(Ufrrj 2005) No texto a seguir, são feitas algumas considerações sobre o capitalismo e o seu processo de desenvolvimento ao longo da história.
O capitalismo, como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. Seus principais mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações ao longo do tempo.
O capitalismo evoluiu gradativamente e foi-se transformando à medida que novas dificuldades surgiam, apresentando, assim, um grande dinamismo ao longo do seu processo de desenvolvimento. Para melhor entender a sua evolução e a construção do espaço geográfico, costuma-se dividir o capitalismo em 3 (três) fases distintas.
Adap. SENE, E. de e MOREIRA, J. C. "Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização". São Paulo: Scipione, 1998. p. 14
Considerando o capitalismo e o seu processo de desenvolvimento através da história, marque a opção que corresponde respectivamente a essas fases é
Gabarito:
Capitalismo Comercial, Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro.
Resolução:
O capitalismo pode ser visto como uma ideologia ou um sistema onde o capital é que concentra a ideia da propriedade privada e os meios de produção como fonte de obtenção do lucro.
O Dicionário Eletrônico Pliberam, define como sendo: "Influência ou predomínio econômico ou político do capital".
Esta me parece uma ótima definição, pois é exatamente a partir do ponto de vista econômico e também político que ele deve ser visto, uma vez que o mercado de capitais é livre, mas os governos exercem poder político para regular as atividades produtivas, com taxação de impostos, protecionismo de mercado e outros instrumentos reguladores.
Mas o assunto precisa ser melhor analisado e para isso, uma das formas é tentar dividir em categorias ou tipos, já que isso é possível. Uma das possíveis divisões pode ser feita em: comercial, industrial, financeiro e informacional.
O Capitalismo comercial surgiu no final do feudalismo, em torno de 1500 d.c. com as grandes navegações e expansões marítimas, são suas principais características: a busca pelo lucro, uso de mão-de-obra escrava ou assalariada, substituição do modelo de troca pala utilização de moeda, fortalecimento da burguesia e desigualdade social.
O Capitalismo industrial teve início com a revolução industrial indo do século XVIII até meados do século XIX com a segunda revolução industrial, suas principais características são: geração de renda a partir das atividades industriais (principalmente tecelagens), exploração da mão-de-obra assalariada, avanço nos meios de produção com o uso de carvão como fonte de energia e ferro como matéria prima, crescimento desordenado das cidades e êxodo rural.
O Capitalismo financeiro surgiu no século XIX e está diretamente ligado a com o crescimento econômico que se deu principalmente pela divisão das empresas em ações e pela união entre o capital industrial e o capital bancário. Suas características são: forte presença de empresas monopolizadas, procura do lucro expressivos no mercado financeiro, fortalecimento do sistema de empréstimos e financiamentos, da bolsa de valores, aumento da importância dos bancos no cotidiano das pessoas e das empresas, aumento da especulação financeira nos mercados.
A atividade bancária é extremamente forte no mundo e no Brasil não é diferente.
O início do capitalismo informacional é motivo de controvérsia, mas ele corresponde ao período econômico e social que estamos vivendo, é marcado pelo avanço das tecnologias da informação, da globalização, está centrado no conhecimento e na gestão dele. Suas características são: a relevância dos computadores em especial aos conectados a internet, a utilização de mão-de-obra especializada e qualificada, valorização de empresas que fornecem conhecimento conectados a expansão tecnológica (computadores, smartphones, videogames, notebooks, softwares, aplicativos, mídias sociais, etc), crescimento da dependência tecnológica.
CORRETA C - Capitalismo Comercial, Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro.
(UFRRJ - 2004)
Vivemos numa cultura marcada pelo individualismo afetivo e prático. Vivemos sob um sistema socioeconômico globalizado que prioriza o lucro e a produtividade em prejuízo das pessoas.
As consequências são sentidas por todos nós, e mais duramente pelos pobres.
A lógica do mercado decreta friamente que eles são um estorvo, não deveriam ter filhos e melhor seria se simplesmente não existissem. Seus rostos famintos nos incomodam, seus filhos miseráveis nos revoltam.
MIRANDA, Mário de F. "Promover a vida". In: O GLOBO. 12 de dezembro de 2002. p. 6.
Leia com atenção o trecho abaixo.
"Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo."
BUARQUE, Cristovam. "O tamanho do coração". In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7.
Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.
(Ufrrj 2001)
"CIÚME, COMO LIDAR COM ESSE VENENO"
Marido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona.
Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranoico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas as tragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora desse sentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmo que o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem - por isso, e só por isso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados." (...)
(VEJA: 14/06/2000)
O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para
(UFRJ - 2004)
Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; e a filha respondeu sem titubear:
- Não, senhor, sou coxa de nascença.
O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?
Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa!
Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã partiria:
- Adeus, suspirou ela, faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo.
Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a partir, mas que não deixava de lhe querer muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada.
Adap. de: ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1991, 17ª ed., p. 53-55.
"Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se MACHUCARA o pé."
A forma verbal destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela forma composta
Ver questão
(Ufrrj 1999) Na figura a seguir observa-se um circuito elétrico com dois geradores (E1 e E2) e alguns resistores.
Utilizando a 1a lei de Kircchoff ou lei dos nós, pode-se afirmar que
Ver questão