TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à(s) questão(ões).
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que,
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
MELO NETO, João Cabral de. Tecendo a manhã. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/joao02.html>. Acesso em: 24 ago. 2017.
(Ueg 2018) A leitura da pintura e do poema permite que se entreveja a importância da
expectativa de pessoas e animais que anseiam pela construção de um mundo melhor.
solidariedade e da comunicação para a construção de vínculos e de novas realidades.
ênfase a sentidos que se estabelecem por meio do isolamento individual.
indiferença e da informação para constituir narrativas ficcionais de caráter social.
caracterização literal de figuras cujo retrato metaforiza o desencontro entre os seres.
Gabarito:
solidariedade e da comunicação para a construção de vínculos e de novas realidades.
[B]
A] Incorreta. Na imagem, é nítida a ligação entre os aliados. Não há referência a um “mundo melhor”, apenas a um pensamento em comum.
[B] Correta. Na imagem, os aliados criam vínculos afins; no poema, os galos, conjuntamente, criam o amanhecer, ou seja, a possibilidade de uma realidade diferente da atual.
[C] Incorreta. Em ambos textos, há ênfase na criação de vínculos, negando o isolamento.
[D] Incorreta. Em ambos textos, o vínculo entre os elementos (sejam os aliados ou os galos) nega a indiferença, uma vez que o produto dele se dá pela importância entre as partes.
[E] Incorreta. Ambos textos enfatizam o encontro, a ligação, o vínculo entre os seres.
(Ueg 2017)
Considere o seguinte trecho:
“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
(UEG - 2015)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]
Chico Buarque
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
Ver questão
(Ueg 2015)
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente
Ver questão
(UEG - 2016)
Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra
Ver questão