Questão 40933

(UEG 2018)

No nascimento da razão moderna com a metafísica cartesiana e a revolução científica do séc XVII, a questão ontológica grega que perguntava pelo ser das coisas é substituída pela questão gnosiológica que pergunta pelos limites e possibilidades da razão.

Nesse contexto surgem duas tendências fundamentais que pretendem explicar a fonte e a natureza do processo de conhecimento. A esse respeito tem-se o seguinte:

A

uma dessas tendências é o empirismo, que coloca como fonte do conhecimento a experiência sensível, dispensando o trabalho da razão na medida em que já há uma ordem implícita na realidade.

B

tanto o racionalismo quanto o empirismo negam que a fonte do conhecimento seja a experiência sensível, pois o ser humano traz consigo ideias inatas, que são as fontes do conhecimento.

C

o empirismo coloca como critério da verdade a evidência clara e distinta das ideias inatas, ao passo que o racionalismo aposta na verificação/observação dos fatos pelos sentidos.

D

tanto o racionalismo quanto o empirismo consideram que a maior parte de nosso conhecimento advém de verdades reveladas por crenças que dispensam o critério da evidência ou da verificação.

E

uma dessas tendências é o racionalismo, que, sem apoio da experiência sensível, coloca a razão como fonte do conhecimento e a evidência como critério da verdade, além de propor o inatismo das ideias.

Gabarito:

uma dessas tendências é o racionalismo, que, sem apoio da experiência sensível, coloca a razão como fonte do conhecimento e a evidência como critério da verdade, além de propor o inatismo das ideias.



Resolução:

e) Correta. uma dessas tendências é o racionalismo, que, sem apoio da experiência sensível, coloca a razão como fonte do conhecimento e a evidência como critério da verdade, além de propor o inatismo das ideias.
As duas tendências da filosofia moderna são o racionalismo e o empirismo, que, ao substituir a questão ontológica e metafísica grega, são de natureza epistemológica, ao estabelecer os limites e possibilidades da razão, bem como a fonte do conhecimento. O racionalismo estabelece que a fonte do conhecimento é a razão e que o critério de verdade deve ser a evidência, a clareza e a distinção, como explora Descartes em seu método científico. Já o empirismo propõe que a fonte do conhecimento deve ser a experiência e que o critério de verdade deve ser a existência do objeto sensível, já que a ideia são cópias dos objetos sensíveis.

 

a) Incorreta. uma dessas tendências é o empirismo, que coloca como fonte do conhecimento a experiência sensível, dispensando o trabalho da razão na medida em que já há uma ordem implícita na realidade.
O empirismo coloca como fonte do conhecimento a experiência sensível, porém não dispensa o trabalho da razão na investigação disso, nada medida que não concebe que já há uma ordem implícita na realidade.

b) Incorreta. tanto o racionalismo quanto o empirismo negam que a fonte do conhecimento seja a experiência sensível, pois o ser humano traz consigo ideias inatas, que são as fontes do conhecimento.
Apenas o racionalismo defende essa teoria, pois o empirismo não compreende as ideias inatas como fonte do conhecimento.

c) Incorreta. o empirismo coloca como critério da verdade a evidência clara e distinta das ideias inatas, ao passo que o racionalismo aposta na verificação/observação dos fatos pelos sentidos.
As correntes e suas concepções estão invertidas: o racionalismo coloca como critério da verdade a evidência clara e distinta das ideias inatas; e empirismo aposta na verificação/observação dos fatos pelos sentidos.

d) Incorreta.  tanto o racionalismo quanto o empirismo consideram que a maior parte de nosso conhecimento advém de verdades reveladas por crenças que dispensam o critério da evidência ou da verificação.
Ambas as teorias não consideram que a maior parte de nosso conhecimento advém de verdades reveladas; o empirismo recusa a verdade revelada e o racionalismo estabelece a existência de Deus a partir da razão.



Questão 1823

(Ueg 2017)

Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor 

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Questão 1885

(UEG - 2015)

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

 

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

 

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

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Questão 2706

 (Ueg 2015)

Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de Campos e Pontes são respectivamente   

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Questão 2756

(UEG - 2016)

Em termos verbais, o humor da tira é construído a partir da polissemia presente na palavra

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