TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O mundo já dispõe de informação e tecnologia para resolver a maioria dos problemas enfrentados pelos países pobres, mas falta implementar esse conhecimento na escala necessária. Foi a partir desse pressuposto que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou no Brasil o Projeto do Milênio das Nações Unidas. A novidade propõe um conjunto de ações práticas para que o mundo alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015, abrangendo áreas como renda, educação, saúde, meio ambiente.
"Uma grande mudança nas políticas globais é necessária em 2005, para que os países mais pobres do mundo avancem para alcançar os Objetivos", alerta o projeto. Se forem alcançados, mais de 500 milhões de pessoas sairão da pobreza e 250 milhões não passarão mais fome.
O relatório do Projeto recomenda que cada país mapeie as principais dimensões da extrema pobreza e faça um plano de ação, incluindo os investimentos públicos necessários. Recomenda também que os governos trabalhem ativamente com todos os segmentos, particularmente com a sociedade civil organizada e o setor privado.
"Este triunfo do espírito humano nos dá a esperança e a confiança de que a extrema pobreza pode ser reduzida pela metade até o ano de 2015, e até mesmo eliminada totalmente nos próximos anos. A comunidade mundial dispõe de tecnologias, políticas, recursos financeiros e, o mais importante, coragem e compaixão humana para fazer isso acontecer", diz o coordenador no prefácio do relatório.
(Texto adaptado da revista Fórum número 24, de 2005)
Assinale a alternativa em que a passagem do texto, em sua nova versão, apresenta-se redigida de acordo com a norma culta.
Não fora este triunfo do espírito humano, não haveria esperança de que a extrema pobreza pudesse ser eliminada, tampouco reduzida.
Recomendou-se, no relatório do Projeto que cada país mapeiasse as principais dimensões da extrema pobreza e fizesse um plano de ação.
"Necessitam-se de grandes mudanças nas políticas globais em 2005, afim de que os países mais pobres do mundo avancem para alcançar os Objetivos", alerta o projeto.
É possível se ter esperança e confiar, de que a pobreza poderá ser reduzida e, inclusive eliminada.
Diz o coordenador no prefácio do relatório, que: para fazer com que isso acontecesse, era preciso que a comunidade mundial disponha de coragem e compaixão humana.
Gabarito:
Não fora este triunfo do espírito humano, não haveria esperança de que a extrema pobreza pudesse ser eliminada, tampouco reduzida.
a) Não fora este triunfo do espírito humano, não haveria esperança de que a extrema pobreza pudesse ser eliminada, tampouco reduzida.
(Alternativa Correta)
"Fora" em uma linguagem literária pode substituir "fosse". Tampouco tem valor de "nem".
b) Recomendou-se, no relatório do Projeto que cada país mapeiasse as principais dimensões da extrema pobreza e fizesse um plano de ação.
Aqui, o problema está com a grafia de "mapeiasse", que na sua forma correta assume a forma "mapeasse". A vírgula também está incorreta, deveria haver mais uma após "Projeto".
c) "Necessitam-se de grandes mudanças nas políticas globais em 2005, afim de que os países mais pobres do mundo avancem para alcançar os Objetivos", alerta o projeto.
Em "Necessitam-se", por ter sujeito indeterminado, temos que colocar o verbo na terceira pessoa do singular (necessita-se). Outro ponto equivocado é a grafia de "afim de". Quando queremos dar o sentido de finalidade a grafia correta é "a fim de", "afim" tem sentido de afinidade.
d) É possível se ter esperança e confiar, de que a pobreza poderá ser reduzida e, inclusive eliminada.
Nessa alternativa temos um problema de pontuação, pois a vírgula separa verbo e complemento, e também há um engano em colocar a preposição "de" diante do verbo "confiar", que admite ou preposição "em" ou, preferencialmente, apagamento da preposição. Reescrita: "É possível ter esperança e confiar que a pobreza poderá ser reduzida e, inclusive, eliminada".
e) Diz o coordenador no prefácio do relatório, que: para fazer com que isso acontecesse, era preciso que a comunidade mundial disponha de coragem e compaixão humana.
