Questão 55306

 (UFRRJ) “Prossigo: mil vozes servem de arauto para a novidade... ‘A Bastilha foi tomada’ .... Não acreditei e fui ver o cerco de perto .... No meio da Grève encontro um corpo sem cabeça estendido no meio do riacho, rodeado por cinco ou seis indiferentes. Faço perguntas ... É o governador da Bastilha.”

(Restil de la Bretonne, As Noites Revolucionárias, São Paulo: Estação Liberdade,1989, p. 58).

O episódio acima narrado marca o início de um dos momentos políticos mais importantes da história europeia, a Revolução Francesa. A tomada e destruição da fortaleza da Bastilha explicita:

A

o momento de maior radicalidade da Revolução, quando as camadas populares rompem com a liderança burguesa e assumem o poder em Paris.

B

a derrubada de Luis XVI e a proclamação da República francesa baseada na Razão e na Justiça, sob influência do pensamento de Voltaire.

C

a consolidação do poder do grupo jacobino, tendo à frente Robespierre, sustentado pela mobilização radicalizada dos “sans-culottes”

D

a chegada ao poder político do general Napoleão Bonaparte, que, como primeiro cônsul, será fundamental na consolidação do novo poder.

E

o levante popular sob direção burguesa contra um dos maiores símbolos da opressão política do Absolutismo.

Gabarito:

o levante popular sob direção burguesa contra um dos maiores símbolos da opressão política do Absolutismo.



Resolução:

a) o momento de maior radicalidade da Revolução, quando as camadas populares rompem com a liderança burguesa e assumem o poder em Paris.

Incorreto. O Período do Terror da Revolução Francesa é a fase mais radical do governo jacobino na França, ocorrida entre setembro de 1793 e julho de 1794.

b) a derrubada de Luis XVI e a proclamação da República francesa baseada na Razão e na Justiça, sob influência do pensamento de Voltaire.

Incorreto. Luís XVI foi derrubado pelos revolucionários parisienses em 10 de agosto de 1792 e a Primeira República Francesa foi proclamada no dia 21 de setembro de 1792. Dessa forma, ambos acontecimentos ocorreram posterior a tomada da Bastilha.  

c) a consolidação do poder do grupo jacobino, tendo à frente Robespierre, sustentado pela mobilização radicalizada dos “sans-culottes”

Incorreto. Os jacobinos assumiram o poder em 1793, período posterior a tomada da Bastilha. 

d) a chegada ao poder político do general Napoleão Bonaparte, que, como primeiro cônsul, será fundamental na consolidação do novo poder.

Incorreto. A chegada ao poder político do general Napoleão Bonaparte foi 10 anos depois da tomada da bastilha. 

e) o levante popular sob direção burguesa contra um dos maiores símbolos da opressão política do Absolutismo.

Correta. Bastilha era um edifício estruturado sob a função de ser uma prisão política, em que seriam punidos os que atentassem contra a vontade do monarca francês. Por isso ela representava um símbolo da opressão política do Absolutismo, e sua queda marcou simbolicamente o início do movimento revolucionário na frança. 



Questão 2603

(UFRRJ - 2004)

Vivemos numa cultura marcada pelo individualismo afetivo e prático. Vivemos sob um sistema socioeconômico globalizado que prioriza o lucro e a produtividade em prejuízo das pessoas.

As consequências são sentidas por todos nós, e mais duramente pelos pobres.
A lógica do mercado decreta friamente que eles são um estorvo, não deveriam ter filhos e melhor seria se simplesmente não existissem. Seus rostos famintos nos incomodam, seus filhos miseráveis nos revoltam.

MIRANDA, Mário de F. "Promover a vida". In: O GLOBO. 12 de dezembro de 2002. p. 6.

Leia com atenção o trecho abaixo.

"Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo."


BUARQUE, Cristovam. "O tamanho do coração". In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7.


Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.

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Questão 2605

(Ufrrj 2001) 

 

"CIÚME, COMO LIDAR COM ESSE VENENO"


Marido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona.

Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranoico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas as tragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora desse sentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmo que o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem - por isso, e só por isso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados." (...)

 

(VEJA: 14/06/2000)


O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para

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Questão 2848

(UFRJ - 2004) 

Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; e a filha respondeu sem titubear:

- Não, senhor, sou coxa de nascença.

O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?

Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa!

Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã partiria:

- Adeus, suspirou ela, faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo.

Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a partir, mas que não deixava de lhe querer muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada.

Adap. de: ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1991, 17ª ed., p. 53-55.

"Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se MACHUCARA o pé."

A forma verbal destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela forma composta

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Questão 5024

(Ufrrj 1999) Na figura a seguir observa-se um circuito elétrico com dois geradores (E1 e E2) e alguns resistores.

Utilizando a 1a lei de Kircchoff ou lei dos nós, pode-se afirmar que

 

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