(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questão 23)
“Olhe pra cima! Rumo a 53. Aqui vai Oldsmobile!”
(Imagem retirada de Nicolau Sevcenko , A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa . São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 27).
Essa é a propaganda da primeira marca comercialmente bem-sucedida de automóveis americanos.
a) De que maneira os temas da velocidade e da inovação tecnológica aparecem na propaganda acima?
b) Como essa propaganda reforçava o American way of life (estilo de vida americano)?
c) Explique por que a corrida espacial era uma questão militar e política entre as décadas de 1950 e 1960.
Ver questão
(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questão 24)
Em 1970, o Brasil se consagrou tri-campeão mundial de futebol, quando se cantava:
Noventa milhões em ação,
pra frente, Brasil
do meu coração. (...)
Salve a seleção.
Falava-se de um “Brasil Grande”, “Brasil Potência”, e distribuíam-se adesivos com a inscrição “Brasil, ame -o ou deixe -o”. Com bandeiras do Brasil na mão, cantava-se repetidamente “Este é um país que vai pra frente”.
(Adaptado de Elio Gaspari, A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 207-8).
a) Relacione slogans como “Esse é um país que vai pra frente” com o chamado “milagre econômico”.
b) Relacione o slogan “Ame-o ou deixe -o” com a repressão do regime militar instaurado em 1964.
c) Cite e caracterize um movimento de oposição ao regime militar.
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
A reação caracterizada como “uma espécie de felicidade pensativa” justifica-se, no texto, pelo fato de que o filme a que o autor assistiu
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma frase do texto em:
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
Quando o autor pergunta: “para disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam só a decisão de durar um pouco mais?”, ele
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
Considere as seguintes afirmações:
I. Os trechos “mordeu a vida com todos os dentes” e “caminhar na corda bamba e sem rede” podem ser compreendidos tanto no sentido figurado quanto no sentido literal.
II. Na frase “De que adiantaria um prazer que (...) cortasse o galho sobre o qual estou sentado”, o sentido da expressão sublinhada corresponde ao de “se está sentado”.
III. Em “mais uma vez”, no início do terceiro parágrafo, o autor empregou aspas para indicar a precisa retomada de uma expressão do texto.
Está correto o que se afirma em
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
Entre as frases “Cazuza mordeu a vida com todos os dentes” e “A doença e a morte parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver” estabelece-se um vínculo que pode ser corretamente explicitado com o emprego de
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
As opções de vida que se caracterizam pela “preservação de nossas forças” e pela “procura da máxima intensidade e variedade de experiências” estão metaforizadas no texto, respectivamente, pelas expressões:
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões
O filme Cazuza – O tempo não pára me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê.
Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doença e a morte
parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada de viver. É impossível
sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale
mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de
experiências? Digo que a pergunta se apresenta “mais uma vez” porque a
questão é hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar,
tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com
Viagra seja uma boa idéia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico
que concordemos sem hesitação sobre o seguinte: não há ou não
deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente,
que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que,
por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral
prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os
tempos suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa
com a qual a gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas
sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede não é apenas a
inconsciência de quem pode esquecer que “o tempo não pára”. É
também (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para
disciplinar a experiência, será que temos outras razões que não sejam
só a decisão de durar um pouco mais?
(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo)
Embora predomine no texto a linguagem formal, é possível identificar nele marcas de coloquialidade, como as expressões assinaladas em:
Ver questão
(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
“Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia. ajudando a missa, viu
entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona
Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou,
disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares,
nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se.
Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de
crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se
falasse podia dizer aos autores de seus dias: — Aqui estou. Para
que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe
responderiam: — Chamamos-te para queimar os dedos nos
tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de
um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de
tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo
desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no
tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no
hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de
simpatia”.
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
No trecho acima, Brás Cubas reflete sobre a história de Dona Plácida, reconhecendo a extrema dureza de sua vida. No contexto do livro, esse reconhecimento revela que Brás Cubas, embora perceba com precisão o desamparo dos pobres, não faz mais que
Ver questão