(UEG 2020) A educação é a forma pela qual a cultura de uma sociedade é passada de uma geração para outra. As pesquisas desenvolvidas pelo sociólogo Pierre Bourdieu concebem a educação enquanto reprodução. Desta forma, as hierarquias sociais são convertidas em hierarquias escolares.
Assim, segundo esta concepção, a educação
é um meio fundamental para a ascensão social, possibilitando a diminuição das desigualdades de classe.
contesta os conhecimentos dominantes, dificultando que os indivíduos mais esforçados ascendam socialmente.
escolar determina a profissão, possibilitando que o próprio indivíduo escolha sua classe social, com base no emprego.
reproduz o conhecimento adequado, possibilitando que o indivíduo se enquadre conforme suas aptidões naturais.
reproduz as desigualdades sociais, através do capital cultural, que é repassado por herança familiar.
Gabarito:
reproduz as desigualdades sociais, através do capital cultural, que é repassado por herança familiar.
A) Incorreta. Apesar de Bourdieu considerar a educação de fato um meio para a ascensão social, a alternativa não contempla a crítica que ele faz à educação enquanto reprodução legitimação das desigualdades sociais.
B) Incorreta. A escola não contesta os conhecimentos dominantes, mas sim, os transmite e ensina, dando valor aos indivíduos que se esforçam.
C) Incorreta. O indivíduo não escolhe sua classe social de acordo com seu emprego, apesar da constituição de sua carreira profissional poder ser determinante para a sua ascensão social.
D) Incorreta. A educação proporciona um sistema mais disciplinador e reprodutor do conhecimento dominante.
E) Correta. Essa questão precisa de uma interpretação do conteúdo para além do explicado nas vídeo-aulas. Bourdieu oferece-nos um novo modo de interpretação da escola e da educação através de dados de suas pesquisas na área da Sociologia da Educação, os quais indicavam a forte relação entre desempenho escolar e origem social. A educação, na teoria do autor, perde o papel que lhe fora atribuído de instância transformadora e democratizadora das sociedades e passa a ser vista como uma das principais instituições por meio da qual se mantêm e se legitimam os privilégios sociais. Isso porque cada indivíduo possui uma bagagem socialmente herdada, sendo a bagagem fornecida pela sua socialização familiar primária essencial para o desenvolvimento de componentes que passam a fazer parte da própria subjetividade do indivíduo, sobretudo, o capital cultural na sua forma "incorporada": os gostos em matéria de arte, culinária, decoração, vestuário, esportes e etc; o domínio maior ou menor da língua culta; as informações sobre o mundo escolar. Porém, a depender da disparidade das origens sociais das famílias, tal capital cultural pode ser mais ou menos incentivado devido à fatores socioeconômicos, o que estabelece a escola como reprodução de práticas competitivas e disciplinadoras e legitimadora de privilégios sociais.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
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(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
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(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
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