FUVEST 2021

Questão 66171

(UFJF 2021)

A seguir estão apresentadas quatro estruturas químicas de compostos orgânicos. Sobre elas são feitas as seguintes afirmações:

I - O composto B pode ser formado a partir da reação de redução do composto A.

II - Os compostos B e C apresentam isomeria de posição.

III - Os compostos A e C apresentam isomeria de função.

IV - Reação de oxidação do composto A com KMnO4 levará a formação do composto D.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmações CORRETAS.

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Questão 66174

(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Escritor refletido e cheio de recurso, a sua obra é uma das minas da literatura brasileira, até hoje, e embora não pareça, tem continuidades no Modernismo. Nossa iconografia imaginária, das mocinhas, dos índios, das florestas, deve aos seus livros muito da sua fixação social; de modo mais geral, para não encompridar a lista, a desenvoltura inventiva e brasileirizante da sua prosa ainda agora é capaz de inspirar.

Roberto Schwarz. Ao vencedor as batatas, 2000. Adaptado.

O comentário refere-se ao escritor

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Questão 66175

(UNESP 2021 - 2ª fase)

Até o século XIV, houve uma doença muito disseminada e muito temida: a lepra. Nas cidades, foram construídos hospitais especializados para os leprosos. […] Como se pensava que a lepra era contagiosa, os leprosos que andavam pelas ruas deviam sacudir uma espécie de sineta, a “matraca”.

(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)

A lepra (ou hanseníase) era temida na Idade Média porque

 

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Questão 66176

(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Leia o trecho do ensaio “As mutações do poder e os limites do humano”, de Newton Bignotto, para responder a questão.

A modernidade se construiu a partir do Renascimento à luz da famosa asserção do filósofo italiano Pico della Mirandola em seu Discurso sobre a dignidade do homem (1486), segundo o qual fomos criados livres e com o poder de escolher o que desejamos ser. Diferentemente dos outros seres, o homem pode constituir a própria face e transitar pelos caminhos mais elevados, ou degenerar até o nível inferior das bestas.

Para Pico della Mirandola, o homem é um ser autoconstruído, e, por isso, não podemos atribuir a forças transcendentes nem os sucessos nem os fracassos. A liberdade para forjar sua própria natureza é um dom que implica riscos. Se com frequência preferimos olhar apenas para a força de uma vontade, que decidiu explorar o mundo com as ferramentas da razão, desde a era do Barroco sabemos que o real comporta um lado escuro, que não pode ser simplesmente esquecido. Ao lado do racionalismo triunfante, sempre houve um grito de alerta quanto às trevas que rondavam as sociedades modernas.

O século XX viu essas trevas ocuparem o centro da cena mundial e enterrou para sempre a ideia de que o progresso da civilização iria nos livrar de nossas fraquezas e defeitos. O século da técnica e dos avanços espetaculares da ciência foi também o século dos massacres e do aparecimento da morte em escala industrial. Tudo se passa como se a partir de agora não pudéssemos mais esquecer da besta, que Pico della Mirandola via como uma das possibilidades de nossa natureza. O monstro, que rondava a razão, e que por tanto tempo pareceu poder ser por ela derrotado, aproveitou-se de muitas de suas conquistas para criar uma nova identidade, que nos obriga a conviver com a barbárie no seio mesmo de sociedades que tanto contribuíram para criar a imagem iluminada do Ocidente.

(Adauto Novaes (org.). Mutações, 2008. Adaptado.)

De acordo com Pico della Mirandola,

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Questão 66178

(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Leia o trecho do ensaio “As mutações do poder e os limites do humano”, de Newton Bignotto, para responder a questão.

A modernidade se construiu a partir do Renascimento à luz da famosa asserção do filósofo italiano Pico della Mirandola em seu Discurso sobre a dignidade do homem (1486), segundo o qual fomos criados livres e com o poder de escolher o que desejamos ser. Diferentemente dos outros seres, o homem pode constituir a própria face e transitar pelos caminhos mais elevados, ou degenerar até o nível inferior das bestas.

