Questão 31475

(Ufpa 2008)  Desde Platão se discute a função sociocultural da arte, o que confere à sua autonomia uma certa relatividade. Recentemente, com a Escola de Frankfurt, cunhou-se para a determinação social da arte termos como “indústria cultural” e “cultura de massa”, porque, como diz Theodor Adorno, no regime econômico capitalista sacrifica-se “o que fazia a diferença entre a lógica da obra [de arte] e a do sistema social.” Com relação à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista, considere as afirmativas abaixo:

 

I. Na sociedade capitalista, o desenvolvimento técnico-industrial conduziu à padronização do gosto em beneficio do mercado.

II. Não há gozo da arte, na sociedade liberal, se a criação for massificada.

III. Ao sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema, o artista está garantindo não só seu lucro como a própria sobrevivência da arte, já que a nossa economia é capitalista.

IV. Com a indústria cultural, ocorre a perda completa da ideia de autonomia da arte.

V. Adorno não concorda com Platão quanto à ideia de que a experiência estética, como acontece hoje em dia, necessita de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem.

 

Estão corretas as afirmativas:

A

 I e II   

B

 II e V   

C

 I e IV   

D

II, III, V   

E

I, III, IV e V   

Gabarito:

 I e IV   



Resolução:

Os filósofos sempre se preocuparam em, além de entender os princípios gerais da produção artística, inseri-la histórica, social e politicamente. A questão está no eixo filosófico da estética e relaciona, na interpretação que propõe, dois extremos da história da filosofia: Platão, filósofo grego antigo, e Adorno, filósofo alemão contemporâneo.

O sistema de mercado da sociedade capitalista transformou a obra de arte em mercadoria, restringindo, por razões de ordem econômica, as condições de sua produção e divulgação e, assim, a própria sobrevivência do artista. Isso, sem dúvida, afeta a liberdade de criação e a autonomia que sempre o marcaram de forma distintiva. As demais alternativas estão incorretas porque não dizem respeito à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista. 

 

 

Incorretas:

II. Adorno, na verdade, questiona se a experiência estética está ligada ao esclarecimento. Não significa, necessariamente, que a criação massificada impede a apreciação da arte, mas leva, antes, a uma padronização do gosto.

III. Sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema não garante a sobrevivência da arte.

V. Adorno acredita que a experiência estética, como acontece hoje em dia, carece de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem.



Questão 1901

(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.

Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

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Questão 2476

(UFPA)

Há no período uma oração subordinada adjetiva:

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 7796

(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:

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