(UFRRJ - 2005) Getúlio Vargas até hoje é um nome conhecido por muitos brasileiros. A maneira de Getúlio Vargas governar, nas décadas de 30 a 50, modo esse típico da América Latina, denominou-se Populismo. O Populismo varguista também é chamado de Trabalhismo, uma forma específica (própria dele) de Getúlio lidar com a questão dos trabalhadores.
Em relação ao Trabalhismo de Vargas é correto se afirmar que:
I - As leis trabalhistas de Getúlio só valiam para os trabalhadores urbanos. Porém sabe-se que, na época, 60% dos brasileiros viviam no campo.
II - O campesinato brasileiro foi amplamente beneficiado pelas leis trabalhistas, visto que Getúlio defendia a Reforma Agrária.
III - A concessão de direitos trabalhistas estava voltada a evitar greves, uma vez que o pacto populista, proposto por Getúlio aos trabalhadores, buscava inibir o avanço das forças trabalhistas com vistas a uma revolução socialista igual à da Rússia.
IV - Getúlio concedeu o direito de greve aos trabalhadores, subordinando os sindicatos ao Ministério das Relações Exteriores.
V - O Estado Novo se valia do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). A propaganda política tentava convencer os brasileiros de que Getúlio era o "pai dos pobres".
Estão corretas as afirmações:
I, II e III.
I, II e IV.
I, III e V.
II, III e V.
III, IV e V.
Gabarito:
I, III e V.
I - As leis trabalhistas de Getúlio só valiam para os trabalhadores urbanos. Porém sabe-se que, na época, 60% dos brasileiros viviam no campo.
Correta.
II - O campesinato brasileiro foi amplamente beneficiado pelas leis trabalhistas, visto que Getúlio defendia a Reforma Agrária.
Incorreta. Vargas não concretizou a Reforma Agrária e as leis trabalhistas criadas só valiam para os trabalhadores urbanos (vide alternativa I).
III - A concessão de direitos trabalhistas estava voltada a evitar greves, uma vez que o pacto populista, proposto por Getúlio aos trabalhadores, buscava inibir o avanço das forças trabalhistas com vistas a uma revolução socialista igual à da Rússia.
Correta.
IV - Getúlio concedeu o direito de greve aos trabalhadores, subordinando os sindicatos ao Ministério das Relações Exteriores.
Incorreta. Os direitos trabalhistas foram concedidos para evitar as greves dos trabalhadores (vide alternativa III). Estudando o governo de Vargas, não tenho memória dessa subordinação dos sindicatos ao Ministério das Relações Exteriores; o MRE trata de assuntos que se envolvem principalmente com a política externa, não interferindo no setor trabalhista. Portanto, deve ser uma das alternativas desconexas feitas para confundir o aluno.
V - O Estado Novo se valia do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). A propaganda política tentava convencer os brasileiros de que Getúlio era o "pai dos pobres".
Correta. O DIP foi o instrumento de censura e propaganda do governo durante o Estado Novo; era usado para favorecer a imagem do presidente por meio do enaltecimento de seus feitos (distorcer a informação de acordo com aquilo que o público gostaria de ver/saber; engrandecer a imagem, a figura do presidente). Depois do período de instauração das leis trabalhistas, Vargas usou o DIP para colocar-se como o "pai dos pobres", preocupado com a classe trabalhadora, próximo dos operários, etc, para obter apoio popular, visto que as medidas implantadas, por si só, não seriam capazes de conquistar o povo.
(UFRRJ - 2004)
Vivemos numa cultura marcada pelo individualismo afetivo e prático. Vivemos sob um sistema socioeconômico globalizado que prioriza o lucro e a produtividade em prejuízo das pessoas.
As consequências são sentidas por todos nós, e mais duramente pelos pobres.
A lógica do mercado decreta friamente que eles são um estorvo, não deveriam ter filhos e melhor seria se simplesmente não existissem. Seus rostos famintos nos incomodam, seus filhos miseráveis nos revoltam.
MIRANDA, Mário de F. "Promover a vida". In: O GLOBO. 12 de dezembro de 2002. p. 6.
Leia com atenção o trecho abaixo.
"Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo."
BUARQUE, Cristovam. "O tamanho do coração". In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7.
Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.
(Ufrrj 2001)
"CIÚME, COMO LIDAR COM ESSE VENENO"
Marido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona.
Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranoico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas as tragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora desse sentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmo que o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem - por isso, e só por isso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados." (...)
(VEJA: 14/06/2000)
O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para
(UFRJ - 2004)
Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; e a filha respondeu sem titubear:
- Não, senhor, sou coxa de nascença.
O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?
Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa!
Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã partiria:
- Adeus, suspirou ela, faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo.
Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a partir, mas que não deixava de lhe querer muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada.
Adap. de: ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1991, 17ª ed., p. 53-55.
"Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se MACHUCARA o pé."
A forma verbal destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela forma composta
Ver questão
(Ufrrj 1999) Na figura a seguir observa-se um circuito elétrico com dois geradores (E1 e E2) e alguns resistores.
Utilizando a 1a lei de Kircchoff ou lei dos nós, pode-se afirmar que
Ver questão