(UFPR - 2021 - 1ª FASE) A idade avançada e os problemas de saúde de uma empregada doméstica de 63 anos não a impediam de percorrer semanalmente 120 km de sua casa humilde em Miguel Pereira, no sul fluminense, até o apartamento onde trabalhava no Alto Leblon, bairro da zona sul do Rio que tem o metro quadrado mais valorizado do país...
(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/19/primeira-vitima-do-rj-eradomestica-e-pegou-coronavirus-da-patroa.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 05/11/2021.)
A notícia do site UOL retrata a primeira morte registrada na pandemia do novo coronavírus no Brasil. Uma senhora de 63 anos contraiu o vírus de sua patroa que voltava da Itália para o Rio de Janeiro. O exemplo dessa fatalidade, com uma mulher negra e empregada doméstica, revela um processo mais amplo, que vai além da pandemia e simboliza um cenário marcado por:
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(UFPR - 2021 - 1ªFASE) A jornalista filipina Maria Ressa e o jornalista russo Dmitry Muratov ganharam o prêmio Nobel da Paz de 2021 por seus esforços para defender a liberdade de expressão frente à crescente repressão à mídia. Fenômenos como a disseminação do uso das mídias sociais, as fakenews e os discursos de ódio podem ser vistos à luz da sociologia. Sobre esses fenômenos contemporâneos, considere as seguintes afirmativas:
Assinale a alternativa correta.
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(UFPR - 2021 - 1ª FASE - anulada) Considere o fragmento a seguir:
Considere o fragmento a seguir: Recusar a irredutível necessidade de uma ordem política enquanto tal, negar, em especial, que as relações de poder sejam condição de funcionamento de qualquer cidade moderna, é sem dúvida a mais generosa das tentações, mas também uma das mais perigosas. Tentação compreensível, pois temos certamente todas as desculpas para assimilar poder à extorsão. Nasce daí a ideia de extirpar, de vez por todas, o poder político. Ideia radical, que foi revigorada nos dias de hoje: o espetáculo dos totalitarismos tem de tudo para fazer-nos inimigos de qualquer poder, isto é, libertários. No século XIX, esta ideia se impunha por uma razão diferente: a preponderância, evidenciada, do econômico, inclinava os espíritos a considerar a instância do poder político como arcaica e supérflua.
(LEBRUN, Gérard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 42.)
No livro “O que é poder”, Gérard Lebrun enfrenta diferentes modos de conceituação do poder na teoria política e social com o objetivo de aclarar, em suas palavras, “alguns preconceitos e abandonar algumas evidências”. Para Lebrun, é correto afirmar que:
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(UFPR - 2021 - 1ª FASE) Leia os textos a seguir.
Texto 1 Ponto de vista
Compositores: Eduardo Lyra Krieger / Joao Cavalcanti
Do ponto de vista da terra quem gira é o sol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista do mar quem balança é a praia
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final
O jeito é manter o respeito e ponto final
Texto 2
Imunização não protege apenas quem recebe a injeção, mas também as pessoas que não podem, por motivo de saúde, tomar o medicamento
Juliana Contaifer A notícia mais aguardada pela maioria da população é o dia em que a vacina contra a Covid-19 será considerada segura e eficaz o suficiente para imunizar a população e a vida voltar ao normal. Porém, para o vírus ser completamente controlado, não basta apenas ir ao posto de saúde tomar a injeção – a vacina é um compromisso coletivo, não só pessoal – e a maioria da população precisa estar imunizada para o coronavírus parar de circular. Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm), conta que, na história da humanidade, apenas a varíola foi completamente erradicada. A poliomielite está quase lá: a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou, no último mês, que não há mais vírus circulando na África e, no momento, apenas dois países têm casos da doença. No Brasil, tétano neonatal, rubéola e síndrome congênita da rubéola, febre amarela, difteria, meningite e sarampo são alguns exemplos de enfermidades controladas pelas vacinas. Nos últimos anos, a cobertura vacinal caiu muito (pela escassez de medicamento e pela confiança na não incidência de doenças que aterrorizavam o mundo, mas quase não existem mais). Por isso, o Brasil perdeu o selo de controle do sarampo e viu vários casos pipocarem no último ano. O movimento antivacina não é forte e organizado no Brasil, segundo Mônica, mas a disseminação de medo pelas redes sociais pode causar problemas. “Não ajuda em nada a nossa cobertura vacinal. As pessoas ficam confusas, paralisadas. Chamamos de hesitantes. Não são antivacinistas, só pessoas com medo”, explica. Para a professora Anamélia Lorenzetti Bocca, coordenadora do laboratório de Imunologia Celular no Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), a educação é o caminho para a adesão. “A maioria das pessoas quer a vacina e está disposta a tomar. Se fizermos uma campanha explicando como foi desenvolvida, esclarecendo os mínimos efeitos colaterais, agregaremos mais pessoas”, afirma.
