(UNIFRA - 2006)
A palavra "papafrita", no segundo quadro, pode ser substituída, sem alteração de significado, por
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(FGV/2006)
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
- Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto:
- Gatuno, sim senhor. Não é outra coisa um filho que me faz isto...
Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele, e sacudiu-mos na cara. - Vês, peralta? é assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma.
Machado de Assis
A primeira frase desse excerto tornou-se uma das mais conhecidas pelos leitores da obra machadiana. A julgar por essa afirmação e pela personagem mencionada, podemos reconhecer ali parte do romance denominado:
(FATEC/2006)
[...] Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.
Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto.
[...]
Antes do alvorecer curei a contusão da face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas vezes, mas era preciso e entrei; ainda assim, não cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas, o coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas era confessar o crime, e, ao contrário, urgia fazer desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o cadáver, com os olhos arregalados e a boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos séculos: "Caim, que fizeste de teu irmão?" Vi no pescoço o sinal das minhas unhas; abotoei alto a camisa e cheguei ao queixo a ponta do lençol. Em seguida, chamei um escravo, disse-lhe que o coronel amanhecera morto; mandei recado ao vigário e ao médico.
A primeira ideia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na verdade, recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. Mas adverti que a retirada imediata poderia fazer despertar suspeitas, e fiquei. Eu mesmo amortalhei o cadáver, com o auxílio de um preto velho e míope.
(Machado de Assis, O enfermeiro.)
Considere as seguintes afirmações sobre o texto:
I. O enfermeiro, mesmo sabendo que seu paciente morrera de aneurisma, teve muito remorso, pois achou que o havia esganado.
II. A consciência de que praticou um crime leva o enfermeiro a procurar esconder as evidências de seu ato.
III. O narrador é um homem religioso e, atendendo às necessidades dos rituais funerários, conta como cuidou ele próprio dos restos mortais do coronel.
IV. A frase - "Caim, que fizeste de teu irmão?" - revela que o enfermeiro considera seu paciente como um irmão, dedicando-se a ele apesar da violência do coronel.
V. O narrador relata os modos pelos quais evitou que se percebesse o assassinato do coronel.
São corretas apenas as afirmativas:
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(UFRGS - 2006)
Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes afirmações.
I - Pode ser considerado um movimento anti-romântico pelo fato de retomar muitos aspectos do racionalismo clássico.
II - Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.
III - Definiu-se, no Brasil, com o livro "Poesias", de Olavo Bilac, publicado em 1888.
Quais estão corretas?
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(PUC/PR - 2006)
REBELADO
Ri tua face um riso acerbo e doente,
que fere, ao mesmo tempo que contrista...
Riso de ateu e riso de budista
gelado no Nirvana impenitente.
(...)
Na estrofe do poema "Rebelado", de Cruz e Sousa, é possível identificar características do Simbolismo. Assinale a alternativa que as identifica:
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(Uerj 2006)
WHAT IS AUTHORITY? DIFFERENTIATING AUTHORITY, POWER AND LEGITIMACY
The term "authority" refers to an abstract concept with both sociological and psychological components. As a child born of a myriad of different social situations which have some rough similarities, no easy definition exists. Of particular concern throughout the literature on the topic is the entanglement of the concepts of authority, power and legitimacy.
Power is the ability, whether personal or social, to get things done - either to enforce one's own will or to enforce the collective will of some group over others. Legitimacy is a socially constructed and psychologically accepted right to exercise power. A person can have legitimacy but no actual power (the legitimate king might reside in exile, destitute and forgotten). A person can have actual power but not legitimacy (the usurper who exiled the king and appropriates the symbols of office).
1In all social situations a person is treated as an authority only when he has both power and legitimacy. We might consider, for example, the phrase uttered so often when someone intrudes into our business in order to give commands: "You have no authority here." What does that mean? 2It might mean that the person has no legitimate claim to be heard or heeded. It might mean that the person has no social power - he has not the ability to enforce his will over the objections of others. Or, it might be both. In any event, both must be present for authority to exist (socially) and be acknowledged (psychologically).
3When a person has authority over others, it means something a bit more than simply that he has a right to exercise existing power. The missing ingredient is psychological - the previously mentioned but not explicated issue of acknowledgment. Both power and legitimacy are social in that they exist in the interplay between two or more humans. Yet what goes on in the mind of a person when he acknowledges the authority of another?
5It isn't simply that he accepts the factual existence of power or legitimacy; rather, it's that he accepts that an authority figure is justified in making a decision without also explaining the reason for that, and persuading others to accept that the decision was reached properly. If I have authority over you, I can expect that when I make a decision you will go along with that decision, even if I don't take the time to explain it to you and persuade you that it is indeed right. 5Your acceptance of me as an authority implies that you have implicitly agreed to be persuaded, and won't demand explicit explanations and reasons. When you act, it won't be because of me enforcing my will over you, nor will it have anything to do with the legitimacy of my power. Instead, it will simply be you exercising your will for your own reasons.
"It isn't simply that he accepts the factual existence of power or legitimacy; RATHER, it's that he accepts that an authority figure is justified in making a decision without also explaining the reason for that," (ref. 5)
The information that follows the spotted connector functions as:
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(Mackenzie 2006)
El extranjero llegó sin aliento a la estación desierta. Su gran valija, que NADIE quiso cargar, le había fatigado en extremo. SE ENJUGÓ EL ROSTRO CON UN PAÑUELO, y con la mano en visera miró los RIELES que se perdían en el horizonte. Desalentado y pensativo, consultó su reloj: la hora justa en que el tren debía partir.
