Questão 40606

(UFPA - 2013) “Pode-se referir à consciência, à religião e tudo o que se quiser como distinção entre os homens e os animais; porém, esta distinção só começa quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida [...].

A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente o que são. O que são coincide portanto com a sua produção, isto é, com aquilo que produzem como com a forma como produzem.”

Marx, K. Ideologia Alemã, Lisboa: Editora Presença, 1980, p. 19.

Considerando que, segundo Marx, a maneira de ser do homem depende de alguns fatores, identifique, no conjunto de fatores listados abaixo, os que, na visão do citado filósofo, distinguem o ser humano:

I. os respectivos modos de produção.
II. a própria produção de sua vida material.
III. a forma de utilidade dos objetos produzidos em sociedade.
IV. o estado de desenvolvimento de sua consciência depende de sua história de vida.
V. a produção dos meios de subsistência tendo em vista o bem comum da sociedade.

Os fatores estão corretamente identificados em:

A

I e II

B

II e IV

C

III e IV

D

II e V

E

I, III e V

Gabarito:

I e II



Resolução:

Segundo Marx, o ser humano se distingue pelo modo como se organiza para produzir sua vida material (modo de produção) e pela sua própria vida material (produção). Como afirma o trecho, a "forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente o que são", e o que os homens são "coincide [...] com aquilo que produzem como com a forma como produzem.”

Marx explica o funcionamento da sociedade a partir dos conceitos de infraestrutura e superestrutura.

A infraestrutura é a estrutura econômica da sociedade, formada pelo conjunto das relações de produção. Estas são desenvolvidas pelos indivíduos ao longo da produção social da sua vida, são necessárias e independentes de sua vontade e correspondem a uma determinada fase do desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. A superestrutura se ergue sobre essa base e compreende as formas do Estado e da consciência social (religião, leis, política, moral, etc).

Em outras palavras, a cultura, a política e a religião de determinado período podem ser compreendidas a partir daquele contexto econômico, considerando que o modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, intelectual e política em geral. Segundo Marx, “o fundamento oculto de toda a estrutura social” encontra-se na “relação direta entre os proprietários das condições de produção e os produtores diretos”.

 

Assim, não é possível afirmar que os homens se distinguem pela utilidade que dão aos objetos que produzem; o valor de uso (e o de troca) da mercadoria surge após a produção, e é esta que define o homem. O desenvolvimento de sua consciência depende da realidade da vida social, ou seja, do modo de produção e da produção daquela sociedade, e não da história de vida pessoal de cada indivíduo. Não se pode afirmar, tampouco, que os homens produzem seus meios de subsistência com vista a um bem comum - o que existem são relações de produção e exploração, uma vez que, no sistema de produção capitalista, o objetivo final é sempre o aumento do capital.



Questão 1901

(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.

Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

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Questão 2476

(UFPA)

Há no período uma oração subordinada adjetiva:

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 7796

(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:

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