O ideal é que todas as pessoas passíveis de contágio sejam imunizadas, mas algumas não podem ser vacinadas. É o caso de pessoas imunossuprimidas ou com algum problema de saúde que inviabilize o uso de vacinas. Se a porcentagem for atingida, o vírus para de circular e essas pessoas também ficam protegidas.
“A vacina dá recursos para o organismo combater eficientemente o vírus quando o paciente entrar em contato com ele. Com a imunidade coletiva, evitamos que o vírus infecte outras pessoas e morra no hospedeiro. Quem toma a vacina não está só se protegendo, como também as pessoas que não podem tomar a imunização”, explica Anamélia.
(Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/entenda-por-que-tomar-vacina-nao-e-uma-decisao-pessoal-mas-coletiva. Texto adaptado. Publicado em 12/09/2020 18:06. Atualizado em 12/09/2020 19:58. Acesso em: 09/01/2021.)
Elabore um texto dissertativo-argumentativo, a partir dos textos-fonte, que deverá:
- identificar a tese principal e eventuais teses secundárias de cada texto;
- manifestar e defender, fundamentada em argumentos, sua opinião a respeito;
- respeitar as características discursivo-formais do gênero solicitado; e
- ter no mínimo 12 e no máximo 15 linhas.
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(UFPR - 2021 - 1ª fase)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 04.
El país donde las discotecas son más importantes que las escuelas David Jiménez – 27 de agosto de 2020
Fútbol, playas, corridas de toros y discotecas. Las prioridades en la apertura de España tras meses de confinamiento se podían leer como una declaración de intenciones sobre la visión del país. Finalmente, a una semana del comienzo del curso escolar, nuestros políticos han decidido abordar lo que consideran menos urgente: la educación de millones de estudiantes.
Atrás quedan meses desaprovechados, advertencias ignoradas y planes por hacer. La falta de previsión que ha sumido en el desconcierto, la reapertura de las escuelas es parte de una gestión lastrada por la opacidad, la falta de datos fiables, la inconsistencia y la lentitud de reacción por parte de los gobiernos central y autonómicos. Y así, tras sufrir una de las peores primeras olas de contagios, España se enfrenta ahora al peor rebrote de Europa.
¿Puede haber mayor prueba de la urgencia de reformar la educación que la incompetencia de una clase política producto de sus deficiencias? La pandemia ha desnudado un modelo escaso de medios, con un profesorado mal pagado y desmotivado, planes de estudio anclados en el siglo XIX y una creciente desigualdad que permite a las familias con recursos eludir las carencias del sistema con apoyo extraescolar, enseñanza privada y cursos en el extranjero para sus hijos.
El inicio del curso, previsto en algunas partes del país para el 4 de septiembre, se producirá en mitad del caos de una huelga de estudiantes, estrategias diferentes en cada región y planes improvisados para reducir a toda prisa la ratio de alumnos, reorganizar horarios, contratar profesores e implementar medidas que debieron ser planeadas con meses de anticipación, como en otros países. Lo sorprendente habría sido que unas autoridades que ___________ el sistema educativo a su suerte hace décadas ____________ los deberes a tiempo.
(Texto adaptado. Disponible en: https://www.nytimes.com/es/2020/08/27/espanol/opinion/vuelta-cole-espana.html.)
Señala la alternativa que rellena correctamente los huecos en el orden que aparecen en el texto.
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(UFPR - 2021 - 1ª fase)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 04.
