Enem/2023

Questão 82277

(ENEM PPL - 2023)

A palavra saudade faz parte do vocabulário cotidiano dos portugueses e, também, do povo brasileiro. Mas afinal, qual é a sua verdadeira origem? Existem algumas especulações sobre a origem de saudade. Há quem defenda que a palavra vem do árabe saudah. Outros entendem que a sua origem vem do latim sólitas, que significa solidão.

Alguns especialistas indicam que palavras como saud, saudá e suaida significam “sangue pisado” e “preto dentro do coração”. A metáfora perfeita para alguém que carrega no seu coração uma profunda tristeza, tristeza esta que pode ser causada pela saudade. Os árabes utilizam o termo as-saudá quando querem se referir a uma doença do fígado, diagnosticada por eles como “melancolia do paciente”.

Em certos idiomas, o significado de solitate foi mantido, como é o caso do castelhano (soledad), do italiano (solitudine) ou do francês (solitude). Em português e no galego (soidade), alterou-se com o tempo. Assim sendo, quando alguém dizia “tenho saudades de casa” significava que sentia “solidão” por não estar em casa. De qualquer forma, os portugueses foram atribuindo outros significados a saudade. Dizem até que passou a fazer parte do dicionário dos portugueses no tempo dos Descobrimentos Marítimos. Saudade definia a solidão que os portugueses tinham da sua terra, familiares e amigos, quando estes partiam para o Brasil.

Disponível em: www.natgeo.pt. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).

 

Esse texto, que trata da acepção da palavra “saudade” em vários idiomas, tem como objetivo

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Questão 82278

(ENEM PPL - 2023)

Quaresma despiu-se, lavou-se, enfiou a roupa de casa, veio para a biblioteca, sentou-se a uma cadeira de balanço, descansando. Estava num aposento vasto, e todo ele era forrado de estantes de ferro. Havia perto de dez, com quatro prateleiras, fora as pequenas com os livros de maior tomo. Quem examinasse vagarosamente aquela grande coleção de livros havia de espantar-se ao perceber o espírito que presidia a sua reunião. Na ficção, havia unicamente autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da Prosopopeia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama, o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo, o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros.

BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008.

 

No texto, o uso do artigo definido anteposto aos nomes próprios dos escritores brasileiros

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Questão 82279

(ENEM PPL - 2023)

Foram 11 bilhões de palavras examinadas em mais de três milhões de livros que mostraram que a linguagem usada em romances, durante mais de cem anos, é sexista. Um grupo de cientistas realizou um descomunal trabalho de campo no qual analisou de forma maciça textos escritos em inglês em livros publicados entre 1900 e 2008. O que foi analisado exatamente? A correlação entre gêneros e qualificativos em busca de um padrão: o tratamento diferente entre mulheres e homens em textos escritos.

O estudo utilizou um sistema baseado em inteligência artificial e aprendizagem de máquina para analisar, palavra por palavra, as obras publicadas nesse período. A análise concluiu que as mulheres recebem apenas qualificativos relacionados ao seu físico, enquanto para os homens as referências se concentram principalmente em sua força e personalidade. Os atributos negativos relacionados ao físico e à aparência nessas obras são observados até cinco vezes mais nas mulheres do que nos homens.

Os algoritmos aprendem com os textos já escritos e publicados. Assim, um sistema pode considerar bom um modelo que se repete várias vezes (por exemplo, aquele relacionado à beleza e à mulher) e assimilá-lo em sua execução atual.

ZURIARRAIN, J. M. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).

 

O desenvolvimento de tecnologias, como os algoritmos e a inteligência artificial, permite a análise de um grande volume de dados. Nesse texto, a utilização desses recursos

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Questão 82280

(ENEM PPL - 2023)

 

Com essa postagem, o enunciador busca

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Questão 82281

(ENEM PPL - 2023)

No tempo em que assistíamos televisão no meio da praça

O que eu vou contar nestas próximas linhas não fará sentido para os leitores mais jovens, mas houve um tempo em que assistíamos televisão no meio da praça. Nessa fase, a propriedade de aparelhos ainda era restrita às camadas mais abastadas.

Seja no meio de uma praça pública, seja na sala de casa, a televisão cumpriu um importante papel de sociabilização, mesmo que de forma mitigada. Isso porque, ao contrário do que acontecia na antiguidade, as praças não eram (como ainda não são) espaços de convivência pública ativa, no máximo um lugar para gastar o tempo, bater um papo. Naqueles tempos, os aparelhos de TV nas praças reverteram um pouco dessa lógica.

Ao que parece, está se inaugurando no Brasil um novo tempo no campo da pesquisa sobre a televisão e sua inserção sociocultural nas camadas populares.

