Questão 27134

(Ueg 2016)  Leia o fragmento e observe a imagem para responder à questão.

 

É ela! é ela! – murmurei tremendo,

e o eco ao longe murmurou – é ela!

Eu a vi... minha fada aérea e pura –

a minha lavadeira na janela.

 

Dessas águas furtadas onde eu moro

eu a vejo estendendo no telhado

os vestidos de chita, as saias brancas;

eu a vejo e suspiro enamorado!

 

Esta noite eu ousei mais atrevido,

nas telhas que estalavam nos meus passos,

ir espiar seu venturoso sono,

vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

 

Como dormia! que profundo sono!...

Tinha na mão o ferro do engomado...

Como roncava maviosa e pura!...

Quase caí na rua desmaiado!

 

AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! É ela. In: Álvares de Azevedo. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 44.

 

 

 

Tanto a pintura quanto o excerto apresentados pertencem ao Romantismo. A diferença entre ambos, porém, diz respeito ao fato de que:

A

no fragmento verifica-se o retrato de um ser idealizado, ao passo que no quadro tem-se uma figura retratada de modo pejorativo.   

B

na pintura tem-se o retrato de uma mulher de feições austeras, ao passo que no poema nota-se a descrição de uma mulher sofisticada.   

C

no excerto tem-se a descrição realista e não idealizada de uma mulher, ao passo que na pintura retrata-se uma mulher pertencente à burguesia.   

D

na imagem tem-se uma moça cuja caracterização é abstrata, ao passo que no poema tem-se uma mulher cujo aspecto é burguês e requintado.   

E

no quadro constata-se a imagem de uma moça simplória, ao passo que no poema nota-se a caracterização de uma donzela de vida airada.   

Gabarito:

no excerto tem-se a descrição realista e não idealizada de uma mulher, ao passo que na pintura retrata-se uma mulher pertencente à burguesia.   



Resolução:



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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