(UEG 2005)
TEXTO 1
Nossa cultura valoriza a consciência crítica dos indivíduos. As decisões coletivas nos parecem fadadas ao erro por serem paixões da massa manipulada ou médias estatísticas, consensos numéricos sem argumentação e sem complexidade.
CALLIGARIS, C. Elogio das eleições. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 set. 2004, p. E8.
TEXTO 2
Qualquer estagiário de publicidade sabe que não se deve conjugar os verbos no plural. O certo é dizer: "compre", "veja", "experimente"; nunca "comprem", "vejam", "experimentem". Cada consumidor quer ser tratado como indivíduo, e não como rebanho. Teoricamente, os anúncios apelam para a liberdade de quem os lê: apresentam-se como um esforço de persuasão pessoal, e não de mobilização coletiva.
COELHO, M. Por que era tão moderno usar chapéu. Folha de S. Paulo, São Paulo, 8 jun. 2005, p. E10.
A comparação dos dois textos mostra que
a opinião dos dois autores fortalece a ideia de que a sociedade brasileira condena as decisões individuais.
apenas o autor do Texto 1 entende que as decisões coletivas estão condenadas ao descrédito.
o autor do Texto 2 acredita que a publicidade tem como objetivo a coletividade dos sonhos de consumo.
os dois autores abordam a questão individual da escolha em detrimento das decisões coletivas.
ambos os autores valorizam a ideia de que a liberdade está condicionada às paixões de massas.
Gabarito:
os dois autores abordam a questão individual da escolha em detrimento das decisões coletivas.
Os dois recortes abordam a individualidade em detrimento ao coletivo, em que o primeiro trecho apresenta a questão de forma mais abrangente e o segundo exemplifica o abordado partindo de um exemplo específico relacionado ao consumo.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
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(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
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(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
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