O século XIX foi de extrema importância para o desenvolvimento da física. A partir das experiências pioneiras de alguns físicos, entre eles Coulomb e Oersted, a vida do homem começou a mudar radicalmente. Era o eletromagnetismo tomando sua forma e finalmente se materializando nos trabalhos de Maxwell, Faraday, Lenz, Ampere e outros. Nos dias de hoje, o eletromagnetismo é uma das bases científicas da vida moderna, fundamentando o funcionamento de dispositivos tão simples como uma lâmpada ou tão sofisticados como computadores e telefones celulares. Com relação ao eletromagnetismo, considere as seguintes afirmativas:
1. Um corpo eletricamente carregado possui excesso de cargas elétricas de um dado sinal. Tais cargas elétricas dão origem a um campo vetorial conhecido como campo elétrico, cujas linhas de campo começam ou terminam nessas cargas elétricas.
2. Para aproximar duas cargas elétricas de mesmo sinal com velocidade constante deve-se, necessariamente, aplicar uma força. Nesse processo, a energia potencial elétrica do sistema diminui.
3. Uma espira circular percorrida por corrente elétrica comporta-se como um ímã, apresentando dois polos, um norte e um sul. O sentido do campo magnético produzido é definido pelo sentido da corrente que circula na espira.
Assinale a alternativa correta.
Ver questão
(UEMG 2007) Considere o esquema corporal de um animal representado na ilustração a seguir:
São características do grupo representado por esse animal, EXCETO:
Ver questão
(Mack-2007) Na metamorfose dos anfíbios, entre outras transformações, ocorrem modificações no aparelho circulatório para permitir a respiração pulmonar e cutânea. Nos girinos, o coração tem um átrio e um ventrículo e por ele passa somente sangue não oxigenado. Nos adultos, o coração apresenta
Ver questão
(UFSCar - 2007)
Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desconhecido:
- Dá licença? é só um instante.
Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho que o servia, e disse-lhe em voz baixa:
- João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao comandante, e pede-lhe que venha cá com um ou dois homens, para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa.
E, voltando à sala:
- Pronto, disse ele; podemos continuar.
- Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no dia vinte de março de 1860, às cinco horas e quarenta e três minutos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. Minha alma voou pelo espaço, até perder a terra de vista, deixando muito abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou finalmente num espaço em que não havia mais nada, e era clareado tão-somente por uma luz difusa. Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho mais luminoso ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se sol. Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombustíveis. A sua pegou fogo alguma vez?
- Não, senhor.
- São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distância de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa música, e logo que cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de almas, que me levaram num palanquim feito de éter e plumas.
(Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. II, p. 440-441.)
A frase "desceu um enxame de almas", no último parágrafo, tem o sujeito posposto. Assinale a alternativa em que o sujeito também aparece posposto.
Ver questão
BEM-AVENTURADOS
Bem-aventurados os pintores escorrendo luz
Que se expressam em verde
Azul
Ocre
Cinza
Zarcão!
Bem-aventurados os músicos...
E os bailarinos
E os mímicos
E os matemáticos...
Cada qual na sua expressão!
Só o poeta é que tem de lidar com a ingrata linguagem alheia...
A impura linguagem dos homens!
Mário Quintana
Em relação à sintaxe do texto "Bem-aventurados", afirma-se que:
Ver questão
(FAMERP - 2017)
Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”.
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
O cortiço, 2007.
É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a
Ver questão
(Pucrs 2007) Para responder à questão, ler os textos a seguir, de Raul Bopp e João Cabral de Melo Neto, respectivamente.
Texto A
A floresta se avoluma
Movem-se espantalhos monstros
riscando sombras estranhas pelo chão
Árvores encapuçadas soltam fantasmas
com visagens do lá-se-vai
O luar amacia o mato sonolento
Lá adiante
o silêncio vai marchando com uma banda de música
Floresta ventríloqua brinca de cidade
Texto B
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionadas pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas:
e onde estão os solos inertes
de tantas condições caatinga
em que só cabe cultivar
o que é sinônimo da míngua.
A visão de mundo dos poetas expressa-se através da descrição da natureza. Raul Ropp acentua .......... de nosso país, através de versos carregados de adjetivos. João Cabral descreve a aridez da terra e a exploração do homem, através de um vocabulário que evoca .......... .
