Questão 41041

(UFPA/2014)

A pólis diferenciava-se do lar pelo fato de somente conhecer “iguais”, ao passo que a família era o centro da mais severa desigualdade. Ser livre significava ao mesmo tempo não estar sujeito às necessidades da vida nem ao comando de outro e também não comandar. Não significava domínio, como também não significava submissão. Assim, dentro da esfera da família, a liberdade não existia, pois o chefe da família, seu dominante só era considerado livre na medida em que tinha o poder de deixar o lar e ingressar na esfera política, onde todos eram iguais. É verdade que essa igualdade na esfera política tem muito pouco em comum com o nosso conceito de igualdade; significava viver entre pares e lidar somente com eles (...).

(Hannah Arendt, A Condição Humana, 11. ed. p. 38-39, Rio de Janeiro: Forense Universitária: 2010).

Para Hanna Arendt, o antigo pensamento político baseava-se em uma distinção entre a esfera da pólis, em que o indivíduo exercita sua cidadania e a esfera da família. Tal distinção se sustenta na ideia de que

A

a liberdade situa-se exclusivamente na esfera política, e as necessidades da vida cotidiana são um fenômeno pré-político, característico da organização do lar privado.

B

a política era privilégio dos homens não-casados que não se preocupavam com os assuntos referentes a administração do lar.

C

o homem, na esfera da família, desempenha o papel de comandar e na esfera da pólis, o de obedecer.

D

na esfera da família, o homem vive no estado de natureza e, na esfera da polis, sob a égide de um pacto social.

E

somente no âmbito da pólis o homem pode demonstrar que é bom cidadão ao exercitar os papéis de comandar e obedecer.

Gabarito:

a liberdade situa-se exclusivamente na esfera política, e as necessidades da vida cotidiana são um fenômeno pré-político, característico da organização do lar privado.



Resolução:



Questão 1901

(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.

Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

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Questão 2476

(UFPA)

Há no período uma oração subordinada adjetiva:

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 7796

(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:

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