Para Pico della Mirandola, o homem é um ser autoconstruído, e, por isso, não podemos atribuir a forças transcendentes nem os sucessos nem os fracassos. A liberdade para forjar sua própria natureza é um dom que implica riscos. Se com frequência preferimos olhar apenas para a força de uma vontade, que decidiu explorar o mundo com as ferramentas da razão, desde a era do Barroco sabemos que o real comporta um lado escuro, que não pode ser simplesmente esquecido. Ao lado do racionalismo triunfante, sempre houve um grito de alerta quanto às trevas que rondavam as sociedades modernas.

O século XX viu essas trevas ocuparem o centro da cena mundial e enterrou para sempre a ideia de que o progresso da civilização iria nos livrar de nossas fraquezas e defeitos. O século da técnica e dos avanços espetaculares da ciência foi também o século dos massacres e do aparecimento da morte em escala industrial. Tudo se passa como se a partir de agora não pudéssemos mais esquecer da besta, que Pico della Mirandola via como uma das possibilidades de nossa natureza. O monstro, que rondava a razão, e que por tanto tempo pareceu poder ser por ela derrotado, aproveitou-se de muitas de suas conquistas para criar uma nova identidade, que nos obriga a conviver com a barbárie no seio mesmo de sociedades que tanto contribuíram para criar a imagem iluminada do Ocidente.

(Adauto Novaes (org.). Mutações, 2008. Adaptado.)

 

Está empregado em sentido figurado o termo que qualifica o substantivo na expressão

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Questão 66179

(UNESP - 2021 - 2 fase) 

Texto 1

Nenhum documento permite afirmar que Pedro Álvares Cabral partira de Lisboa com o propósito de descobrir novas terras. A intencionalidade da descoberta não encontra fundamento em nenhuma das testemunhas, seja Pero Vaz de Caminha, Mestre João ou o piloto anônimo. A armada partiu com destino à Índia, e foi só isso.

(Joaquim Romero de Magalhães. “Quem descobriu o Brasil?”. In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para ocupados, 2013.)

 

Texto 2

Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, obviamente, nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, como querem muitos historiadores, que outros tenham andado por ali antes, mas disso não ficou registro consistente, e foram Pero Vaz de Caminha e Mestre João os autores das primeiras narrativas sobre a nova terra e seu céu.

(Laura de Mello e Souza. “O nome Brasil”. In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para ocupados, 2013.)

 

Os dois textos referem-se à expedição de Cabral, que aportou no litoral do futuro território do Brasil em 1500. A documentação citada nos textos é, de acordo com os autores,

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Questão 66181

(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Leia o trecho do ensaio “As mutações do poder e os limites do humano”, de Newton Bignotto, para responder a questão.

A modernidade se construiu a partir do Renascimento à luz da famosa asserção do filósofo italiano Pico della Mirandola em seu Discurso sobre a dignidade do homem (1486), segundo o qual fomos criados livres e com o poder de escolher o que desejamos ser. Diferentemente dos outros seres, o homem pode constituir a própria face e transitar pelos caminhos mais elevados, ou degenerar até o nível inferior das bestas.

Para Pico della Mirandola, o homem é um ser autoconstruído, e, por isso, não podemos atribuir a forças transcendentes nem os sucessos nem os fracassos. A liberdade para forjar sua própria natureza é um dom que implica riscos. Se com frequência preferimos olhar apenas para a força de uma vontade, que decidiu explorar o mundo com as ferramentas da razão, desde a era do Barroco sabemos que o real comporta um lado escuro, que não pode ser simplesmente esquecido. Ao lado do racionalismo triunfante, sempre houve um grito de alerta quanto às trevas que rondavam as sociedades modernas.

O século XX viu essas trevas ocuparem o centro da cena mundial e enterrou para sempre a ideia de que o progresso da civilização iria nos livrar de nossas fraquezas e defeitos. O século da técnica e dos avanços espetaculares da ciência foi também o século dos massacres e do aparecimento da morte em escala industrial. Tudo se passa como se a partir de agora não pudéssemos mais esquecer da besta, que Pico della Mirandola via como uma das possibilidades de nossa natureza. O monstro, que rondava a razão, e que por tanto tempo pareceu poder ser por ela derrotado, aproveitou-se de muitas de suas conquistas para criar uma nova identidade, que nos obriga a conviver com a barbárie no seio mesmo de sociedades que tanto contribuíram para criar a imagem iluminada do Ocidente.

(Adauto Novaes (org.). Mutações, 2008. Adaptado.)

