(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
“Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia. ajudando a missa, viu
entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona
Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou,
disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares,
nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se.
Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de
crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se
falasse podia dizer aos autores de seus dias: — Aqui estou. Para
que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe
responderiam: — Chamamos-te para queimar os dedos nos
tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de
um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de
tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo
desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no
tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no
hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de
simpatia”.
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Dos verbos no infinitivo que ocorrem na resposta do sacristão e da sacristã, o único que deve ser entendido necessariamente, em dois sentidos diferentes é:
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
“Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia. ajudando a missa, viu
entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona
Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou,
disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares,
nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se.
Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de
crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se
falasse podia dizer aos autores de seus dias: — Aqui estou. Para
que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe
responderiam: — Chamamos-te para queimar os dedos nos
tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de
um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de
tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo
desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no
tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no
hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de
simpatia”.
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
No trecho, “pisou-lhe o pé”, o pronome lhe assume valor possesivo, tal como ocorre em uma das seguintes frases, também extraídas de Memórias póstumas de Brás Cubas:
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
ESCREVO-LHE ESTA CARTA...
Um ano depois, programa de alfabetização no Acre
apresenta resultados acima da média e, como
prova final, bilhetes comoventes
Repleto de adultos recém-alfabetizados, o Teatro
Plácido de Castro, na capital do Acre, Rio Branco, quase
veio abaixo com a leitura do bilhete escrito pela dona de
casa Sebastiana Costa para o marido: “Manoel, eu fui
para aula. Se quiser comida esquente. Foi eu que
escrevi.” Atordoada com os aplausos, a franzina
Sebastiana desceu do palco com a cabeça baixa e os
ombros encurvados.
Casada há trinta anos e mãe de oito filhos, ela só
descontraiu um pouco quando a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, comentou que o bilhete não
precisava ser interpretado como um desaforo, embora
passasse um sentimento de libertação. Alfabetizada
apenas aos dezessete anos, a ministra Marina conhece
como poucos o drama daqueles que não são capazes
de decifrar o letreiro de um ônibus ou de rabiscar uma
simples mensagem.
(Revista ISTOÉ)
O bilhete escrito por Sebastiana Costa tem linguagem simples, mas nem por isso o que dizem suas palavras deixa de conotar um significado mais profundo,
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o ileso gume do
vocábulo pouco visto e menos ainda ouvido, raramente usado,
melhor fora se jamais usado. Porque, diante de um gravatá,
selva moldada em jarro jônico, dizer-se apenas drimirim ou
amormeuzinho é justo; e, ao descobrir, no meio da mata, um
angelim que atira para cima cinqüenta metros de tronco e fronde,
quem não terá ímpeto de criar um vocativo absurdo e bradá-lo
– Ó colossalidade! – na direção da altura?
(João Guimarães Rosa, “São Marcos”, in Sagarana)
prisco = antigo, relativo a tempos remotos.
gravatá = planta da família das bromeliáceas.
Neste excerto, o narrador do conto “São Marcos” expõe alguns traços de estilo que correspondem a características mais gerais dos textos do próprio autor, Guimarães Rosa. Entre tais características só NÃO se encontra
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o ileso gume do
vocábulo pouco visto e menos ainda ouvido, raramente usado,
melhor fora se jamais usado. Porque, diante de um gravatá,
selva moldada em jarro jônico, dizer-se apenas drimirim ou
amormeuzinho é justo; e, ao descobrir, no meio da mata, um
angelim que atira para cima cinqüenta metros de tronco e fronde,
quem não terá ímpeto de criar um vocativo absurdo e bradá-lo
– Ó colossalidade! – na direção da altura?
(João Guimarães Rosa, “São Marcos”, in Sagarana)
prisco = antigo, relativo a tempos remotos.
gravatá = planta da família das bromeliáceas.
Comparando-se as concepções relativas à natureza presentes no excerto de Guimarães Rosa com as que se manifestam nos poemas de Alberto Caeiro, verifica-se que em Rosa, …………, ao passo que, em Caeiro, ……… Mantida a seqüência, os espaços pontilhados podem ser preenchidos corretamente pelo que está em:
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o ileso gume do
vocábulo pouco visto e menos ainda ouvido, raramente usado,
melhor fora se jamais usado. Porque, diante de um gravatá,
selva moldada em jarro jônico, dizer-se apenas drimirim ou
amormeuzinho é justo; e, ao descobrir, no meio da mata, um
angelim que atira para cima cinqüenta metros de tronco e fronde,
quem não terá ímpeto de criar um vocativo absurdo e bradá-lo
– Ó colossalidade! – na direção da altura?
(João Guimarães Rosa, “São Marcos”, in Sagarana)
prisco = antigo, relativo a tempos remotos.
gravatá = planta da família das bromeliáceas.
Devo registrar aqui uma alegria. É que a moça num aflitivo domingo sem farofa teve uma inesperada felicidade que era inexplicável: no cais do porto viu um arcoíris. Experimentando o leve êxtase, ambicionou logo outro: queria ver, como uma vez em Maceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela quis mais porque é mesmo uma verdade que quando se dá a mão, essa gentinha quer todo o resto, o zé-povinho sonha com fome de tudo. E quer mas sem direito algum, pois não é?
(Clarice Lispector, A hora da estrela)
Considerando-se no contexto da obra o trecho sublinhado, é correto afirmar que, nele, o narrador
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) O Sr. Reginaldo tem dois filhos, nascidos respectivamente em 1/1/2000 e 1/1/2004. Em testamento, ele estipulou que sua fortuna deve ser dividida entre os dois filhos, de tal forma que
(1) os valores sejam proporcionais às idades;
(2) o filho mais novo receba, pelo menos, 75% do valor que o mais velho receber.
O primeiro dia no qual o testamento poderá ser cumprido é:
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Um supermercado adquiriu detergentes nos aromas limão e coco. A compra foi entregue, embalada em 10 caixas, com 24 frascos em cada caixa. Sabendo-se que cada caixa continha 2 frascos de detergentes a mais no aroma limão do que no aroma coco, o número de frascos entregues, no aroma limão, foi
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Sabe-se que x = 1 é raiz da equação (cos2α) x2 – (4 cos α sen β) x + sen β = 0, sendo α e β os ângulos agudos indicados no triângulo retângulo da figura abaixo. Pode-se então afirmar que as medidas de α e β são, respectivamente,
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(FUVEST - 2005 - 1 FASE) A soma das distâncias de um ponto interior de um triângulo equilátero aos seus lados é 9. Assim, a medida do lado do triângulo é
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