Ver questão
(UNICAMP - 2007)
ORIENTAÇÃO GERAL: LEIA ATENTAMENTE
O tema geral da prova de primeira fase é AGRICULTURA. A redação propôs três recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temático a ser trabalhado de acordo com as instruções específicas. Escolha uma das três propostas para a redação (dissertação narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da pagina de resposta. Coletânea: A coletânea é única e válida para as três propostas. Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para realização da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e reflexão. O uso da coletânea é obrigatório. ATENÇÃO - Sua redação será anulada se você fugir ao recorte temático da proposta escolhida ou desconsiderar a coletânea ou não atender ao tipo de texto da proposta escolhida. |
1)
O açúcar
O branco do meu açúcar que adoçará o meu café
|
Este açúcar era cana
|
(Ferreira Gullar, Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975)
2) Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas terras de serra acima, onde se faz o açúcar; porque a cultura da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1º) porque tem abandonado ou diminuído a cultura do milho e do algodão e a criação dos porcos; estes gêneros têm encarecido, assim como a cultura de trigo, e do algodão e azeites de mamona; 2º) porque tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva desprezo pelo trabalho de enxada; 3º porque tem devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas herdades; 4º) porque rouba muitos braços à agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; 5º) porque exige grande número de bestas muares que não procriam e consomem muito milho; 6º) porque diminuiria a feitura da cachaça, que é tão prejudicial é do moral e físico. (Adaptado de José Bonifácio de Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia de Letras, 1998, p.181,182).
3) Uma parceria entre órgãos públicos e iniciativa privada prevê o fornecimento de oleaginosas produzidas em assentamentos rurais paulistas para a fabricação do biodiesel. De um lado, a parceria proporcionará aos assentados uma nova fonte de renda. De outro, facilitará o cumprimento da exigência do programa nacional de biodiesel que estabelece que, no estado de São Paulo, 30% das oleaginosas para a produção do biodiesel sejam provenientes da agricultura familiar, para que as indústrias tenham acesso à redução de impostos federais. (Adaptado de Alessandra Nogueira, “Alternativa para os assentamentos”. Energia Brasileira, nº 3, jun. 2006, p. 63).
4) Parece que os orixás da Bahia já previam. O mesmo dendê que ferve a moqueca e frita o acarajé pode também mover os trios elétricos no Carnaval. O biotrio, trio elétrico de ultima geração, movido a biodiesel, conquista o folião e atrai a atenção dos investidores. Se aproveitarem a dica dos biotrios e usarem o diesel, os sistemas de transporte coletivo dos cetros urbanos transferirão recursos que hoje financiam o petrodiesel para as lavouras das plantas oleaginosas, ajudando a despoluir as cidades. /A auto-suficiência em petróleo, meta conquistada, é menos importante hoje do que foi no passado. O desafio agora é gerar excedentes para exportar energias renováveis por meio do econegócio que melhorem a qualidade do ambiente urbano, com a ocupação e geração de renda no campo, alimentando as economias rurais e redistribuindo riquezas. (Adaptado de Eduardo Athayde. “Biodisel no Carnaval da Bahia” Folha de S. Paulo, 28/02/2006, p.A3)
5) Especialistas dizem que, nos EUA, com o aumento dos preços de petróleo, os agricultores estão dirigindo uma parte maior de suas colheita para a produção de combustível do que para alimento ou ração para animais. A nova estimativa salienta a crescente concorrência entre alimentos e combustível, que poderá colocar os ricos motoristas de carro do Ocidente contra os consumidores famintos nos países em desenvolvimento (Adaptado de “Menos milho, mais etanol”. Energia Brasileira, nº 3. jun. 2006, p.39).
6) O agronegócio responde por um terço do PIB, 42% das exportações e 37% dos empregos. Com o clima privilegiado, solo fértil, disponibilidade de água, rica biodiversidade e mão-de-obra qualificada, o Brasil é capaz de colher até duas safras anuais de grãos. As palavras são do Ministério da Agricultura e correspondem aos fatos. Essa é, no entanto, apenas a metade da história. Há uma série de questões debatidas: Como distribuir a riqueza gerada no campo? Que impactos o agronegócio causa na sociedade, na forma de desemprego, concentração de renda e poder, êxodo rural, contaminação de água e do solo e destruição de bioma? Quanto tempo essa bonança vai durar, tendo em vista a exaustão dos recursos naturais? O descuido socioambiental vai servir de argumento para a criação de barreiras não-tarifáricas, como vivemos com a China na questão da soja contaminada por agrotóxico? (Adaptado de Amália Safatle e Flávia Pardini, “Grãos na Balança”. Carta Capital, 01/09/2004, p.42)
7) No que diz respeito à política de comércio internacional da produção agrícola, não basta batalhar pela redução de tarifas aduaneiras e pela diminuição de subsídios concedidos aos produtores e exportadores no mundo rico. Também não basta combater o protecionismo disfarçado pelo excesso de normas tarifáricas. Este problema é real, mas, se for superado, ainda restarão regras de fiscalização perfeitamente razoáveis e necessárias a todos os países. O Brasil não está apenas atrasado em seu sistema de controle sanitário, em relação às normas em vigor nos países mais desenvolvidos. A deficiência, neste momento, é mais grave. Houve um retrocesso em relação aos padrões alcançados há alguns anos e a economia brasileira já está sendo punida por isso. (Adaptação de “Nem tudo é protecionismo”. O Estado de S. Paulo, 14/07/2006, p. B14.)