El país donde las discotecas son más importantes que las escuelas David Jiménez – 27 de agosto de 2020
Fútbol, playas, corridas de toros y discotecas. Las prioridades en la apertura de España tras meses de confinamiento se podían leer como una declaración de intenciones sobre la visión del país. Finalmente, a una semana del comienzo del curso escolar, nuestros políticos han decidido abordar lo que consideran menos urgente: la educación de millones de estudiantes.
Atrás quedan meses desaprovechados, advertencias ignoradas y planes por hacer. La falta de previsión que ha sumido en el desconcierto, la reapertura de las escuelas es parte de una gestión lastrada por la opacidad, la falta de datos fiables, la inconsistencia y la lentitud de reacción por parte de los gobiernos central y autonómicos. Y así, tras sufrir una de las peores primeras olas de contagios, España se enfrenta ahora al peor rebrote de Europa.
¿Puede haber mayor prueba de la urgencia de reformar la educación que la incompetencia de una clase política producto de sus deficiencias? La pandemia ha desnudado un modelo escaso de medios, con un profesorado mal pagado y desmotivado, planes de estudio anclados en el siglo XIX y una creciente desigualdad que permite a las familias con recursos eludir las carencias del sistema con apoyo extraescolar, enseñanza privada y cursos en el extranjero para sus hijos.
El inicio del curso, previsto en algunas partes del país para el 4 de septiembre, se producirá en mitad del caos de una huelga de estudiantes, estrategias diferentes en cada región y planes improvisados para reducir a toda prisa la ratio de alumnos, reorganizar horarios, contratar profesores e implementar medidas que debieron ser planeadas con meses de anticipación, como en otros países. Lo sorprendente habría sido que unas autoridades que ___________ el sistema educativo a su suerte hace décadas ____________ los deberes a tiempo.
(Texto adaptado. Disponible en: https://www.nytimes.com/es/2020/08/27/espanol/opinion/vuelta-cole-espana.html.)
La constatación hecha por el autor de que se hace necesario repensar la educación en España se debe:
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(UFPR - 2021 - 1ª fase)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 04.
El país donde las discotecas son más importantes que las escuelas David Jiménez – 27 de agosto de 2020
Fútbol, playas, corridas de toros y discotecas. Las prioridades en la apertura de España tras meses de confinamiento se podían leer como una declaración de intenciones sobre la visión del país. Finalmente, a una semana del comienzo del curso escolar, nuestros políticos han decidido abordar lo que consideran menos urgente: la educación de millones de estudiantes.
Atrás quedan meses desaprovechados, advertencias ignoradas y planes por hacer. La falta de previsión que ha sumido en el desconcierto, la reapertura de las escuelas es parte de una gestión lastrada por la opacidad, la falta de datos fiables, la inconsistencia y la lentitud de reacción por parte de los gobiernos central y autonómicos. Y así, tras sufrir una de las peores primeras olas de contagios, España se enfrenta ahora al peor rebrote de Europa.
¿Puede haber mayor prueba de la urgencia de reformar la educación que la incompetencia de una clase política producto de sus deficiencias? La pandemia ha desnudado un modelo escaso de medios, con un profesorado mal pagado y desmotivado, planes de estudio anclados en el siglo XIX y una creciente desigualdad que permite a las familias con recursos eludir las carencias del sistema con apoyo extraescolar, enseñanza privada y cursos en el extranjero para sus hijos.
El inicio del curso, previsto en algunas partes del país para el 4 de septiembre, se producirá en mitad del caos de una huelga de estudiantes, estrategias diferentes en cada región y planes improvisados para reducir a toda prisa la ratio de alumnos, reorganizar horarios, contratar profesores e implementar medidas que debieron ser planeadas con meses de anticipación, como en otros países. Lo sorprendente habría sido que unas autoridades que ___________ el sistema educativo a su suerte hace décadas ____________ los deberes a tiempo.
(Texto adaptado. Disponible en: https://www.nytimes.com/es/2020/08/27/espanol/opinion/vuelta-cole-espana.html.)
Considera las siguientes deficiencias de un sistema educativo:
1. Limitación de recursos.
2. Currículums desactualizados.
3. Falta de escuela pública para todos.
4. Poco estímulo a los profesores.
Según el texto, es/son deficiencia(s) del sistema educativo español:
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(UFPR - 2021 - 1ª fase)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 04.
