(CESMAC - 2016)
A obra de Aristóteles chamada Metafísica, inicia com a seguinte frase: “todo o homem deseja, naturalmente, conhecer a natureza das coisas”. À luz desta afirmação, podemos definir o ato de filosofar como sendo:
Uma tentativa do homem por adquirir o máximo de informações que as várias ciências e culturas lhe podem oferecer.
Uma tentativa do homem de, usando apenas a própria razão, atingir as últimas razões e causas das realidades que se lhe apresentam.
Uma tentativa natural do homem de desvendar os enigmas que estão por detrás dos mitos e lendas recebidos por tradições culturais.
Um tentativa do homem de, com base em experimentos rigorosos, chegar à verdade última dos fenômenos do seu mundo empírico.
Uma tentativa do homem por compreender as razões de sua existência no mundo e os mistérios de seu destino futuro.
Gabarito:
Uma tentativa do homem de, usando apenas a própria razão, atingir as últimas razões e causas das realidades que se lhe apresentam.
b) Correta. Uma tentativa do homem de, usando apenas a própria razão, atingir as últimas razões e causas das realidades que se lhe apresentam.
A ciência é conhecimento verdadeiro que se dá pela compreensão das causas, que distingue a natureza da realidade, o que ela é, bem como a distinção das opiniões falsas sobre ela. Aristóteles, dessa forma, entende que há quatro causas: a causa eficiente, a causa formal, a causa material e a causa final.
a) Incorreta. Uma tentativa do homem por adquirir o máximo de informações que as várias ciências e culturas lhe podem oferecer.
Essa alternativa expressa um tipo de enciclopedismo o qual o próprio Aristóteles criticara, mesmo tendo desenvolvido um longo conhecimento enciclopédico dos autores anteriores, pois a filosofia volta-se para o estranhamento da realidade.
c) Incorreta. Uma tentativa natural do homem de desvendar os enigmas que estão por detrás dos mitos e lendas recebidos por tradições culturais.
Aristóteles não entende que o ato de filosofar se dirija, sobremaneira, aos mitos e à tradição, mas pelo espanto com a realidade.
d) Incorreta. Um tentativa do homem de, com base em experimentos rigorosos, chegar à verdade última dos fenômenos do seu mundo empírico.
Essa é uma noção moderna, científica e empirista do conhecimento, e não representa a perspectiva de Aristóteles, que associa a experiência com a capacidade reflexiva.
e) Incorreta. Uma tentativa do homem por compreender as razões de sua existência no mundo e os mistérios de seu destino futuro.
Aristóteles não desenvolve reflexões de cunho mais existencial.
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