Questão 61954

(UEG 2013/2) 

A experiência tem mostrado ser prejudicialíssima ao Estado e contrária à humanidade a remoção dos índios dos lugares onde estão acostumados a viver, para outros remotos, o que se prova com o infeliz resultado da mudança do gentio Xavante, que, habitando entre os rios Tocantins e Araguaia, e devendo formar-se-lhes povoações nas suas margens, foram removidos para uma aldeia distante pouco mais de 20 léguas de Vila Boa de Goiás, aonde quase todos morreram, e outros desertaram, perdendo, desta forma, o Estado não só a grande despesa, que se havia feito no seu descimento, mas um tão grande número de vassalos.

MEMÓRIA de Francisco José Rodrigues Barata, 1806. In. PALACIN, Luiz; GARCIA, Ledonias F.; AMADO, Janaína. História de Goiás em documentos: colônia. Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 74. (Adaptado).

 

Utilizando-se os pressupostos conceituais da sociologia de Durkheim, o que aconteceu com os indígenas Xavante pode ser explicado como um exemplo de

A

coerção do fato social, já que os indígenas foram coagidos a se mudarem contra a sua vontade.

B

alienação social, uma vez que os indígenas sucumbiram diante da alteração brusca de seus valores.

C

ausência de solidariedade social dos habitantes de Vila Boa com o sofrimento indígena.

D

inadaptação dos indígenas ao sistema de divisão social de trabalho do colonizador.

Gabarito:

coerção do fato social, já que os indígenas foram coagidos a se mudarem contra a sua vontade.



Resolução:

A) Correta. O fato social ao qual eles foram coagidos a obedecer é o de que os indivíduos devem respeitar e acatar as decisões tomadas pelo Estado, visto que eles foram realocados provavelmente para a construção de algum empreendimento. 

B) Incorreta. Durkheim não comenta sobre alienação social, essa não é uma preocupação do autor. 

C) Incorreta. Não existe ausência de solidariedade dentro de uma sociedade, a menos que essa tal sociedade não haja coerção social nenhuma, o que é praticamente impossível de se constituir uma sociedade nesses termos. 

D) Incorreta. A questão não é a adaptação a nova divisão do trabalho, e sim, uma adaptação com a localidade que eles foram realocados. 



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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