Questão 15194

(UFPA - 2011)

“Em minha opinião, o voto livre deve ser defendido por razões filosóficas. (...) Ao tornar o voto obrigatório, de algum modo é reduzido o grau de liberdade que existe por trás da decisão espontânea do cidadão de ir à seção eleitoral e escolher um candidato. Podemos afirmar que o voto obrigatório, constrangido pela lei, não é moral se comparado ao sufrágio livre, resultado da deliberação de um sujeito autônomo. E, para Kant, há uma identidade entre ser livre e ser moral.”

(Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u356288.shtml. Texto adaptado)

O autor do texto se manifesta contrário ao voto obrigatório e justifica sua posição tendo por base a Ética kantiana.

Do ponto de vista de Kant, o individuo ao votar constrangido pela lei não age moralmente porque

A

a ação praticada não foi livre, na medida em que uma ação verdadeiramente livre deve visar à felicidade do indivíduo e não ao interesse do Estado.

B

é forçado, sem aprovação de sua vontade, a praticar um ato cujo móbil não é o princípio do dever moral.

C

o seu voto não foi fruto de uma escolha consciente, mas sim motivado por ideologias partidárias.

D

sua ação foi praticada por imposições do Estado e favorece candidatos desonestos, que podem comprar votos.

E

agiu por imposição da lei jurídica e não da lei moral, que requer que sua escolha esteja comprometida com interesses externos ao sujeito.

Gabarito:

é forçado, sem aprovação de sua vontade, a praticar um ato cujo móbil não é o princípio do dever moral.



Resolução:

b) Correta. é forçado, sem aprovação de sua vontade, a praticar um ato cujo móbil não é o princípio do dever moral.
A ética deontológica, baseada no dever, de Kant se baseia numa coerência entre a motivação e a ação, pois eu devo ter os motivos corretos para ação, segundo o dever, a noção do imperativo categórico universal. Uma boa vontade é uma vontade que age por dever, aquilo que é incondicionalmente bom e que, portanto, é uma vontade livre de inclinações empíricas e que age a partir da representação da lei moral. O dever, nas palavras do filósofo, "é a necessidade de uma acção por respeito à lei". Para isso, supõe-se o imperativo categórico que é a expressão do dever máximo: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.”

 

a) Incorreta. a ação praticada não foi livre, na medida em que uma ação verdadeiramente livre deve visar à felicidade do indivíduo e não ao interesse do Estado.
A ação livre não deve visar à felicidade do indivíduo, mas a autonomia de sua razão.

c) Incorreta. o seu voto não foi fruto de uma escolha consciente, mas sim motivado por ideologias partidárias.
O voto deve ser fruto de uma escolha consciente conforme o dever moral.

d) Incorreta. sua ação foi praticada por imposições do Estado e favorece candidatos desonestos, que podem comprar votos.
Kant não realiza essa análise do ponto de vista moral.

e) Incorreta. agiu por imposição da lei jurídica e não da lei moral, que requer que sua escolha esteja comprometida com interesses externos ao sujeito.
O dever moral não requer que sua escolha esteja comprometida com interesses externos ao sujeito, mas que os interesses do sujeito estejam em conformidade com o dever moral.



Questão 1901

(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.

Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

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Questão 2476

(UFPA)

Há no período uma oração subordinada adjetiva:

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 7796

(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:

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