Essas pesquisas não podem e não devem ignorar, especialmente, a intensa concentração desses veículos nas mãos de poucas famílias e grupos econômicos, sob o risco de a televisão no Brasil continuar centrada num modelo antidemocrático, antimediador, intransitivo, tendo como consequência direta a limitação crescente da participação da população nas instâncias públicas de decisão (a televisão é uma concessionária de serviço público), só que agora com o agravante da falsa sensação de que a comunicação se tornou mais democrática com a internet.

Que a televisão permaneça por muitos e muitos anos, mas que o seu atual modelo tenha seus dias contados! Quem sabe com isso um dia voltemos para o meio da praça, não mais para assistir TV, mas para fazermos valer uma cultura de participação política realmente ativa e instruída, como uma democracia de fato merece.

ARAÚJO, F. P. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).

 

Embora reconheça o impacto social da televisão e seu importante papel de sociabilização ao longo do tempo, o texto defende que essa tecnologia passe por mudanças que contribuam para

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Questão 82282

(ENEM PPL - 2023)

TEXTO I

A nova opinião pública e as redes digitais

Todas as vezes que os injustiçados do mundo ganham espaço nas telinhas dos gadgets de última geração e nas correntes caudalosas de e-mails, e o barulho digital é tanto que chega até aos veículos de comunicação tradicionais, muita gente destaca as boas qualidades do que chamam de uma nova opinião pública.

É difícil não nos confrontarmos com as novas formas que a sociedade utiliza para se inteirar, integrar-se, persuadir, manipular, controlar, aprender, fazer-se ver e ser vista, conversar e fofocar. Isso porque, o tempo todo, as multidões estão opinando, capturando imagens em quantidade descomunal e disponibilizando-as facilmente para audiências abrangentes.

Essa produção midiática da multidão, muitas vezes formatada sem preocupações técnicas, éticas e estéticas, com certeza não contribui para a consolidação de uma conversação democrática, que respeite a alteridade, dê tempo ao contraditório e à comunicação. Essa nova opinião pública é rápida em linchamentos simbólicos e em expressar preconceitos em mensagens rapidinhas, de 140 caracteres.

AMADEU, S. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).

 

TEXTO II

Uma nova opinião pública. Será?

A internet inverteu o ecossistema comunicacional. O difícil não é falar. Agora, o grande problema é ser ouvido. Todavia, quando alguém fala algo que todos queriam ouvir, uma onda imediatamente se forma no oceano informacional e pode gerar ações concretas nas ruas, nos mercados, nas bolsas de valores.

A rede é um articulador coletivo de diversas causas. Não podemos ter a ilusão de que somente ideias democratizantes e ligadas à nobre causa da defesa ambiental é que geram adeptos. Uma análise mais aprofundada das ações e do ativismo em rede permite observar que cada vez mais se formam redes de opinião distintas e muitas vezes opostas.   Por fim, também é preciso notar que a internet é uma rede de arquitetura distribuída.

Por isso, sua natureza é mais propícia às ações democratizadoras, livres e favoráveis ao compartilhamento do que às posturas que visam simplesmente à dominação, ao controle autoritário e ao impedimento da troca de arquivos digitais.

NASSAR, P. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).

 

Com relação à produção da opinião pública na contemporaneidade, os textos I e II divergem sobre o(a)

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Questão 82283

(ENEM PPL - 2023)

 

Nesse texto, ao combinar os gêneros anúncio e manchete de notícia, o autor pretende

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Questão 82284

(ENEM PPL - 2023)

O corrupião

  Escaveirado corrupião idiota,
  Olha a atmosfera livre, o amplo éter belo,
  E a alga criptógama e a úsnea e o cogumelo,
  Que do fundo do chão todo o ano brota!
   
  Mas a ânsia de alto voar, de à antiga rota
  Voar, não tens mais! E pois, preto e amarelo,
  Pões-te a assobiar, bruto, sem cerebelo
  A gargalhada da última derrota!
   
  A gaiola aboliu tua vontade.
  Tu nunca mais verás a liberdade!...
  Ah! Tu somente ainda és igual a mim.
   
  Continua a comer teu milho alpiste.
  Foi este mundo que me fez tão triste,
  Foi a gaiola que te pôs assim!
  ANJOS, A. Eu e outras poesias. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 30 out. 2021.

 

Nesse soneto, a imagem e o comportamento do pássaro são utilizados pelo eu lírico para metaforizar o

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Questão 82285

(ENEM PPL - 2023)

 

A animação Vida Maria

Produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35 mm, o curta-metragem mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no sertão cearense, no Nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada.

O filme nos mostra a história da rotina da personagem Maria José, uma menina de cinco anos de idade que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.

Enquanto trabalha, ela cresce, casa e tem filhos e depois envelhece, e o ciclo continua a se reproduzir nas outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.

Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 1 nov. 2021.

 

Esse fragmento é caracterizado como gênero sinopse, pois apresenta

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Questão 82286

(ENEM PPL - 2023)

 

O artista Wassily Kandinsky apresenta, em sua produção, aspectos formais relacionados aos elementos fundamentais da linguagem visual, que comprovam que a linha é criada a partir do(a)

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