(Uffs 2011) Ao relacionar Sociologia e Política, temos o pensador Jean-Jacques Rousseau como um expoente do iluminismo do século XVIII. Esse autor, com muita propriedade, analisou as origens das desigualdades existentes na sociedade de sua época e, segundo ele, a espécie humana apresentava dois tipos de desigualdade:
Uma, que chamava de espiritual, porque o ser humano sempre se orientou pela necessidade religiosa de adoração ao divino. Outra pela desigualdade produzida pela luta do homem pela sobrevivência.
Uma, que apontava como natural, visto que os seres humanos são dotados de diferenças físicas que muitas vezes são determinantes de sucesso. Outra relacionada à questão psicológica, pois os homens naturalmente são diferentes de mulheres, orientando diferenças inatas de comportamento social.
Uma, que chamava de espiritual ou gnosiológica, pois a espiritualidade humana acabava por moldar a cultura do homem diferente da cultura animal. Outra que ele designou como diferença cultural, pois a cultura é genuinamente humana.
A desigualdade provocada por fenômenos naturais que acabava por orientar diferenças culturais das sociedades ainda pré-históricas e a desigualdade promovida pela luta do homem pela sobrevivência, visto que essa luta representou a evolução do ser humano até os dias de hoje.
Uma, que chamava natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades da alma. Outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida pelo consentimento dos homens.
Gabarito:
Uma, que chamava natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades da alma. Outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida pelo consentimento dos homens.
(E)
O enunciado pede que se identifiquem os dois tipos de desigualdade, de acordo com as definições de Jacques Rousseau.
A desigualdade, de acordo com Rousseau, se apresenta em duas formas:
a desigualdade natural, estabelecida pela natureza e constituída pelas características físicas (idade, saúde, força) e psíquicas ("qualidades da alma") particulares dos indivíduos, anterior ao Estado e ao contrato social;
a a desigualdade moral ou política, provocada por uma convenção estabelecida pelo consentimento dos homens, ou seja, instituída pelo contrato social e pela existência do Estado. O contrato social estabelece a atribuição de tarefas a todos na sociedade; assim, ele equipara diferenças que a comunhão de atividades não supera e leva à desigualdade social (estipular atividades comuns à pessoas diferentes abre espaço para a atuação da sorte, que favorece a uns e não a outros, devido às condições anteriores dos indivíduos, gerando a desigualdade moral).
(Uffs 2011) O Estado tem sido definido como um conjunto de instituições políticas, jurídicas e administrativas com jurisdição sobre a população de um país. Hegel sugeria que o estado seria uma criação racional, representando a “coletividade social”.
Essa concepção foi rejeitada por Marx e Engels, que concebiam o Estado como:
(Uffs 2011) A estratificação social no campo é potencializada quando o extensionista (ex. agrônomo) não promove um diálogo que leve em conta as condições históricas, sociológicas e culturais dos agricultores. A mera transmissão de uma determinada técnica agrícola não garante a libertação da possível consciência oprimida por parte do agricultor.
O autor que aponta a necessidade da extensão rural estar vinculada à comunicação libertadora é: