Questão 40612

(UEG - 2013)

Em sua 11.ª tese sobre Feuerbach, Karl Marx (1818-1883) afirma que “Os Filósofos até hoje interpretaram o mundo, cabe agora transformá-lo”. Muitos marxistas interpretaram mal a frase de Marx e abandonaram livros, teoria e partiram para a prática, negligenciando o significado da noção de práxis em Marx. Nesse sentido, tem-se que

A

a tese marxista criticava a filosofia por não favorecer uma práxis revolucionária na qual toda prática suscita a reflexão, que por sua vez vai incidir sobre a prática reorientando uma ação transformadora.

B

a tese marxista estimulava a prática e não a teoria, já que a ideia de práxis privilegia o fazer em detrimento do pensar, o que levaria à condenação da filosofia como teoria pura.

C

a noção de práxis em Marx exige que a filosofia sempre permaneça nos limites do conhecimento teórico, pois a práxis humana deve ser conduzida por peritos técnicos e não por filósofos.

D

a idéia de práxis em Marx foi desvirtuada por aqueles que não perceberam que existe uma ruptura entre teoria e prática, e que o trabalho intelectual deve prevalecer sobre o trabalho manual.

Gabarito:

a tese marxista criticava a filosofia por não favorecer uma práxis revolucionária na qual toda prática suscita a reflexão, que por sua vez vai incidir sobre a prática reorientando uma ação transformadora.



Resolução:

a) Correta. a tese marxista criticava a filosofia por não favorecer uma práxis revolucionária na qual toda prática suscita a reflexão, que por sua vez vai incidir sobre a prática reorientando uma ação transformadora.
Marx faz a inversão da dialética hegeliana, buscando não ampará-la mais na razão, na ideia e no Espírito, uma dialética idealista, mas na história e na matéria, isto é, o materalismo dialético. Assim, julga-se que realiza uma revolução na filosofia ao determiná-la pela práxis e não mais pela mera atividade contemplativa sem relevância para a transformação da realidade.

 

b) Incorreta. a tese marxista estimulava a prática e não a teoria, já que a ideia de práxis privilegia o fazer em detrimento do pensar, o que levaria à condenação da filosofia como teoria pura.
Embora Marx condene a teoria pura, isso não significa que ele não estimulava a teoria, mas que esta deveria ser determinada pela práxis.

c) Incorreta. a noção de práxis em Marx exige que a filosofia sempre permaneça nos limites do conhecimento teórico, pois a práxis humana deve ser conduzida por peritos técnicos e não por filósofos.
Marx não designava que a filosofia deva permanecer nos limites do conhecimento teórico, antes, é a teoria que deveria ser delimitada pela práxis.

d) Incorreta. a idéia de práxis em Marx foi desvirtuada por aqueles que não perceberam que existe uma ruptura entre teoria e prática, e que o trabalho intelectual deve prevalecer sobre o trabalho manual.
Não houve essa desvirtuação pelos intérpretes de Marx, pois sempre houve valorização da práxis e da revolução no campo da filosofia.



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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