) O magma que sai dos vulcões durante as erupções é constituído por rochas fundidas e vários tipos de gases e vapores, tais como CO, CO2, SO2, SO3, HCl e H2O. A respeito dessas substâncias, são feitas as seguintes afirmações:
I. Quando dissolvidos em água, os gases CO2, SO2, SO3 e HCl geram soluções eletrolíticas cujo pH é menor que 7.
II. As moléculas de CO2, SO2 e H2O apresentam geometria linear.
III. No estado sólido, as moléculas de CO2 encontram-se atraídas entre si por ligações de hidrogênio muito intensas.
É correto o que se afirma em:
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
No mapa, estão indicadas as principais correntes marítimas.
Explique a influência da Corrente do Golfo no Atlântico Norte sobre a Europa Ocidental, e destaque os motivos das cidades de Londres e Paris terem invernos mais amenos do que Montreal e Nova Iorque.
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(UNESP - 2012 - 1a Fase) Durante sua visita ao Brasil em 1928, Marie Curie analisou e constatou o valor terapêutico das águas radioativas da cidade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra de água de uma das fontes apresentou concentração de urânio igual a 0,16 µg/L. Supondo que o urânio dissolvido nessas águas seja encontrado na forma de seu isótopo mais abundante, 238U, cuja meia-vida é aproximadamente 5 × 109 anos, o tempo necessário para que a concentração desse isótopo na amostra seja reduzida para 0,02 µg/L será de
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