(UFPA - 2016) Mesmo antes da ruptura da colônia brasileira com a metrópole portuguesa em 1822, José Bonifácio de Andrada e Silva já admitia que seria muito difícil:
[...] a liga de tanto metal heterogêneo, como brancos, mulatos, pretos livres e escravos, índios, etc., em um corpo sólido e político.
(SILVA, Ana Rosa Cloclet da. Construção da nação e escravidão no pensamento de José Bonifácio: 1783-1823. Campinas, SP: Ed. da Unicamp,1999. p. 178.)
Na presente fala do “Patriarca da Independência” em relação à sociedade brasileira, é importante observar que existe uma preocupação de ordem social na construção da Nação brasileira. Bonifácio considerava que a
heterogeneidade dos habitantes do Brasil, marcada pela presença de negros e índios, revelava-se um problema para a construção de um projeto nacional com a edificação de um Império do Brasil mais civilizado.
presença de gente de tantas cores e condições poderia atrapalhar a convivência harmoniosa entre os habitantes da futura Nação, sobretudo porque os índios eram muito belicosos e os negros não se adaptariam à liberdade.
presença de negros na sociedade brasileira decorrente do escravismo colonial atrapalhava a construção da Nação por não servir à sustentabilidade da economia agroexportadora e monocultora do café.
mistura de raças não era recomendável para uma colônia que queria se tornar uma monarquia constitucional reconhecida por todos os países europeus, principalmente pelos anglo-saxões, que eram abolicionistas.
grande dificuldade seria colocar em prática o processo de catequização dos índios e de civilização aos negros africanos, sobretudo porque esses grupos eram considerados pelos homens brancos como incapazes de sair da barbárie.
Gabarito:
heterogeneidade dos habitantes do Brasil, marcada pela presença de negros e índios, revelava-se um problema para a construção de um projeto nacional com a edificação de um Império do Brasil mais civilizado.
a) heterogeneidade dos habitantes do Brasil, marcada pela presença de negros e índios, revelava-se um problema para a construção de um projeto nacional com a edificação de um Império do Brasil mais civilizado.
Correta.
b) presença de gente de tantas cores e condições poderia atrapalhar a convivência harmoniosa entre os habitantes da futura Nação, sobretudo porque os índios eram muito belicosos e os negros não se adaptariam à liberdade.
Incorreta. Bonifácio não considerava os índios “belicosos e os negros não se adaptariam à liberdade.”
c) presença de negros na sociedade brasileira decorrente do escravismo colonial atrapalhava a construção da Nação por não servir à sustentabilidade da economia agroexportadora e monocultora do café.
Incorreta. A mão de obra negra escravizada era extremamente essencial para economia agroexportadora e monocultora do café.
d) mistura de raças não era recomendável para uma colônia que queria se tornar uma monarquia constitucional reconhecida por todos os países europeus, principalmente pelos anglo-saxões, que eram abolicionistas
Incorreta. A “mistura de raças” esteve presente em todas as colônias. Ademais, a questão do abolicionismo está ligada a uma questão de obter mercado consumidor e não sobre questões raciais.
e) grande dificuldade seria colocar em prática o processo de catequização dos índios e de civilização aos negros africanos, sobretudo porque esses grupos eram considerados pelos homens brancos como incapazes de sair da barbárie.
Incorreta. A catequização no Brasil inicia já no século XVI.
(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.
Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que
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(Ufpa 2012) “CREPUSCULAR”
Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.
É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:
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(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:
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