8) A marcha para o oeste nos Estados Unidos, no século XIX, só tornou realidade depois da padronização do arado de aço, por volta de 1830. A partir do momento em que o solo duro pôde ser arado, a região se tornou uma das mais produtivas do mundo. No Brasil, o desbravamento do Centro-Oeste, no século XX, também foi resultado da tecnologia. Os primeiros agricultores do cerrado perderam quase todo investimento porque suas sementes não vingavam no solo da região. Johanna Döbereiner descobriu que bactérias poderiam ser utilizadas para diminuir a necessidade de gastos com adubos químicos. A descoberta permitiu a expansão de culturas subtropicais em direção ao Equador. (Adaptado de Eduardo Salgado, “Tecnologia a serviço do desbravamento”. Veja, 29/09/2004, p.100).
9) Devido Às pressões de fazendeiros do Meio-Oeste e de empresas do setor agrícola que querem proteger o etanol norte-americano, produzido com base no milho, contra a competição do álcool brasileiro à base de açúcar, os Estados Unidos impuseram uma tarifa (US$ 0,14 por litro) que inviabiliza a importação do produto brasileiro. E o fizeram mesmo que o etanol à base de açúcar brasileiro produza oito vezes mais energia do que o combustível fóssil utilizado em sua produção, enquanto o etanol de milho norteamericano só produz 130% mais energia do que sua produção consome. Eles o fizeram mesmo que o etanol à base de açúcar reduza mais a emissões dos gases responsáveis pelos efeitos estufa do que o etanol de milho. E o fizeram mesmo que o etanol à base de cana-de-açúcar pudesse facilmente ser produzido nos países tropicais pobres da África e do Caribe e talvez ajudar a reduzir sua pobreza. (Adaptado de Thomas Friedman, “Tão burro quanto quisermos”. Folha de S. Paulo, 21/09/2006, p. B2).
PROPOSTA A
Leia a coletânea e trabalhe sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:
A introdução de novas práticas agrícolas produz impactos de ordem social, econômica, política e ambiental, envolvendo conflitos de interesses de difícil solução. Cabe a uma política agrícola consistente administrar esses conflitos, propondo diretrizes que considerem o que plantar, onde, como e para que plantar. Pensar sobre a geração de bioenergia é um desafio para a política agrícola atual.
Instruções:
1) Discuta o que significa destinar a produção agrícola brasileira para a geração de bioenergia.
2) Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar os impactos positivos, negativos e os impasses dessa destinação.
3) Explore tais argumentos de modo a justificar seu ponto de vista.
Ver questão
(FUVEST - 2007 - 2 fase - REDAÇÃO)
REDAÇÃO
Em primeiro lugar (...), pode-se realmente “viver a vida” sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os mesmos sentimentos? Que haverá de mais doce que poder falar a alguém como falarias a ti mesmo? De que nos valeria a felicidade se não tivéssemos quem com ela se alegrasse tanto quanto nós próprios? Bem difícil te seria suportar adversidades sem um companheiro que as sofresse mais ainda.
(...)
Os que suprimem a amizade da vida parecem-me privar o mundo do sol: os deuses imortais nada nos deram de melhor, nem de mais agradável.
Cícero, Da amizade.
Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo cavalo com o qual acabara de ganhar uma corrida, e se o trocaria por um reino: “Seguramente não, senhor, e no entanto eu o daria de bom grado se com isso obtivesse a amizade de um homem que eu considerasse digno de ser meu amigo”. E estava certo ao dizer se, pois se encontramos facilmente homens aptos a travar conosco relações superficiais, o mesmo não acontece quando procuramos uma intimidade sem reservas. Nesse caso, é preciso que tudo seja límpido e ofereça completa segurança.
Montaigne, “Da amizade” (adaptado).
Amigo é coisa pra se guardar,
Debaixo de sete chaves,
Dentro do coração...
Assim falava a canção
Que na América ouvi...
Mas quem cantava chorou,
Ao ver seu amigo partir...
Mas quem ficou,
No pensamento voou,
Com seu canto que o outro lembrou.
(...)
Fernando Brant / Milton Nascimento, “Canção da América”.
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade.
E quem há de negar que esta lhe é superior?
(...)
Caetano Veloso, “Língua”.
Considere os textos e a instrução abaixo:
INSTRUÇÃO: A amizade tem sido objeto de reflexões e elogios de pensadores e artistas de todas as épocas. Os trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem a um pensador da Antigüidade Clássica (Cícero), a um pensador do século XVI (Montaigne) e a compositores da música popular brasileira contemporânea. Você considera adequadas as ideias neles expressas? Elas são atuais, isto é, você julga que elas têm validade no mundo de hoje? O que sua própria experiência lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questões, além de outras que você julgue pertinentes, redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.
Ver questão