Questão 40534

(UEG - 2009)

Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo com esta perspectiva, o Estado deve

A

permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.

B

garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade.

C

garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens.

D

fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos.

Gabarito:

permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.



Resolução:

a) Correta. permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.
A propriedade em Locke é um direito natural, pois já existe no estado de natureza, bem como o direito à vida e à liberdade, sendo inalienáveis. Portanto, o contrato social deve garanti-los. O fundamento lógico disso baseia-se na ideia de que o indivíduo é senhor de seu corpo, e, portanto, igualmente proprietário dos frutos de seu trabalho. O trabalho é, ao mesmo tempo, o fundamento da propriedade privada e a sua aquisição, pois o trabalho de um indivíduo pertence a ele mesmo, bem como os frutos e resultados desse trabalho. Portanto, uma vez, pelo trabalho, acrescentando algo à natureza que lhe é seu, o homem transforma-os em propriedade individual.

 

b) Incorreta. garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade.
O Estado não deve garantir que todos tenham propriedade, pois esta é garantida pelo trabalho.

c) Incorreta. garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens.
O Estado não garante uma posse perente de bens a alguém, pois esta pode ser vendida ou comprada, de acordo com a liberdade dos indivídus.

d) Incorreta. fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos.
Locke, como pensador liberal, não compreende que a propriedade deva ser comum para todos os cidadãos, como é para Rousseau, por exemplo.



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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