(UEG - 2011)
Para Hegel, a razão é a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real. Assim, ela é a unidade entre a razão subjetiva e a razão objetiva. Hegel denominou essa unidade de espírito absoluto.
Dessa forma, um evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem. Um exemplo da objetivação dessas ideias é o seguinte evento:
a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, representando os ideais sionistas germânicos.
a Queda de Dom Pedro I do trono brasileiro, representando a crise do sistema colonial português.
a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, representando o ideal iluminista de igualdade social.
a coroação de Dom Pedro II no trono brasileiro, representando a vitória dos ideais puritanos de moral.
Gabarito:
a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, representando o ideal iluminista de igualdade social.
c) Correta. a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, representando o ideal iluminista de igualdade social.
Em carta enviada ao amigo Niethammer, Hegel demonstra a sua admiração pela figura de Napoleão Bonaparte: “Vi o Imperador – essa alma do mundo – deixar a cidade para fazer o reconhecimento das suas tropas; é efetivamente uma sensação maravilhosa ver um indivíduo semelhante que, concentrado assim em um ponto, montado em seu cavalo, estende-se sobre o mundo e o domina”. Para ele, Napoleão sintetizava os seus ideais políticos sobre o Estado e a liberdade.
A ascensão de Napoleão ao poder ilustra a objetivação das ideias, ou seja, que um evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem, na medida em que representou o ideal iluminista de igualdade social.
A Revolução Francesa de 1789, inspirada nos ideais iluministas, tirou do governo a Dinastia Bourbon. Sobe ao poder, em 1799, Napoleão, militar, que não pertencia à classe nobre francesa e não poderia nunca, antes da revolução, ser o rei, e torna-se imperador da França. Tal ascensão representou a força que os ideais iluministas tinham no país naquela época: Napoleão representava, em si e nas suas conquistas, esses ideais, mas, também, só conseguiu chegar ao poder a partir deles, a partir da revolução, das ideias que vingavam no momento.
O evento real só pôde vir a acontecer devido às ideias que o precederam: ao mesmo tempo em que expressa essas ideias, é inteiramente resultado delas.
a) Incorreta. a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, representando os ideais sionistas germânicos.
Hegel não é contemporâneo de Hitler, pois viveu antes deste, além do fato de que Adolf Hitler era avesso ao sionismo como o idealizador do nazismo.
b) Incorreta. a Queda de Dom Pedro I do trono brasileiro, representando a crise do sistema colonial português.
Não foram contemporâneos, tampouco situados no mesmo contexto.
d) ncorreta. a coroação de Dom Pedro II no trono brasileiro, representando a vitória dos ideais puritanos de moral.
Não foram contemporâneos, tampouco situados no mesmo contexto, muito menos Hegel defendia ideais puritanos.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
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(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
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(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
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