El país donde las discotecas son más importantes que las escuelas David Jiménez – 27 de agosto de 2020
Fútbol, playas, corridas de toros y discotecas. Las prioridades en la apertura de España tras meses de confinamiento se podían leer como una declaración de intenciones sobre la visión del país. Finalmente, a una semana del comienzo del curso escolar, nuestros políticos han decidido abordar lo que consideran menos urgente: la educación de millones de estudiantes.
Atrás quedan meses desaprovechados, advertencias ignoradas y planes por hacer. La falta de previsión que ha sumido en el desconcierto, la reapertura de las escuelas es parte de una gestión lastrada por la opacidad, la falta de datos fiables, la inconsistencia y la lentitud de reacción por parte de los gobiernos central y autonómicos. Y así, tras sufrir una de las peores primeras olas de contagios, España se enfrenta ahora al peor rebrote de Europa.
¿Puede haber mayor prueba de la urgencia de reformar la educación que la incompetencia de una clase política producto de sus deficiencias? La pandemia ha desnudado un modelo escaso de medios, con un profesorado mal pagado y desmotivado, planes de estudio anclados en el siglo XIX y una creciente desigualdad que permite a las familias con recursos eludir las carencias del sistema con apoyo extraescolar, enseñanza privada y cursos en el extranjero para sus hijos.
El inicio del curso, previsto en algunas partes del país para el 4 de septiembre, se producirá en mitad del caos de una huelga de estudiantes, estrategias diferentes en cada región y planes improvisados para reducir a toda prisa la ratio de alumnos, reorganizar horarios, contratar profesores e implementar medidas que debieron ser planeadas con meses de anticipación, como en otros países. Lo sorprendente habría sido que unas autoridades que ___________ el sistema educativo a su suerte hace décadas ____________ los deberes a tiempo.
(Texto adaptado. Disponible en: https://www.nytimes.com/es/2020/08/27/espanol/opinion/vuelta-cole-espana.html.)
Sobre la retomada de las clases en España:
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(UNESP - 2021 - 1ª fase - DIA 2)
Examine a tira de Alex Culang e Raynato Castro.
Para que a história tivesse um desfecho favorável à garota, seria necessário
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(UNESP - 2021 - 1ª fase - DIA 2)
Para responder às questões de 02 a 05, leia a crônica “A obra-prima”, de Lima Barreto, publicada na revista Careta em 25.09.1915.
Marco Aurélio de Jesus, dono de um grande talento e senhor de um sólido saber, resolveu certa vez escrever uma obra sobre filologia.
Seria, certo, a obra-prima ansiosamente esperada e que daria ao espírito inculto dos brasileiros as noções exatas da língua portuguesa. Trabalhou durante três anos, com esforço e sabiamente. Tinha preparado o seu livro que viria trazer à confusão, à dificuldade de hoje, o saber de amanhã. Era uma obra-prima pelas generalizações e pelos exemplos.
A quem dedicá-la? Como dedicá-la? E o prefácio?
E Marco Aurélio resolve meditar. Ao fim de igual tempo havia resolvido o difícil problema.
A obra seria, segundo o velho hábito, precedida de “duas palavras ao leitor” e levaria, como demonstração de sua submissão intelectual, uma dedicatória.
Mas “duas palavras”, quando seriam centenas as que escreveria? Não. E Marco Aurélio contou as “duas palavras” uma a uma. Eram duzentas e uma e, em um lance único, genial, destacou em relevo, ao alto da página “duzentas e uma palavras ao leitor”.
E a dedicatória? A dedicatória, como todas as dedicatórias, seria a “pálida homenagem” de seu talento ao espírito amigo que lhe ensinara a pensar…
Mas “pálida homenagem”… Professor, autor de um livro de filologia, cair na vulgaridade da expressão comum: “pálida homenagem”? Não. E pensou. E de sua grave meditação, de seu profundo pensamento, saiu a frase límpida, a grande frase que definia a sua ideia da expressão e, num gesto, sulcou o alto da página de oferta com a frase sublime: “lívida homenagem do autor”…
Está aí como um grande gramático faz uma obra-prima. Leiam-na e verão como a coisa é bela.
(Sátiras e outras subversões, 2016.)
O cronista traça um retrato do gramático Marco Aurélio, evidenciando, sobretudo, a sua
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