Questão 61756

(UFT 2019)

“Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada um dos segmentos a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível; e obterás, no mundo visível, segundo a sua claridade ou obscuridade relativa, uma secção, a das imagens. [...] Na parte anterior, a alma, servindo-se, como se fossem imagens, dos objectos que então eram imitados, é forçada a investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio, mas para a conclusão; ao passo que, na outra parte, a que conduz ao princípio absoluto, parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outro, faz caminho só com o auxílio das ideias”

Fonte: Platão, A República, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2012, p. 311.

Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.

I. A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão.
II. O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo.
III. As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas.
IV. O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.

Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d´A República de Platão.

A

Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

B

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

C

Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

D

Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

Gabarito:

Apenas as afirmativas I e II estão corretas.



Resolução:

b) Correta. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

 

I. Correta. A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão.
Platão concebe um certo itinerário do conhecimento, isto é, um caminho que este percorre, o qual começa da sensação em direção à razão; portanto, para Platão, o conhecimento implica converter o sensível ao inteligível. No caso, para o filósofo, a sensação é recusada como uma via de conhecimento falível e imperfeita, o que deve direcionar o ser humano para o inteligível.

II. Correta. O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo.
A multiplicidade está presente nas coisas sensíveis, pois estas são divisíveis, marcadas pela variedade de espécies e pela mudança. Isto é, por exemplo, a zebra (uma espécie animal), embora tenhamos um conceito universal do que seja uma, há uma multiplicidade espécies com listras diferentes e características distintas, assim como o ser humano; isso é a multiplicidade de espécies. Além disso, as coisas são divisíveis, pois podem ser divididas em partes. A mudança nas coisas sensíveis demonstra que estas podem ser várias coisas, isto é, uma multiplicidade, característica daquilo que é imperfeito e corruptível. Porém, segundo Platão, a filosofia se encaminha para o que é universal, isto é, o que é uno e perfeito, que pode ser encontrado apenas nas Ideias, imutáveis e que definem a essência das coisas, determinado como idêntico a si mesmo, isto é, sem mudanças.

III. Incorreta. As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas.
Embora as impressões e as opiniões que delas advêm devam ser deixadas de lado, o conhecimento das Ideias eternas não, pois representam o Mundo Inteligível, como demonstra a Teoria das Ideias de Platão.

IV. Incorreta. O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
O conhecimento das Ideias não é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente, pois as coisas sensíveis são múltiplas, o que lhe dão certo sentido de mudança, transformação, imperfeição e falta de unidade. A multiplicidade das coisas sensíveis se caracteriza pela divisão, pela variedade de espécies e pela mudança. A mudança nas coisas sensíveis demonstra que estas podem ser várias coisas, isto é, múltiplas, característica daquilo que é imperfeito e corruptível. Porém, segundo Platão, a filosofia se encaminha para o que é universal, isto é, o que é uno e perfeito, que pode ser encontrado apenas nas Ideias, imutáveis e que definem a essência das coisas.



Questão 6566

(Uft 2011) Um polígono convexo de 6 lados tem as medidas de seus ângulos internos formando uma progressão aritmética de razão igual a 6º. Logo, podemos afirmar que o seu menor ângulo mede:

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Questão 11918

(UFT - 2011) Uma Instituição de Ensino Superior oferece os cursos A e B. Em seu processo seletivo o candidato pode optar por inscrever-se nos dois cursos ou apenas em um curso. Ao final, o número de inscrições por curso e o número total de candidatos inscritos pode ser observado no quadro que segue:

 Número de Inscrições
        no Curso A
  Número de Inscrições
         no Curso B
   Número total de candidatos
                 inscritos
             480                392                     560

Com base nas informações acima e nas possibilidades de inscrições, pode se afirmar que o número de candidatos que optaram por inscrever-se somente no curso A foi:

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Questão 11927

(UFT - 2010) Foi aplicado um teste contendo três questões para um grupo de 80 alunos. O gráfico abaixo representa a porcentagem de acerto dos alunos por questão.

Suponha que 52 alunos acertaram pelo menos duas questões e 8 alunos não acertaram nenhuma. O número de alunos que acertaram as três questões é:

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Questão 12749

(UFT - 2011)

[...] “a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar, mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”

(Thomas Hobbes).

A Guerra Fria entre EUA e URSS, que dominou o cenário internacional na segunda metade do século XX, foi sem dúvida um desses períodos.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.224.

Em se tratando de Guerra Fria é correto afirmar:

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