Questão 40718

(UFPA - 2010)

Em O Contrato Social, após reconhecer as vantagens da instituição do estado civil, Rousseau afirma a necessidade de se acrescentar à aquisição deste estado a liberdade moral, pois só assim o homem torna-se senhor de si mesmo.

Com base nessa concepção, é correto afirmar:

A

O estado civil é o único em que o homem pode viver em liberdade.

B

No estado de natureza, todos os homens viviam em situação de escravidão moral.

C

Na vida civil, os impulsos imorais do homem se acomodam incondicionalmente às regras do Estado de Direito.

D

Não devemos situar em um mesmo plano civilidade e moralidade.

E

Estado, lei e liberdade são uma só e mesma coisa.

Gabarito:

Não devemos situar em um mesmo plano civilidade e moralidade.



Resolução:

d) Correta. Não devemos situar em um mesmo plano civilidade e moralidade.
Rosseau considerava que o interesse de um povo concentrado nas mãos de um único governate se tornaria um interesse privado e não social. Dessa forma, seria necessário cada um colocar sua pessoa e potência sob a direção suprema da vontade geral. A moralidade seria um meio inconsciente de o governante entender o povo, percebendo naturalmente o que seria bom e necessário para a vontade geral (esta seria moldada pela moral). Isso se fixa no contrato social, que não deve ser corrompido em nenhuma hipótese (reside aqui a soberania do povo). A noção de sociedade civil surgiu no momento em que um terreno foi cercado e homem teve o sentimento de posse e apropriação de espaço. Uma maneira de vida em conjunto foi forçadamente estabelecida e os homens criaram a percepção dessas relações à medida que interagiam com seu contexto e suas necessidades. A civilidade nasce a partir desse estabelecimento das relações sociais como um cumprimento de deveres entre os homens, que entendem, então, a necessidade de se valorizar mutuamente. Nasceu aí uma necessidade da partilha, da propriedade e de conceitos de justiça, refletida na civilidade. Assim, para Rousseau, moralidade e civilidade devem ser entedidas em planos diferentes.

 

a) Incorreta. O estado civil é o único em que o homem pode viver em liberdade.
b) Incorreta. No estado de natureza, todos os homens viviam em situação de escravidão moral.
No estado de natureza, o homem vive em plena liberdade (e não em situação escravidão moral) — liberdade esta que não pode ser encontrada no estado civil.

c) Incorreta. Na vida civil, os impulsos imorais do homem se acomodam incondicionalmente às regras do Estado de Direito.
Os impulsos da natureza humana não se acomodam de forma incondicional às regras do Estado de Direito, por isso surgem os conflitos e a necessidade de imposição das regras através da força.

e) Incorreta. Estado, lei e liberdade são uma só e mesma coisa.
Para Rousseau, o Estado e a lei, que marcam o estado civil, são incompatíveis com a liberdade original plena vivenciada no estado de natureza. Por isso, não se pode afimar que são uma só e mesma coisa.



Questão 1901

(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.

Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

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Questão 2476

(UFPA)

Há no período uma oração subordinada adjetiva:

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 7796

(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:

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