 

Dêiticos: expressões linguísticas cuja interpretação depende da pessoa, do lugar e do momento em que são enunciadas. Por exemplo, “eu” designa a pessoa que fala “eu”. Expressões como “aqui”, “hoje” devem ser interpretadas em função de onde e em que momento se encontra o locutor, quando diz “aqui” e “hoje”.

(Ernani Terra. Leitura do texto literário, 2014. Adaptado.)

 

Verifica-se a ocorrência de dêitico no seguinte trecho:

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Questão 66182

(UNESP 2021 - 2ª fase)

Leia os textos para responder às questões 22 e 23.

Texto 1

Nenhum documento permite afirmar que Pedro Álvares Cabral partira de Lisboa com o propósito de descobrir novas terras. A intencionalidade da descoberta não encontra fundamento em nenhuma das testemunhas, seja Pero Vaz de Caminha, Mestre João ou o piloto anônimo. A armada partiu com destino à Índia, e foi só isso.

(Joaquim Romero de Magalhães. “Quem descobriu o Brasil?”. In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para ocupados, 2013.)

 

Texto 2

Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, obviamente, nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, como querem muitos historiadores, que outros tenham andado por ali antes, mas disso não ficou registro consistente, e foram Pero Vaz de Caminha e Mestre João os autores das primeiras narrativas sobre a nova terra e seu céu.

(Laura de Mello e Souza. “O nome Brasil”. In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para ocupados, 2013.)

 

A afirmação do texto 2 de que “Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, obviamente, nem Brasil nem brasileiros” é correta, pois

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Questão 66183

(UNESP 2021 - 2ª fase)

O quilombo significou uma alternativa concreta à ordem escravista — e, por isso, tornou-se um problema real e bastante amedrontador para a sociedade colonial e para as autoridades, que precisavam combatê-lo de modo sistemático. Mas, ao mesmo tempo, o quilombo era parte da sociedade que o reprimia, em função dos diversos vínculos que tinha com os diferentes setores desta. Tais vínculos, de natureza muito variada, incluíam a criação de toda sorte de relações comerciais com as populações vizinhas, a formação de redes mais ou menos complexas para obtenção de informações e, como não poderia deixar de ser, o cultivo de um sem-número de laços afetivos e amorosos que se entrecruzavam nas periferias urbanas e nas fazendas.

(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)

Os quilombos existentes no Brasil colonial podem ser caracterizados como espaços

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Questão 66184

(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Leia o texto para responder a questão.

“Culture is language”:
why an indigenous tongue is thriving in Paraguay

On a hillside monument in Asunción, a statue of the mythologized indigenous chief Lambaré stands alongside other great leaders from Paraguayan history. The other historical heroes on display are of mixed ancestry, but the idea of a noble indigenous heritage is strong in Paraguay, and — uniquely in the Americas — can be expressed by most of the country’s people in an indigenous language: Paraguayan Guaraní. “Guaraní is our culture — it’s where our roots are,” said Tomasa Cabral, a market vendor in the city.

Elsewhere in the Americas, European colonial languages are pushing native languages towards extinction, but Paraguayan Guaraní — a language descended from several indigenous tongues — remains one of the main languages of 70% of the country’s population. And unlike other widely spoken native tongues — such as Quechua, Aymara or the Mayan languages — it is overwhelmingly spoken by non-indigenous people.

Miguel Verón, a linguist and member of the Academy of the Guaraní Language, said the language had survived partly because of the landlocked country’s geographic isolation and partly because of the “linguistic loyalty” of its people. “The indigenous people refused to learn Spanish,” he said. “The imperial governors had to learn to speak Guaraní.” But while it remains under pressure from Spanish, Paraguayan Guaraní is itself part of the threat looming over the country’s other indigenous languages. Paraguay’s 19 surviving indigenous groups each have their own tongue, but six of them are listed by Unesco as severely or critically endangered.

The benefits of speaking the country’s two official languages were clear. Spanish remains the language of government, and Paraguayan Guaraní is widely spoken in rural areas, where it is a key requisite for many jobs. But the value of maintaining other tongues was incalculable, said Alba Eiragi Duarte, a poet from the Ava Guaraní people. “Our culture is transmitted through our own language: culture is language. When we love our language, we love ourselves.”

(William Costa. www.theguardian.com, 03.09.2020. Adaptado.)

The text is mainly about

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