O problema dessa questão é no uso do verbo "dispôr", como estamos no discurso indireto, ele deveria assumir a forma "dispusesse".
Dessa maneira, a alternativa correta é a letra [A].
(FATEC)
Identifique a frase em que a função predominante da linguagem é a REFERENCIAL:
Ver questão
(FATEC-2006)
Na ciência e na tecnologia o progresso é real, mas só faz aumentar o conhecimento e o poder do homem, e esse poder pode ser usado tanto para os mais benignos objetivos quanto para os mais desastrosos.
Quando o conceito de progresso é aplicado à ética e à política, ele é uma ilusão perigosa. Veja-se, por exemplo, o caso dos gregos e dos romanos antigos. É claro que eles acreditavam no desenvolvimento de novas ferramentas.
Mas eles não transferiam essa noção de progresso técnico para a ética ou a política. É óbvio, também, que eles acreditavam no bem e no mal, que as sociedades podiam ser melhores ou piores, e que a prosperidade é preferível à fome e à pobreza. No entanto, para gregos e romanos, os jogos da ética e da política estavam sujeitos a avanços e retrocessos. Ou seja, a história humana era cíclica, com diferentes períodos se alternando, como ocorre na natureza.
A ciência, no geral, chega mais perto da verdade do mundo que outros sistemas de crença, e nós temos testemunhado seu sucesso pragmático em aumentar o poder humano. Mas, do ponto de vista ético, o conhecimento é neutro, desprovido de valor - pode tanto nos levar a realizações maravilhosas quanto atender a propósitos terríveis. (John Gray, em Veja, 23 de novembro de 2005.)
Assinale a alternativa em que os trechos do texto, reescritos, apresentam pontuação, concordância e colocação de pronomes de acordo com a norma culta
(FATEC-2006)
Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao “pega” com o leiteiro. Por detrás das cercas, mudos, com a mulher e um que outro filho espantado já de pé àquela hora, ouvem.
Todos aqueles quintais conhecidos têm o mesmo silêncio. Noutras ocasiões, quando era apenas a “briga” com a mulher, esta, como um último desaforo de vítima, dizialhe: “Olha, que os vizinhos estão ouvindo”. Depois, à hora da saída, eram aquelas caras curiosas à janela. com os olhos fitos nele, enquanto ele cumprimentava. O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela escadinha que vai do portão até à rua, toma as rédeas do burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem olhar para nada. Naziazeno ainda fica um instante ali sozinho. (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de criança fuzila através das frestas das cercas.
As sombras têm uma frescura que cheira a ervas úmidas. A luz é doirada e anda ainda por longe, na copa das árvores, no meio da estrada avermelhada. Naziazeno encaminha-se então para dentro de casa. Vai até ao quarto. A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de abrir e fechar um que outro móvel. Por fim, ele aparece no pequeno comedouro, o chapéu na mão. Senta-se à mesa, esperando
. Ela lhe traz o alimento. – Ele não aceita mais desculpas... Naziazeno não fala. A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o café. – Vai nos deixar ainda sem leite... Ele engole o café, nervoso, com os dedos ossudos e cabeçudos quebrando o pão em pedaços miudinhos, sem olhar a mulher. – É o que tu pensas. Temores... Cortar um fornecimento não é coisa fácil. – Porque tu não viste então o jeito dele quando te declarou: “Lhe dou mais um dia!”
(Dyonélio Machado, Os ratos.)
Leia o trecho: A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o café. – Vai nos deixar ainda sem leite...
Assinale a alternativa que substitui o discurso direto pelo discurso indireto, sem que ocorram infrações da norma culta.
Ver questão
(FATEC)
"Ela insistiu:
- Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala da personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é: