Questão 41042

(UEG 2013)

As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A. M. Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24.

A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas pensadoras contemporâneas, refletindo sobre eventos como a ascensão do nazismo, o Holocausto, o papel histórico das massas etc. No trecho citado, ela reflete sobre a importância da ação e do discurso como fomentadores do que chama de “negócios humanos”.

Nesse sentido, Arendt defende o seguinte ponto de vista:

A

a condição humana atual não está condicionada por ações anteriores, já que cada um é autor de sua existência.

B

a necessidade do ser humano de ser autor e produtor de ações históricas lhe tira a responsabilidade sobre elas.

C

o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias preexistentes de ações anteriores.

D

o produtor de novos discursos sempre precisa levar em conta discursos anteriores para criar o seu.

Gabarito:

o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias preexistentes de ações anteriores.



Resolução:

A: A condição humana atual está condicionada por ações anteriores, uma vez que o agente sempre age sob influência um contexto marcado por ações anteriores.

B: O ser humano nunca está isento de responsabiliade sobre suas ações.

C: Segundo Arendt, as histórias são resultado da ação e do discurso. Assim, revelam um agente, que iniciou a ação e é seu sujeito, mas não é autor nem produtor. Os seres humanos são "personagens" das histórias, que nelas atuam e existem, mas não são seus criadores, pois uma ação sempre tem origem em um contexto que já foi marcado por diversas outras ações. Uma ação não surge espontaneamente, do nada; o indivíduo não age no vácuo. Assim, o agente de uma nova ação sempre age sob influência de teias preexistentes de ações anteriores.

D: Não o produtor de novos discursos, mas o agente das novas ações.



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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