Questão 31511

(Ueg 2012)  “Uma moral racional se posiciona criticamente em relação a todas as orientações da ação, sejam elas naturais, autoevidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos através de padrões de socialização. No momento em que uma alternativa de ação e seu pano de fundo normativo são expostos ao olhar crítico dessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à luz forte e restrita da universalidade.”

(HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.)

 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, é correto afirmar:

A

A formação racional de normas de ação ocorre independentemente da efetivação de discursos e da autonomia pública.   

B

 O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.   

C

 A validade universal das normas pauta-se no conteúdo dos valores, costumes e tradições praticados no interior das comunidades locais.   

D

 A positivação da lei contida nos códigos, mesmo sem o consentimento da participação popular, garante a solução moral de conflitos de ação.   

E

Os parâmetros de justiça para a avaliação crítica de normas pautam-se no princípio do direito divino.   

Gabarito:

 O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.   



Resolução:

B: Habermas vê a moral de forma universalista, como um dever inerente ao indivíduo para com a sociedade. O ponto chave é a razão como um processo de problematização: cada ação tem um motivo, de forma que cada caso deve ser analisado pelos olhos da razão. Esse é o papel da moral racional.

 

A: Habermas concebe que as normas de ação, para serem formadas racionalmente, dependem da efetivação de discursos e da autonomia pública.   

C: A alternativa C está incorreta porque afirma que, para Habermas, as normas são universalmente válidas porque se fundamentam no conteúdo dos valores, costumes e tradições regionais. A moral não poderia ser fundamentada pelo conteúdo de valores e tradições praticados em comunidades locais, visto o caráter universalista da moral para este autor.

D: O consentimento da partipação popular, para Habermas, é essencial na positivação da lei contida nos códigos — só assim esta poderia ser uma solução moral dos conflitos.

E: Habermas não defende o princípio do direito divino. 

 



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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