Alguien, salido de quien sabe dónde, le dio una PALMADA muy suave. Al volverse, el extranjero se halló ante un viejecillo de vago aspecto ferrocarrilero. Llevaba en la mano una linterna roja, pero tan pequeña, que parecía un juguete, Miró desorientado al viajero.
Juan José Arreola. Confabulario definitivo.
El sinónimo correcto de la palabra NADIE, destacada, es:
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(UFU-MG-2006)
SITUAÇÃO A
Leia atentamente os trechos a seguir.
"Dois aviões com 320 brasileiros deportados chegaram dos Estados Unidos na quarta-feira e desembarcaram em Belo Horizonte, já que 200 deles são mineiros. Esse foi o primeiro voo 'charter' com deportados nesse ano - no ano passado foram quatro. Segundo os dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Emigração Ilegal, ao menos 25 mil brasileiros tentaram cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos neste ano. O número é surpreendentemente maior que o do ano passado, 9 mil. O aumento da emigração se dá em um momento em que os Estados Unidos e a Europa só endurecem com os imigrantes ilegais. A União Europeia já cogita fazer voos 'charter' como fazem os EUA. E o governo americano passou a prender todos os estrangeiros que entram de maneira irregular - antes eles aguardavam o julgamento em liberdade."
"Época" de 08/08/2005.
" 'Para o migrante, a pátria é a terra que lhe dá o pão' , diz o cartaz amarelado na porta do Centro da Pastoral do Migrante, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Cerca de 5000 estrangeiros ilegais cruzam por ano a porta do Centro da Pastoral do Migrante, no bairro da Liberdade, em São Paulo, em busca daquilo que a nova pátria ainda não conseguiu lhes provar: ajuda para pôr fim à própria clandestinidade. Para o senso tupiniquim, talvez não seja compreensível que, entre tantos lugares do mundo, um estrangeiro escolha um país reconhecido como socialmente excludente para apostar sua esperança. Estima-se que 1,5 milhão de estrangeiros vivam de forma irregular no Brasil. Das safras migratórias mais recentes, cerca de 80% são bolivianos, seguidos de peruanos, chineses e africanos (principalmente da Nigéria).O Brasil é a América para muitos estrangeiros. É como o brasileiro que vai para os EUA ou o Japão: 'Vou ganhar US$ 2.000 por mês', comemoram. Na visão de americanos, isso não é nada, mas para ele e seu sonho de ajudar a família é muito, compara Luiz Eduardo Machado, chefe do setor de Registro de Estrangeiros na Polícia Federal de São Paulo."
"Folha de S. Paulo" de 20/03/02005.
Como podemos observar nos textos anteriores, há um movimento migratório crescente, tanto do Brasil para outros países quanto de outros países para o Brasil. Faça sua redação, explorando aspectos que expliquem as razões para o avanço dos movimentos migratórios para o Brasil.
SITUAÇÃO B
Leia atentamente os trechos adiante.
"A natureza é cruel. Essa é uma lei universal que pode ser depreendida da simples observação das relações ecológicas entre espécies e indivíduos. Reconhecer esse fato deveria ser um prérequisito para os defensores de direitos dos animais. Infelizmente, não é, e frequentemente surgem reivindicações românticas pelo fim da utilização de animais em pesquisas e no ensino. Ceder a esses apelos pode ser tentador - principalmente para quem queira agradar a um grupo grande e influente de defensores de animais -, mas seria contraproducente para a ciência e a medicina, as quais procuram produzir benefícios para o conjunto da humanidade. (...) Cirurgiões não nascem prontos. É até possível que em breve surjam simuladores realistas o bastante para que se possa prescindir da utilização de animais. Mas, por enquanto, estudantes precisam praticar em organismos vivos. Reconhecer a necessidade de utilizar animais não significa maltratá-los."
"Folha de S. Paulo" de 11/07/2005.
"'Vende-se girafa de bom caráter e temperamento muito doce, criada em cativeiro, 2 anos de idade. Preço: 15000 dólares.' Anúncios como esse, publicado recentemente em sites americanos especializados na venda de bichos de estimação, revelam uma faceta até então pouco conhecida da internet: a comercialização de animais selvagens, especialmente aqueles de espécies ameaçadas de extinção.(...) Sem contar a devastação causada ao animal ao arrancá-lo de seu hábitat (a maioria deles, tratada como bicho de estimação, morre no primeiro ano de vida), a captura de espécies em extinção tem implicações desastrosas para o meio ambiente. Os danos são maiores quando o tráfico de animais tem como objetivo final os mercados de produtos retirados de suas carcaças, como o marfim, no caso dos elefantes, e os testículos dos tigres, consumidos pelos chineses como afrodisíaco."
"Veja" de 24/08/2005.
Os trechos anteriores abordam a questão do uso de animais como cobaias com fins científicos e como bichos de estimação. Faça sua redação, posicionando-se a respeito dos direitos dos animais.
(PUC SP 2006)
Os aromas e sabores dos alimentos são essenciais para nossa cultura na escolha, no preparo e na degustação dos alimentos. A seguir estão representadas algumas das substâncias responsáveis pelas sensações características do gengibre, da framboesa, do cravo e da baunilha.
A função química presente nas quatro estruturas representadas é
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(UFC-2006) Analise as estruturas dos antioxidantes BHA e BHT abaixo.
Acerca dessas duas moléculas, é correto afirmar que:
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