Questão 2083

(IFSP - 2013)

Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que demandava a apropriação de alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa produção é a Carta de Caminha a D. Manuel. Considere a seguinte parte dessa carta:

Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.  

 

Assinale a alternativa em que as palavras grifadas estão empregadas em sentido conotativo

A

...porém a terra em si é de muito bons ares...    

B

Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar...   

C

...querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem...    

D

...o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente...

E

...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.   

Gabarito:

...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.   



Resolução:

a) Alternativa incorreta. Os termos "terra" e "ares" apresentam o sentido denotativo, ou seja, estão sendo utilizados em seus sentidos literais, iato é, o sentido que carrega o significado básico das palavras.

b) Alternativa incorreta. Apesar da palavra "infinda" expressar certa conotação, pelo tom exagerado e aproximação entre "abundante" e "infinito" (algo de dimensão mais abstrata e figurativa"), a palavra "maneira" apresenta o sentido denotativo, ou seja, está sendo utilizada em seu sentido literal, sinônimo de "modo", "forma" ou "jeito". 

c) Alternativa incorreta. Os termos "por bem" e "águas" apresentam o sentido denotativo, ou seja, estão sendo utilizados em seus sentidos literais, isto é, o sentido que carrega o significado básico das palavras.    

d) Alternativa incorreta. Os termos "parece" e "gente" apresentam o sentido denotativo, ou seja, estão sendo utilizados em seus sentidos literais, isto é, o sentido que carrega o significado básico das palavras.    

e) Alternativa correta.  Os termos "semente" e "lançar" apresentam o sentido conotativo, ou seja, estão sendo utilizados em seus sentidos figurados, isto é, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado. A palavra "semente" apresenta o sentido de origem e "lançar" apresenta o sentido de inciar ou tomar proatividade para iniciar algo. 



Questão 1883

(IFSP - 2016) 

Assinale a alternativa correta no que se refere às cantigas de amor trovadorescas.

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Questão 1884

(IFSP - 2016)

A poesia do Trovadorismo português tem íntima relação com a música, pois era composta para ser entoada ou cantada, sempre acompanhada de instrumental, como o alaúde, a viola, a flauta, ou mesmo com a presença do coro.

A respeito dessa escola literária, assinale a alternativa correta.

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Questão 1887

(IFSP - 2013)

Leia atentamente o texto abaixo.

Com’ousará parecer ante mi
o meu amigo, ai amiga, por Deus,
e com’ousará catar estes meus
olhos se o Deus trouxer per aqui,
pois tam muit’há que nom veo veer
mi e meus olhos e meu parecer?

(Com’ousará parecer ante mi de Dom Dinis. Fonte:http://pt.wikisource.org/wiki/Com%27ousar%C3%A1_parecer_ante_mi. Acesso em:05.12.2012.)

per = por
tam = tão
nom = não
veer = ver
mi = mim, me
parecer = semblante

Sobre o fragmento anterior, pode-se afirmar que pertence a uma cantiga de

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Questão 1888

(IFSP - 2013) No verso – Ai, madre, moiro d’amor! – a função sintática do termo madre é a seguinte:

Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d’amor!
Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo saido!
Por que mentiu o desmentido?
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje, est o prazo passado!
Por que mentiu o perjurado?
Ai, madre, moiro d’amor!

João Garcia de Guilhade

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