Questão 13221

(UEG - 2013) Leia o excerto abaixo.

O almirante, também, tinha grande confiança nos talentos guerreiros e de estadista de Floriano. A sua causa não ia lá muito bem. Perdera-a em primeira instância, estava gastando muito dinheiro... O governo precisava de oficiais de Marinha, quase todos estavam na revolta.

(BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 152.)

O trecho citado tem como pano de fundo um importante episódio da História do Brasil, conhecido como:

A

Revolta da Armada, quando oficiais da Marinha Brasileira deram ordem para que o Rio de Janeiro fosse alvejado com tiros de canhões de navios de guerra.

B

Revolta da Chibata, quando marinheiros, liderados pelo Almirante Negro, se revoltaram contra os maus-tratos sofridos dentro dos navios.

C

Revolta de Canudos, quando a recém-fundada República brasileira teve de enfrentar os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro.

D

Revolta do Contestado, quando o Exército Brasileiro usou o recém-inventado avião para enfrentar os camponeses da região de fronteira entre Santa Catarina e Paraná.

Gabarito:

Revolta da Armada, quando oficiais da Marinha Brasileira deram ordem para que o Rio de Janeiro fosse alvejado com tiros de canhões de navios de guerra.



Resolução:

a) Revolta da Armada, quando oficiais da Marinha Brasileira deram ordem para que o Rio de Janeiro fosse alvejado com tiros de canhões de navios de guerra.

Correta. A Revolta da Armada foi um conflito armado que ocorreu entre 1891 e 1894. O texto situa-se no governo de Floriano Peixoto, portanto, refere-se a Segunda Revolta da Armada. Floriano assume após a renúncia de Deodoro da Fonseca, entretanto, segunda a constituição deveriam ocorrer novas eleições o que gera insatisfação nas elites brasileiras. Em setembro de 1893 oficiais da marinha ordem a bombardeio da cidade do Rio de Janeiro : “O governo precisava de oficiais de Marinha, quase todos estavam na revolta”.

b) Revolta da Chibata, quando marinheiros, liderados pelo Almirante Negro, se revoltaram contra os maus-tratos sofridos dentro dos navios.

Incorreto. A Revolta da Chibata ocorreu em 1910 no RIo de Janeiro. Esta foi um motim de soldados da marinha devido a sua insatisfação com os castigos físicos que eram aplicado em sua maioria apenas contra negros e mestiços que ocupavam os cargos mais baixos  da marinha. O estopim da revolta é quando Marcelino Rodrigues Menezes é punido com 250 chibatas. Em 22 de novembro de 1910 os marujos liderados por João Cândido iniciam a revolta exigindo o fim dos castigos físicos tomam os navios e ameaçam bombardear o Rio de Janeiro. Hermes da Fonseca aceita os termos propostos pelos marujos, aprova o fim dos castigos e a anistia para os marujos, entretanto, a promessa não foi cumprida. 

c) Revolta de Canudos, quando a recém-fundada República brasileira teve de enfrentar os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro.

Incorreto. A Revolta de Canudos ocorre no sertão da Bahia entre 1893-1897. É um movimento messiânico liderado por Antônio Conselheiro que aglomera sertanejos e forma o arraial. Conselheiro e seus seguidores buscavam uma melhor qualidade de vida na região arrasada pela pobreza extrema. O movimento é fortemente reprimido pelo governo brasileiro que caracterizou este como monarquista, foram necessárias 3 expedições do exército brasileiro para conseguir render o arraial.

d) Revolta do Contestado, quando o Exército Brasileiro usou o recém-inventado avião para enfrentar os camponeses da região de fronteira entre Santa Catarina e Paraná.

Incorreto. Ocorre em 1912 e 1916 no Paraná e Santa Catarina. Foi um conflito entre os chamados posseiros e pequenos proprietários de terra. O conflito inicia quando o governo cede a região rica em erva-mate e madeira para a construção de uma ferrovia e exploração da madeira. Famílias de camponeses da região são desabrigados e os 8 mil homens empregados na construção ficam desempregados na região com o fim das obras. Em 1911 José Maria, um messiânico, aglomera um grande número de seguidores e pregava a criação de um novo mundo ameaçando as lideranças locais. O governo reprime o movimento por solicitação dos coronéis da região. 



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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