(UEG 2016)
A DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
Em 1988, a Folha divulgou a então denominada “lista improdutiva da USP”, relacionada à produção científica das universidades. A celeuma provocada pela lista contribuiu para a criação de um programa de avaliação das universidades brasileiras, mostrando que elas precisam prestar contas de sua produção científica.
Em março de 1990, controversa medida provisória determinava a extinção da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do MEC), que fracassou devido à mobilização da comunidade científica. Esses são alguns dos muitos avanços e percalços da educação brasileira tratados no livro O MEC pós-constituição, do professor Célio da Cunha e colaboradores, editado pela Liber Livro Editora em colaboração com a Unesco e a Universidade Católica de Brasília.
Célio da Cunha acumula conhecimento e experiência da área em funções na Unesco, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e universidades de Brasília e Federal de Mato Grosso há mais de 40 anos. Ele alerta para o fato de que a educação nacional precisa se situar acima de conflitos ideológicos e interesses partidários ou de grupos, visando ao futuro das novas gerações.
A obra está dividida em onze capítulos nas suas 527 páginas e aborda temas de educação desde os eventos do famoso “Manifesto dos Pioneiros de 1932” à Constituição de 1988 e às gestões no MEC de 1988 a 2015. É destinada a pesquisadores da área de Educação e demais interessados em entender certos aspectos do sistema educacional brasileiro.
ABRAMCZYK, Julio. Folha de S. Paulo, sábado, 5 mar. 2016, Ciência + Saúde, p. B9. (Adaptado).
Dadas as características retórico-composicionais, o conteúdo temático e os propósitos sociocomunicativos, o texto “Democratização do conhecimento” pertence ao gênero discursivo
ensaio
notícia
resenha
reportagem
artigo de opinião
Gabarito:
resenha
A única alternativa correta é a C, pois se trata de texto descritivo que apresenta as características tanto de conteúdo quanto de formato de uma obra; no caso, um livro. Reconhece-se nesse gênero a capacidade de síntese das ideias e da estrutura argumentativa presentes na obra em análise.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
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(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
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(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
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