Questão 54331

(UFRRJ - 2008)  “Mattel anuncia "recall‟ de 18,6 milhões de brinquedos. Após 15 dias recolhendo brinquedos por excesso de chumbo na tinta, a Mattel anuncia "recall‟ de 18,6 milhões de brinquedos...”

Fonte: Brincadeira de alto risco. In: Jornal O Globo, 27036, agosto, 2007.

O envenenamento por chumbo é um problema relatado desde a Antiguidade, pois os romanos utilizavam esse metal em dutos de água e recipientes para cozinhar. No corpo humano, com o passar do tempo, o chumbo deposita-se nos ossos, substituindo o cálcio. Isso ocorre porque os íons Pb+2 e Ca+2 são similares em tamanho, fazendo com que a absorção de chumbo pelo organismo aumente em pessoas que têm deficiência de cálcio. Com relação ao Pb+2, seu número de prótons, nêutrons e elétrons são, respectivamente: (Dados: nº. atômico Pb = 82, nº. de massa Pb = 207) 

A

82, 125 e 80.

B

82, 125 e 84.

C

84, 125 e 82.

D

82, 127 e 80.

E

84, 127 e 82.

Gabarito:

82, 125 e 80.



Resolução:

♦ O número atômico do chumbo não altera, mesmo considerando suas formas iônicos. Dessa forma, tanto Pb quanto Pb+2 têm o mesmo número de prótons, que foi dado no enunciado da questão como 82.

♦ O número de massa (A) de um átomo é a soma do número atômico (Z) e do número de nêutrons (nº). A formação de íons não altera nenhuma dessas quantidades e o número de massa e atômico foram informados na questão, então, o cálculo fica:

A = Z + nº

nº = A - Z

nº = 207 - 82

nº = 125

♦ O número de elétrons de um átomo neutro é igual ao número de prótons. Já para ânions (átomos com cargas negativas) o número de elétrons é maior que o número de prótons, o que indica que o átomo recebeu elétrons. Para cátions (átomos com cargas positivas) o número de elétrons é menor que o número de prótons, o que indica que o átomo perdeu elétrons

O chumbo neutro (Pb) tem 82 prótons, portanto, tem também 82 elétrons. Já o cátion Pb+2 tem dois prótons a mais do que elétrons, o que implica a perda de dois elétrons em relação ao átomo neutro, ou seja, tem 80 elétrons.



Questão 2603

(UFRRJ - 2004)

Vivemos numa cultura marcada pelo individualismo afetivo e prático. Vivemos sob um sistema socioeconômico globalizado que prioriza o lucro e a produtividade em prejuízo das pessoas.

As consequências são sentidas por todos nós, e mais duramente pelos pobres.
A lógica do mercado decreta friamente que eles são um estorvo, não deveriam ter filhos e melhor seria se simplesmente não existissem. Seus rostos famintos nos incomodam, seus filhos miseráveis nos revoltam.

MIRANDA, Mário de F. "Promover a vida". In: O GLOBO. 12 de dezembro de 2002. p. 6.

Leia com atenção o trecho abaixo.

"Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo."


BUARQUE, Cristovam. "O tamanho do coração". In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7.


Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.

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Questão 2605

(Ufrrj 2001) 

 

"CIÚME, COMO LIDAR COM ESSE VENENO"


Marido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona.

Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranoico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas as tragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora desse sentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmo que o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem - por isso, e só por isso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados." (...)

 

(VEJA: 14/06/2000)


O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para

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Questão 2848

(UFRJ - 2004) 

Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; e a filha respondeu sem titubear:

- Não, senhor, sou coxa de nascença.

O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?

Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa!

Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã partiria:

- Adeus, suspirou ela, faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo.

Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a partir, mas que não deixava de lhe querer muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada.

Adap. de: ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1991, 17ª ed., p. 53-55.

"Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se MACHUCARA o pé."

A forma verbal destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela forma composta

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Questão 5024

(Ufrrj 1999) Na figura a seguir observa-se um circuito elétrico com dois geradores (E1 e E2) e alguns resistores.

Utilizando a 1a lei de Kircchoff ou lei dos nós, pode-se afirmar que

 

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