(Ufpa 2008) Desde Platão se discute a função sociocultural da arte, o que confere à sua autonomia uma certa relatividade. Recentemente, com a Escola de Frankfurt, cunhou-se para a determinação social da arte termos como “indústria cultural” e “cultura de massa”, porque, como diz Theodor Adorno, no regime econômico capitalista sacrifica-se “o que fazia a diferença entre a lógica da obra [de arte] e a do sistema social.” Com relação à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista, considere as afirmativas abaixo:
I. Na sociedade capitalista, o desenvolvimento técnico-industrial conduziu à padronização do gosto em beneficio do mercado.
II. Não há gozo da arte, na sociedade liberal, se a criação for massificada.
III. Ao sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema, o artista está garantindo não só seu lucro como a própria sobrevivência da arte, já que a nossa economia é capitalista.
IV. Com a indústria cultural, ocorre a perda completa da ideia de autonomia da arte.
V. Adorno não concorda com Platão quanto à ideia de que a experiência estética, como acontece hoje em dia, necessita de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem.
Estão corretas as afirmativas:
I e II
II e V
I e IV
II, III, V
I, III, IV e V
Gabarito:
I e IV
Os filósofos sempre se preocuparam em, além de entender os princípios gerais da produção artística, inseri-la histórica, social e politicamente. A questão está no eixo filosófico da estética e relaciona, na interpretação que propõe, dois extremos da história da filosofia: Platão, filósofo grego antigo, e Adorno, filósofo alemão contemporâneo.
O sistema de mercado da sociedade capitalista transformou a obra de arte em mercadoria, restringindo, por razões de ordem econômica, as condições de sua produção e divulgação e, assim, a própria sobrevivência do artista. Isso, sem dúvida, afeta a liberdade de criação e a autonomia que sempre o marcaram de forma distintiva. As demais alternativas estão incorretas porque não dizem respeito à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista.
Incorretas:
II. Adorno, na verdade, questiona se a experiência estética está ligada ao esclarecimento. Não significa, necessariamente, que a criação massificada impede a apreciação da arte, mas leva, antes, a uma padronização do gosto.
III. Sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema não garante a sobrevivência da arte.
V. Adorno acredita que a experiência estética, como acontece hoje em dia, carece de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem.
(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.
Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que
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(Ufpa 2012) “CREPUSCULAR”
Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.
É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:
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(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:
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