(UEG - 2005)
Leia o poema:
enxaqueca
só ais e não aaess
me ofereces mais
juntando aos meus corais de uis
somem os meus azuis
ácidos súbitos
sal e silica
e cetins
sedas
a dor insone
da minha fome
MAGALHÃES, C. F. F. de. "Perau". Goiânia: Vieira, 2003, p. 189.
Marque a alternativa CORRETA:
No poema, a experimentação estética da linguagem ocorre no uso dos recurso onomatopaicos e da repetição sonora da sibilante "s", os quais reforçam a mensagem literal do texto.
Na relação causa e consequência, a enxaqueca é causa, conforme implícito no poema.
Nota-se, nesse poema, a experimentação estética da linguagem pela manipulação dos aspectos fonéticos, morfológicos e sintáticos.
O uso de termos científicos no poema evitou a ambiguidade e reforçou o sentido da mensagem.
A palavra "sedas" foi empregada como verbo, único emprego possível nesse contexto poético.
Gabarito:
Nota-se, nesse poema, a experimentação estética da linguagem pela manipulação dos aspectos fonéticos, morfológicos e sintáticos.
a) Alternativa incorreta. A mensagem do texto não é literal. Há a utilização de uma linguagem poética predominantemente conotativa.
b) Alternativa incorreta. Não se pode afirmar isso, pois, logicamente, algo causa a enxaqueca e, no caso do poema, não fica claro o quê.
c) Alternativa correta. Há diversas repetições do fonema [s], no âmbito da fonética. Além disso, temos diversos jogos com a sintaxe, orações aparentemente sem sentido, com termos essenciais ausentes etc., enquanto, no que tange a morfologia, podemos citar o uso da palavra sedas, que pode ser interpretada como substantivo ou verbo.
d) Alternativa incorreta. Não há a utilização de termos científicos no poema.
e) Alternativa incorreta. É possível interpretar sedas também enquanto substantivo dentro do poema.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
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(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
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(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
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