(UFPA - 2012)
No contexto da cultura ocidental e na história do pensamento político e filosófico, as considerações sobre a necessidade de valores morais prévios na organização do Estado e das instituições sociais sempre foi um tema fundamental devido à importância, para esse tipo de questão, dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em comum.
Diante desse fato da história do pensamento político e filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem livres” (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte:
O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que condiciona sua ideia de ética social.
Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade moral antecede noções como bem e mal.
Os valores morais que servem de base para nossa socialização são tão naturais quanto nossos direitos.
Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos colocássemos além da liberdade natural.
Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber o que são bem e mal.
Gabarito:
Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos colocássemos além da liberdade natural.
d) Correta. Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos colocássemos além da liberdade natural.
A condição da liberdade natural, a partir da frase de Spinoza, é tomada enquanto uma possibilidade, ou seja, caso os homens nascessem livres (liberdade natural), eles não poderiam formar nenhum conceito de bem e de mal enquanto estivessem ainda nessa liberdade natural, isto é, para se falar de bem e de mal, deve-se estar além da liberdade natural.
a) Incorreta. O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que condiciona sua ideia de ética social.
A liberdade natural é tomada como uma hipótese possível para construir um raciocínio, não como realidade. O que condiciona a ética, em Spinoza, é uma junção entre liberdade e necessidade.
b) Incorreta. Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade moral antecede noções como bem e mal.
Não se encontra tais ideias em Spinoza, pois ele não analisa a questão da sociedade em relação ao indivíduo. Tambpouco a liberdade antecede noções como bem e mal, pois, se assim fosse, não se poderia falar em bem e mal segundo ele.
c) Incorreta. Os valores morais que servem de base para nossa socialização são tão naturais quanto nossos direitos.
Não há referência a essa concepção no texto.
e) Incorreta. Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber o que são bem e mal.
A liberdade está vinculada ao saber do que é bem e mal, estando, na verdade, intimamente ligada à consciência das paixões e da ética — o que leva ao vínculo entre liberdade e necessidade.
(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.
Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que
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(Ufpa 2012) “CREPUSCULAR”
Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.
É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:
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(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:
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